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sábado, 18 de novembro de 2017

A BELINHA BOA E A BELINHA PÉRFIDA

por estatuadesal

(In Blog O Jumento, 18/11/2017)

isabel_dos_santos

Vale a pena ver a excitação que por aí vai com a perda de influência de Isabel dos Santos. Mas não deixa de ser curioso como se ignora as ligações portuguesas de Isabel dos Santos a personalidades e grupos financeiros que têm beneficiado e ajudado ao enriquecimento acelerado da filha mais velha do até há pouco tempo ditador de Angola.

Basta olhar para as personalidades que servem os interesses financeiros e empresariais de Isabel dos Santos em Portugal, mais os grupos empresariais que por cá estão associados aos investimentos para percebermos que a Belinha é um polvo cujos tentáculos não estão todos à vista.

Um bom exemplo dos sócios locais da filha do ditador angolano é a SONAE, cujos líderes são uma espécie de flores de cheiro em matéria de honestidade empresarial, basta ver a forma como se referem a políticos, governos ou entidades públicas. Ainda há poucos dias, numa tentativa de influenciar as decisões das autoridades o Azevedo Jr veio dizer que o caso da compra da TVI pela Altice era bem mais grave do que o Caso Marquês, caso em que o mesmo Belmirinho se envolveu quando julgou que já não corria riscos. Como é que se compatibilizam estes valores da SONAE para consumo interno com uma aliança empresarial duvidosa?

Se juntarmos os políticos portugueses ligados aos sócios da Belinha em Portugal temos um quase governo com um grande apoio parlamentar e televisivo. Se somarmos, por exemplo, os amigos da SONAE com os do Grupo Amorim temos um movimento bem mais forte do que a Maçonaria ou a Opus Dei, uma coligação capaz de impor ou de derrubar governos.

Portanto, é bom não esquecer que a queda da Belinha em Angola pode ter custos muito elevados para os interesses portugueses, um preço a pagar pela aposta que os empresários portugueses fizeram na corrupção e nos jogos menos transparentes, como se já viu com o setor bancário. Em Angola a Belinha aparece associada a portugueses e talvez mereça a pena voltar a ler o texto do discurso de posse do atual presidente angolano, que ignorou Portugal quando enumerou os países que considera parceiros estratégicos.

Não há duas Belinhas, uma angolana, sinistra, perigosa, corrupta e pérfida e uma Belinha portuguesa, uma empresárias tão exemplar e honesta como os Belmiros, tão dinâmica como o Mira Amaral ou tão humilde no trato como Teixeira dos Santos, para referir dois dirigentes recentes do Banco BIC.

Só há uma Belinha, a Belinha de Luanda é a mesma que a Belinha de Lisboa, os métodos são os mesmos, as relações que estabelece com os meios políticos são as mesmas, o modelo de enriquecimento é o mesmo. Não é porque se enriquece em Angola e se aplica o dinheiro em Portugal que se torna noutra Belinha.

terça-feira, 7 de novembro de 2017

Paradise Papers revelam desvio de fundos públicos angolanos para as Maurícias

Por ZAP

7 Novembro, 2017



O Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos
O Fundo Soberano de Angola, que é gerido pelo filho mais velho do ex-presidente angolano, foi apanhado nos milhões de ficheiros dos chamados Paradise Papers, a mais recente fuga de informação que revela ligações de figuras como a Rainha Isabel II, Bono e Madonna, entre políticos e milionários, a offshores.
De acordo com o jornal suíço Le Matin Dimanche, que integra o consórcio de jornalistas que analisa os Paradise Papers, o Fundo Soberano de Angola (FSDEA) é uma das entidades “apanhadas” nos 13,4 milhões de ficheiros que revelam ligações de várias personalidades mundiais a paraísos fiscais.
Em causa estão documentos da gestora suíça Quantum Global, empresa especializada na gestão de activos e que geriu investimentos do FSDEA nas Maurícias.
O Fundo Soberano de Angola, que é gerido por Filomeno “Zenú” dos Santos, filho do ex-presidente José Eduardo dos Santos, é uma entidade pública que visa promover “o crescimento, a prosperidade e o desenvolvimento sócio-económico de Angola”, como se diz no seu site oficial.
De acordo com os documentos agora divulgados nos Paradise Papers, dos cerca de 5 mil milhões de euros atribuídos ao Fundo, quase 3 mil milhões foram desviados para sete fundos de investimento nas Maurícias.
FSDEA

