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quinta-feira, 29 de junho de 2017

Qual a cor do sangue da Judite?



por estatuadesal
(Joaquim Vassalo Abreu, 28/06/2017)
JUDITE
Eu sei, mas só o revelarei no fim do texto, e quem o antecipar estará a fazer batota e isso não vale!
A mim há duas coisas que sempre me fizeram confusão: uma a cor do meu sangue e outra a cor do cavalo branco de Napoleão! E coisas mais banais não haverá, não acham?
Confusos? Eu explico: em primeiro lugar porque sempre me convenci que o meu sangue era vermelho e assim o constatava quando, em pequeno, dava uma “topada” (batia com o dedo grande do pé numa pedra ou outro obstáculo) e dali jorrava um sangue vermelho que só a sulfamídica terra curava. Vermelho, sem dúvida! A outra era saber da cor do cavalo branco do Napoleão quando ele era branco!
Era branco o cavalo, tal como o sangue era vermelho. Duas verdades para mim absolutas! Isso pensava eu…
Pois: isso pensava eu! Mas, mais tarde, quando comecei a namorar com a Graciete, comecei a ouvir dizer que ela era de sangue azul! Azul, perguntei eu? Eu que pensava que ela era do Sporting e, sangue por sangue, o dela era vermelho? Mas depois soube que isso do “sangue azul” era treta, pois não era Portista e era apenas descendente dos Viscondes de Bacelar…Sangue deles, portanto!
Mas depois descobri que o seu sangue era mesmo vermelho, pois eu amiúde bem o via…
Só que agora, há uns dias atrás, deu-se-me de novo um nó no meu occipital quando li na Net aquela notícia da TVI que dizia que o Medina tinha “sangue comunista”, pois era filho de comunistas! “Sangue comunista”? Então, sendo o “azul” uma treta, para além do vermelho, ainda haveria mais espécies de sangue? Não deverá haver quem, não dominando estas coisas dos sangues, não ficasse confuso! E eu fiquei!
E fiquei porque quem estava a dar a notícia era uma tal Judite e, retrocedendo na máquina do tempo, lembrei-me que ela morava por baixo de uma cunhada minha em Gaia e toda a gente sabia que o pai era comunista!
Assim, a TVI, sem o saber(?), abriu uma caixa de pandora e classificou também a Judite com esse novo tipo de sangue…É que a TVI ao reclamar que o sangue do Medina era “comunista”, acabou por dizer, preto no branco, que o da Judite também o era! Achei bonito…
Eu essa expressão nunca tinha ouvido, mas há uma outra que conheço e talvez isso explique e que é a de “estar-lhe no sangue”!
Mas, pensando melhor, sendo essa expressão abrangente que chegue, ela não se poderá aplicar a este caso pois, partindo do princípio de que o sangue é mesmo vermelho, tal resultará numa redundância insanável e numa conclusão óbvia e cuja é: se o ser-se comunista é consanguíneo, eu e outros mais, não o sendo, mas sendo comunistas, que raio de tipo de sangue terei ou terão? Verde, por ser sportinguista? Azul para alguém que é Portista? Neto ou bisneto de Condes e Viscondes?
É que os meus Pais não eram comunistas, nem benfiquistas tão pouco, de modo que eu, não tendo esse privilégio, só poderei ter um sangue vermelho abastardado, por mais que vermelho me sinta, bem ao contrário do Medina que o tingiu de rosado!
De modos que a Judite, certamente bem avisada, tanto pela Prada, como pela Louis Vuitton ou pela Hermes ,e com o seu alto patrocínio, há muito o problema resolveu e fez uma transfusão.
Eu sei que isso lhe provocou algumas sequelas, principalmente na linguagem, na maneira de falar, enfim, mas o seu sangue ficou para sempre LOIRO!
O seu sangue é LOIRO e o Loiro está-lhe no sangue…Um sangue loiro varrido!

domingo, 25 de junho de 2017

Incêndio no jornalismo português

A opinião de
Diogo Faro
Diogo Faro

Deflagrou um incêndio de grandes proporções, esta semana, no jornalismo português. Há grandes áreas que, para bem do país, se mantém intactas, mas outras, as que têm as maiores plantações de eucalyptus eticas zeru estão ainda cobertas de fogo.
Uma das zonas mais afetadas é, sem surpresas, a zona de Correio da Manhã, junto à aldeia de Se Cheira a Sangue É Notícia. No seu estilo habitual, o Correio da Manhã resolveu, no pior dia do incêndio de Pedrógão Grande, colocar na capa uma citação de Fernando Santos na antevisão do jogo da Seleção: “Ponho as mãos no fogo pelo Ronaldo”. As pessoas que tiveram esta ideia, ou que a aprovaram, acharam giro e muito importante do ponto de vista jornalístico fazer uma pequena graça com a trágica morte de tantas pessoas.
Outra zona muito afetada pelas labaredas foi a zona de Queluz de Baixo, mais propriamente no bairro social TVI, ali logo a seguir à rotunda de Sem Escrúpulos Vende Mais. A TVI, através da jornalista Judite de Sousa, achou que não só era decente como era pertinente fazer um direto cujo cenário era uma das vítimas mortais do incêndio coberta com um lençol. As redes sociais vieram em massa com lança-chamas e não houve bombeiros do teclado que conseguissem dominar a tragédia jornalística. Melhor que tudo isto, só a crónica no P3 do senhora João André Costa que conseguiu rastejar nas cinzas enlameadas ao julgar a atitude da Judite de Sousa pelas roupas que veste, pela sua suposta vida sexual e, basicamente, pelo facto de ser mulher. Um mimo do sexismo como acendalha.
Entre outras coisas, como a notícia divulgada em todos os órgãos de comunicação social da queda de um avião que não caiu, o jornalismo português continua a arder. Mas vai continuar sempre. Enquanto as pessoas adorarem ver reality shows sedentas por ver violência, intriga e sexo na vida de desconhecidos, enquanto abrandarem na estrada ao passar por um acidente para admirar a desgraça alheia, enquanto fizerem com que esta perversa e brutal busca por sangue e tragédia de alguns meios de comunicação continue a ser rentável. Muito rentável.
Por tudo isto e muito mais, podem queixar-se à vontade desta comunicação social incendiária que eles nunca vão mudar enquanto vocês, ao ver um acidente, ligarem primeiro a câmara do telemóvel antes de chamarem o INEM.
Sugestões mais ou menos culturais que, no caso de não valerem a pena, vos permitem vir insultar-me e cobrar-me uma jola:
- Bombeiros: Por todo o país, os bombeiros vão continuar a precisar de muita ajuda. Não deixem a onda de solidariedade passar e continuem a ajudar em força os vários quartéis.
- Nudez: está demasiado calor para se andar vestido. Torna mais fácil mandar nudes uns aos outros. Aproveitem.

Fonte: Sapo24