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domingo, 2 de julho de 2017

Há uma outra pista para o início do incêndio em Pedrógão Grande

A tese que prevalece é que o incêndio começou com uma trovoada seca, mas na última semana surgiu um novo elemento sobre o ponto de ignição. Afinal, o raio causador do incêndio não caiu em cima de uma árvore. Terá atingido primeiro um posto de transformação das linhas de média tensão, sendo depois conduzido pelos cabos até onde o fogo começou, na zona de Escalos Fundeiros. Uma possibilidade que encaixa na informação do Instituto Português do Mar e da Atmosfera conhecida este sábado de que não caíram raios em Escalos Fundeiros na altura do início do incêndio.

Há uma outra pista para o início do incêndio em Pedrógão Grande
© rui duarte silva Há uma outra pista para o início do incêndio em Pedrógão Grande

Em Escalos Fundeiros, ponto zero do incêndio, a investigação à origem do incêndio está praticamente terminada. Mas na última semana foi comprovada a existência de um novo elemento sobre o ponto de ignição. Afinal, o relâmpago causador do incêndio não caiu diretamente em cima de uma árvore. A descarga elétrica terá atingido primeiro um posto de transformação das linhas de média tensão que passam no local e que depois conduziram o raio até lá. A sequência de eventos determina que no relatório final da PJ o incêndio de Pedrógão venha a ser classificado como tendo origem em “causa acidental de origem natural ligada a trovoada seca”.
Nas primeiras fotos do incêndio, tiradas por Daniel Saúde, que passava o fim de semana na quinta que tem naquela localidade de Pedrógão Grande, é possível ver os cabos eléctricos junto às chamas que ainda começavam. Foi ele quem ligou para o 112 às 14h38, quando viu fumo a surgir no horizonte, acionando os primeiros bombeiros da corporação de Pedrógão Grande.
O raio que iniciou o incêndio não foi visível. Nem o trovão ressoou no vale, como é costume em dias de trovoada, secas ou molhadas, o que levou os populares de Escalos Fundeiros a desconfiar da tese da Polícia Judiciária. Daniel, que estava do lado dos céticos, passou os últimos dias a ler estudos e pesquisas sobre relâmpagos, e aprendeu, diz, “que é possível haver descargas elétricas silenciosas e que poderá ter sido o caso”, admitiu ao Expresso. Por isso, quando, na quarta-feira, foi contactado pela Polícia Judiciária para ser inquirido, enquanto testemunha do início do incêndio, já estava mais propenso (mas ainda não totalmente convencido) a acreditar na teoria.

Fonte: Expresso