Filomeno “Zenú” dos Santos, filho do ex-presidente de Angola, José Eduardo dos Santos.
Esse processo foi gerido pela Quantum Global, empresa gerida por Jean-Claude Bastos de Morais, empresário suíço de origem angolana com quem Zenú tem mantido ligações próximas, nomeadamente no âmbito dos negócios.
Zenú e Bastos de Morais fundaram o primeiro banco de investimento angolano, o Bank Kwanza Invest, conforme lembra o Le Matin Dimanche.
O jornal nota, ainda, que o FSDEA destinou 157 milhões de euros à construção de um edifício, em Luanda, que nunca arrancou. A obra estava destinada para um terreno detido por uma empresa de Bastos de Morais e a direcção do projecto de construção também tinha sido entregue a outra empresa do suíço-angolano.
O jornal suíço lembra que a Quantum Global lucra, anualmente, entre 60 e 70 milhões de euros com a gestão do Fundo Soberano de Angola.
ZAP //

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Autoridades reforçam medidas contra venda ambulante em Luanda

Autoridades reforçam medidas contra venda ambulante em Luanda

Logótipo de dw.com
dw.com
4 horas atrás

Angola volta a ter menos dinheiro a circular em setembro


Nas ruas da capital angolana soam os gritos das zungueiras que apregoam a mercadoria. São muitas e na maioria mulheres que têm a zunga como o seu ganha-pão.
As razões porque vendem nas ruas são várias. Marinela Domingas, por exemplo, queixa-se de escassez de clientes nos mercados construídos pelo Governo da Província de Luanda: "Lá não tem cliente. Se vendes lá o negocio vai à falência,” diz Domingas à DW África, embora reconheça que "a praça está mesmo bem organizada”.
Desde sempre existiram relatos de repressão policial contra as vendedoras ambulantes. Durante o processo eleitoral registou-se uma espécie de interlúdio, diz André José, zungueiro de calças na Deolinda Rodrigues, uma das maiores avenidas da capital angolana: "Durante as eleições houve corrida, mas não foi tanta”.
Falta de emprego
© Fornecido por Deutsche Welle
Agora está mais difícil ser vendedora ambulante, explica Paulina Barroso: "O dia de hoje está mal, desde a manhã não estamos a conseguir vender”. Paulina Barroso conta que está constantemente a ser interpelada por fiscais e a polícia: "Estão a dar-nos corrida”, diz.
Tudo indica que a "corrida" já é resultado do ultimato dado, na semana passada, pelo governador da província aos administradores municipais, que instou a acabar com a zunga em Luanda. "Se acabarem com a zunga têm que nos dar emprego para nós trabalharmos. Por exemplo, nas lojas”, diz Paulina Barroso. Não parece uma tarefa fácil a julgar pela dimensão que o fenómeno já atingiu.
Repressão resulta em mortes
Também há casos de jornalistas vítimas da agressão policial, diz o psicólogo e jornalista Fernando Guelengue: "Assiste-se a uma represália (por parte da polícia) aos jornalistas que fazem a cobertura quando há questões de morte”. O jornalista refere-se a casos em que zungueiras em fuga de fiscais foram atropeladas.
Para além de homens e mulheres há muitas crianças que dependem da zunga para sobrevier. Por isso Guelengue, autor do livro "Pobreza: O epicentro da exploração das crianças em Angola entre a escravização e a polémica”, lança um apelo às autoridades para que estudem melhor a realidade antes de tomarem qualquer medida: "Lá se encontram todos os fenómenos que ocorrem, sobretudo a questão da pobreza, da desestruturação familiar, falta de emprego, gravidezes precoces. Tudo isso envolve um estudo e uma análise profunda para mitigar o problema. Quando o Governo diz que quer acabar com a zunga, já está carente de estudos”.
por:content_author: Manuel Luamba (Luanda)

