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sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Mais reflexões sobre a Declaração de Guerra de Trump ao Irão e à Coreia do Norte



por estatuadesal
(Paul Craig Roberts, 19/09/2017, Tradução Estátua de Sal)
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O discurso de Trump na ONU deixou claro que a agenda que prometeu na sua campanha eleitoral - retirar Washington do papel do "policial do mundo", sair do Médio Oriente e reparar as relações danificadas com a Rússia -, acabou. A CIA e o complexo militar/securitário tem o controlo total do governo dos EUA. Trump aceitou ser um cativo na presidência, tendo-lhe sido atribuído o papel de executor da hegemonia de Washington sobre todos os outros países. Washington uber alles é a única política externa que Washington persegue.
Na ONU, Trump realmente ameaçou eliminar a Coreia do Norte da face da terra. Alargou as suas ameaças contra a Venezuela e o Irão (ver aqui) os "estados desonestos", mas é Washington que está desempenhando esse papel. Washington destruiu ao todo ou em parte oito países no jovem século 21 e tem mais 3 a 5 na mira.

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

terça-feira, 4 de julho de 2017

Portugal pede à Coreia do Norte que abandone programas balístico e nuclear

Portugal pede à Coreia do Norte que abandone programas balístico e nuclear
© KCNA KCNA Portugal pede à Coreia do Norte que abandone programas balístico e nuclear

O Governo português condenou esta terça-feira o lançamento de um míssil balístico pela Coreia do Norte e exortou Pyongyang a "retomar um diálogo sério com a comunidade internacional" e a abandonar os seus programas balístico e nuclear.
A Coreia do Norte anunciou hoje o lançamento do seu primeiro míssil balístico intercontinental, que lhe permitiria atacar os Estados Unidos.
"O Governo português condena o lançamento, em 4 de julho, de um míssil balístico pela República Popular Democrática da Coreia, que constitui mais uma violação flagrante das obrigações decorrentes de várias resoluções do Conselho de Segurança da ONU e compromete a segurança regional e internacional", lê-se num comunicado divulgado pelo ministério dos Negócios Estrangeiros.
Portugal exorta Pyongyang "a retomar um diálogo sério com a comunidade internacional e a abandonar os seus programas balístico e nuclear de forma completa, verificável e irreversível", acrescenta o ministério liderado por Augusto Santos Silva.
Na mesma nota, o executivo reitera o seu "empenho no rigoroso cumprimento das sanções unanimemente impostas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, assim como das medidas autónomas da União Europeia".
O "ensaio histórico" de um míssil Hwasong-14 foi supervisionado pelo dirigente norte-coreano Kim Jong-Un, anunciou uma apresentadora na televisão pública norte-coreana num noticiário especial.
Um analista de armas considerou que este tipo de míssil pode ser suficientemente poderoso para chegar ao Alasca, nos Estados Unidos.

Fonte: Lusa

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

António Guterres, o senhor do Mundo

Hoje é um dia de glória para Portugal e para o Mundo.
António Guterres foi aclamado, por unanimidade, o próximo Secretário-Geral das Nações Unidas.

António Guterres - Secretário Geral da ONU

Se, para Portugal, terá sido o maior acontecimento desde a História dos Descobrimentos, para o Mundo foi a eleição de uma pessoa de uma competência extraordinária e que, com o seu conhecimento e experiência, irá colocar a ONU no seu devido lugar e exercer as competências que presidiram à sua fundação.
A tarefa é muito difícil. O Mundo está em guerra, embora não declarada, mas, se as coisas não se resolverem em tempo útil, teremos uma nova III Guerra Mundial.
O Médio Oriente está em brasa e as armas nucleares já lá estão prontas a a serem lançadas. A Rússia não se entende com os Estados Unidos da América e vice-versa. Os pequenos ditadores vão dando as suas ordens e a Arábia Saudita, fomentadora do fundamentalismo islâmico, vai apoiando os combatentes anti-xiitas e, nomeadamente, destroçando o Iémen, mas, como bons clientes do armamento americano, vão continuando com as suas ações, sem ser molestada.
O que se está a passar na Síria é terrível, mas, se as grandes potências não se entenderem quanto às soluções, não imagino o que será o nosso próximo futuro.
Acredito que o eng. António Guterres será o homem indicado para construir pontes e consensos que evitem uma catástrofe.
Desejo ao eng. António Guterres um excelente mandato e tenho a certeza de que ele irá conseguir ser um grande Secretário-Geral da ONU.