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Angola, o futuro imediato

06/09/2017 por Autor Convidado

[Mwangolé]

À pergunta se poderia ser o Gorbachev angolano, João Lourenço respondeu que pretende vir a ser mais parecido com Deng Xiaoping, o homem que liderou a reforma económica na China. De facto o maior problema de Angola está no fraco desempenho da sua economia. Não se pode obviamente criticar por antecipação, nem tão pouco sabemos o que resultará da acção do próximo elenco governativo, certo é que o quadro que serve de ponto de partida não é brilhante. Com o preço do petróleo em baixa, sem diversificar a economia, não vamos a lado nenhum. E se alguns factores como a cotação da matéria-prima não dependem da política governativa, outros só dependem mesmo de Angola.

Com a economia paralisada e boa parte dos empresários angolanos descapitalizados e sem acesso a divisas e não se consegue atrair capital estrangeiro sem modificar a actual política restritiva de concessão de vistos. Mas também não devemos ficar iludidos que basta mudar a lei neste aspecto e tudo vai correr bem, porque não vai. Os vistos são apenas uma parte do problema, a corrupção é mil vezes pior inimiga do desenvolvimento. Não é possível a obtenção de licenciamentos para iniciar uma actividade, continuar a depender da gasosa que se paga na repartição ou ministério. Durante anos as empresas públicas empregaram amigos, ou nalguns casos limitaram-se a pagar salários, porque muito boa gente nunca deve ter exercido qualquer função apesar de ter sido remunerada. O mesmo aconteceu na função pública e até nas forças armadas e policiais. Toda a família angolana conhece a cunha, gasosa ou favorecimento como principais critérios que ao longo dos anos têm presidido ao recrutamento de pessoas para trabalhar no Estado.

Há que dar o benefício da dúvida ao novo Presidente, mas os resultados das últimas eleições mostraram um crescente descontentamento, principalmente junto dos jovens nas zonas urbanas, pelo que a tolerância é curta e paciência tem limites. Quarenta e dois anos passados da independência e quinze da obtenção da paz entre os angolanos, é tempo da população beneficiar de saneamento básico, acesso aos cuidados de saúde primários e melhoria de qualidade na educação. Não pode continuar a ser tolerável abrir uma torneira e não sair água, nas casas ondem existem torneiras, bairros inteiros na escuridão, constituindo um verdadeiro paraíso para criminosos, estradas completamente destruídas, causadoras de acidentes que provocam inúmeras vítimas, apesar de anualmente ser exigido o pagamento da taxa de circulação.

Do muito que está por fazer, a prioridade do próximo governo terá de ser arrumar a casa, o que não parece ser tarefa fácil, porque há muito interesse instalado no Estado, que em tempo de abundância, tem dado para quase tudo, mas não para quase todos, porque ao povo apenas chegaram migalhas. Esses interesses instalados não vão certamente querer perder as benesses e tentarão influenciar e condicionar a acção do próximo executivo, para que tudo fique na mesma, ou quase…

Fonte: Aventar
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domingo, 27 de agosto de 2017

O povo está com o MPLA?

ANGOLA
Posted: 26 Aug 2017 01:13 PM PDT
De acordo com os dados finais provisórios das eleições angolanas, o MPLA obteve 150 lugares na Assembleia Nacional de 220 membros, o que lhe permite obter à risca uma maioria parlamentar qualificada de 2/3. Com isto fica em condições de tomar decisões estratégicas - incluindo alterar a Constituição - sem negociar com a oposição. Esta era a vitória mínima que o partido no poder em Angola necessitava para poder continuar a governar o país como tem feito até aqui - ou seja, num regime político que é multipartidário na forma, mas de partido único na prática.
A julgar pelo tom da imprensa portuguesa, agora só resta desejar ao novo parlamento e, em particular, ao putativo presidente João Lourenço, toda a inspiração e sucesso para a nova legislatura, esperando que dela resulte um país mais próspero, mais justo e mais estável. Acontece que está longe de ser claro que a extensão da vitória do MPLA anunciada pela Comissão Nacional Eleitoral corresponda aos resultados efectivamente obtidos nas urnas. Vários observadores internacionais (incluindo os deputados portugueses lá presentes) deram conta do bom funcionamento das mesas de voto), mas não se pronunciaram acerca do processo de contagem desses votos. Sobre isto, há vários sinais que suscitam inquietação.


quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Que futuro para o legado de “Zédu”?


por estatuadesal
(Mariana Mortágua, 22/08/2017)
mariana_mor2
Amanhã, Angola vai a eleições, sabendo, à partida, que José Eduardo dos Santos não será mais presidente. Depois de 38 anos no poder, "Zédu", - o mais antigo governante do Mundo, juntamente com Obiang, da Guiné Equatorial - abandonará o seu cargo. Que Luanda albergará um novo presidente, não há dúvidas. Que a oligarquia do MPLA, que tem saqueado o país sob o comando da família dos Santos, deixará de controlar os seus destinos, isso é outra história.
João Lourenço, o atual candidato à presidência, foi escolhido por José Eduardo dos Santos. As sondagens não estão famosas para o partido do poder, mas também não é de esperar que o MPLA abdique facilmente. A prová-lo estão as denúncias de falta de transparência e tratamento desigual por parte dos partidos da Oposição. Isto sem falar da opressão política e institucional que o partido exerce no país.
Caso ganhe, as dúvidas recaem sob que caminho escolherá Lourenço.
A primeira hipótese é ser um fantoche de José Eduardo dos Santos que, habilmente, teceu uma teia que lhe permitirá, e à sua família, manter um enorme poder sobre o país. Poder militar, uma vez que poderá continuar a nomear os seus generais durante oito anos. Poder político, através do lugar que conservará à frente do MPLA e no Conselho da República. E, mais importante, poder económico, que reparte com os seus generais e família. Isabel dos Santos, a mulher mais rica de África, está à frente da petrolífera estatal Sonangol, além de bancos e empresas de comunicação. Zenú, irmão mais novo de Isabel, envolvido num alegado esquema de desvio de dinheiro denunciado nos Panamá Papers, manter-se-á à frente do Fundo Soberano de Angola. Tchizé e José Paulino, os dois irmãos seguintes, controlam dois canais de televisão. Eduane, o mais novo, é acionista do Banco Postal Angolano. Isto sem falar em Manuel Vicente, e os generais "Kopelipa" e "Dino", envolvidos no saque ao Banco Espírito Santo Angola e investigados por corrupção e branqueamento em Portugal.
Terá Lourenço a coragem, ou ambição, para retirar as sanguessugas da família dos Santos do aparelho económico angolano? Se não o fizer, confirmar-se-á a tese do fantoche. Mas, caso aconteça, que fará Lourenço, um homem do regime, cúmplice do saque, com essas nomeações? Será que o melhor que Angola pode esperar do MPLA é a dança das cadeiras da oligarquia em busca da revalidação política, popular e internacional? Ainda não sabemos.
Mude o que mudar a partir de amanhã, uma coisa é certa. José Eduardo dos Santos, o homem de quem se fala, muitas vezes com reverência, e que Portugal sempre se recusou a condenar, saqueou Angola nos últimos 38 anos. Usurpou dinheiro dos diamantes e do petróleo para enriquecimento próprio, deixando a população sem liberdade, educação ou serviços públicos. É esse o seu legado.
* DEPUTADA DO BE

quinta-feira, 27 de julho de 2017

Os interesses de Isabel dos Santos em Portugal

Arrancou a campanha eleitoral em Angola. Ao fim de 37 anos, José Eduardo dos Santos sai de cena. A sua primogénita é o membro da família mais "português". Veja como
Os interesses de Isabel dos Santos em Portugal
© Visão Os interesses de Isabel dos Santos em Portugal
NOS: 52,14%
A participação, indireta, consubstancia-se através de uma tranche de 50% na Zopt, através de duas empresas de Isabel dos Santos – a Unitel International Holdings BV (32,65%, com sede na Holanda) e a Kento Holding Limited (17,35%, registada em Malta). A Zopt tem 52,14% da Nos e 81,8% da Optimus. A Nos tem 100% da Lusomundo e 30% da Zap, a sua congénere angolana.
Banco BIC Português: 42,5%
Este foi o banco lançado pelo trio Fernando Teles, Américo Amorim e Isabel dos Santos. Mas, no final de 2014, Américo Amorim sai da estrutura e, na recomposição acionista, a empresária angolana e o seu grande parceiro para a área financeira, Fernando Teles, absorvem a posição. Isabel, através da Santoro, reforça para 42,5% a participação. Foi o BIC Português (agora EuroBIC) que aglutinou a parte boa que restou dos destroços do BPN, por 40 milhões de euros.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

UNITA acusa Governo angolano de "chantagem e ingerência nos assuntos de Portugal"

 

/LUSA
© LUSA / /LUSA
Luanda, 28 fev (Lusa)
A União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) classificou hoje como "chantagem e ingerência nos assuntos de Portugal" a reação do Governo angolano à divulgação da investigação do Ministério Público português ao vice-Presidente, Manuel Vicente.
A posição do maior partido da oposição em Angola foi expressa hoje, em declarações à agência Lusa, pelo porta-voz da UNITA, Alcides Sakala, que pediu igualmente "responsabilização" para que Portugal deixe de ser um "santuário financeiro" dos dirigentes angolanos.
"Consideramos excessivas as palavras usadas no comunicado do Ministério das Relações Exteriores de Angola, que configuram chantagem e ingerência nos assuntos internos de um país independente que é Portugal, por sinal amigo de Angola e dos angolanos", disse o deputado Alcides Sakala.
O Governo angolano classificou na sexta-feira como "inamistosa e despropositada" a forma como as autoridades portuguesas divulgaram a acusação do Ministério Público de Portugal ao vice-Presidente de Angola e alertou que essa acusação ameaça as relações bilaterais.
O Ministério Público português acusou formalmente, há pouco mais de uma semana, entre outros, o vice-Presidente de Angola (e ex-presidente da Sonangol) Manuel Vicente, no âmbito da "Operação Fizz", relacionada com corrupção e branqueamento de capitais, quando ainda estava na petrolífera estatal.
De acordo ainda com o político da UNITA, para o bem das relações entre os dois estados e dos angolanos, Angola devia permitir que estes processos decorressem para apurar as verdades dos factos.
"Significa que os dinheiros desviados são investidos em Portugal e nós achamos que tem de haver transparência nesse processo", assinalou, encorajando às investigações em Portugal.
"De forma a que os dirigentes angolanos deixem de fazer de Portugal uma espécie de santuários financeiro", acusou.
A UNITA, segundo Alcides Sakala, defende a manutenção de boas relações entre Portugal e Angola, considerando que o Governo angolano, liderado desde 1975 pelo Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), "tem dificuldades de entender" que a separação de poderes em Portugal "é evidente".
"Os órgãos judiciais têm a sua independência e é isto em que o Governo angolano tem muita dificuldade em entender. Portanto, Angola quer projetar a sua imagem em função daquilo que é a situação interna do país e não pode ser", rematou.
 
Ovar, 28 de fevereiro de 2017
Álvaro Teixeira