Ovar, 13 de Outubro de 2016
Álvaro Teixeira

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

António Guterres confirmado, por aclamação, pelo Conselho de Segurança, Secretário-Geral da ONU





Ontem, dia 5 de outubro, para mim, foi tal a emoção que não consegui escrever nada sobre a eleição do Eng. António Guterres para Secretário-Geral da ONU.
Tive a honra de o conhecer, era ainda ele, deputado do Partido Socialista. Melhor ainda, um dos mais brilhantes deputados do Partido.
Mais tarde vim a encontrar-me com ele, já como Secretário-Geral do PS, em 1994, em Ovar.
Foi este encontro que mais me marcou e nunca deixarei de recordar, como passo a descrever:
Nesse ano, o dr. Armando França, já presidente da Câmara Municipal de Ovar, convidou o eng. António Guterres, para assistir ao nosso Carnaval, cujo ponto alto era, na altura, o desfile na Av. Ferreira de Castro.
Eu, por convite do sr. Presidente a Câmara, estava na bancada “presidencial” e, entre mim o dr. Armando França, estavam dois lugares vazios, mas reservados. Passado pouco tempo esses lugares eram ocupados, para meu espanto, pelo eng. António Guterres  e pela sua esposa, drª. Luísa.
Estávamos ali a assistir ao desfile, quando, a determinada altura, o eng. António Guterres me pediu para levar a esposa ao carro dele, que estava estacionado ao lado do edifício da Câmara. Passamos pela “TOCA”, onde tomámos uma água, mas sabia que tinha que me apressar, porque fiquei a saber que a drª. Luísa sofria de cancro.
O Carnaval, para mim, tinha acabado. Fiz companhia à senhora, dentro do Volvo azul escuro, até o marido chegar. Quando o eng. António Guterres chegou, dei-lhe conta da forma como a esposa passou aquele tempo, trocamos um forte abraço à despedida.

Achei que deveria partilhar este episódio com os meu leitores, porque foi algo que me marcou.

Ovar, 6 de Outubro 2016
Álvaro Teixeira



quinta-feira, 29 de setembro de 2016

O português que abriu a porta de entrada a José Manuel Durão Barroso na Comissão Europeia é o mesmo português que pode fechar a porta das Nações Unidas a António Guterres

Mário David  o "TRAIDOR"


O português que abriu a porta de entrada a José Manuel Durão Barroso na Comissão Europeia é o mesmo português que pode fechar a porta das Nações Unidas a António Guterres. A coincidência? É um dos melhores amigos de Marcelo Rebelo de Sousa, que apoiou entusiasticamente a candidatura de Guterres à ONU. O seu nome: Mário David. Ex-eurodeputado, é um dos responsáveis de longa data pela campanha do PPE em defesa da candidatura de Kristalina Georgieva à ONU, a búlgara que tem o apoio da Alemanha e pode derrotar António Guterres.
Ainda Durão Barroso estava a servir o governo de Cavaco Silva como ministro dos Negócios Estrangeiros e Mário Henrique de Almeida Santos David - nascido em Angola no ano de 1953 - já passeava pelos corredores de Bruxelas.
David é médico de formação e militante do Partido Social Democrata desde o final da década de 70, sendo eleito eurodeputado em 1989. Cedo entendeu o potencial político da União Europeia e criou uma larga rede de conhecimentos que fez dele secretário-geral do Partido Popular Europeu (PPE), após a adesão do PSD à grande família europeia do centro-direita, em 1996. Mais tarde, foi vice-presidente do PPE, cargo hoje ocupado por Paulo Rangel, durante três mandatos. Também foi deputado na Assembleia da República, eleito em 2005, estando sempre ligado às temáticas europeias. Em 2009 regressou ao Parlamento Europeu, que finalmente deixou há cerca de dois anos.
A relação deste homem com José Manuel Durão Barroso inicia-se no PSD, apresentados por Marcelo Rebelo de Sousa. Foi durante a liderança de Marcelo no partido que Mário David foi secretário-geral do PPE e se conseguiu a entrada dos sociais--democratas para este partido europeu.
Quando Durão Barroso sobe a primeiro-ministro, em 2002, David vai para assessor político em São Bento. Era o único membro do gabinete que não tinha estado com Barroso nos Negócios Estrangeiros. Quando o primeiro-ministro é convidado para presidir à Comissão Europeia, foi Mário David quem ficou encarregado de liderar a equipa de transição de Durão Barroso. A imprensa internacional considerou-o peça-chave para a chegada de Barroso a Bruxelas. “Terá movido mundos e fundos”, recorda fonte próxima ao i. Com a chegada de Santana Lopes ao poder para substituir Barroso, David é nomeado secretário de Estado dos Assuntos Europeus.
O i sabe que a relação de Durão Barroso e Mário David começou por ser profissional. Todavia, aquela que começou por ser uma amizade política ter-se-á expandido para uma amizade pessoal após a longa cooperação dos dois homens nos corredores da União Europeia. “Não é um amigo de casa, mas a verdade é que desenvolveram uma relação muito funcional e os anos foram passando”, revela fonte que se reservou ao anonimato. “Em termos de PPE [Partido Popular Europeu], Barroso tornou-se talvez mais próximo de Rangel, mas Mário David estava sempre presente.”
Quando a vontade de alargar o projeto europeu à Europa de leste é assumida pela Comissão Europeia, Durão Barroso nomeia Mário David como conselheiro especial para o alargamento da União. David acompanhou os 12 países que se candidataram à integração e tornou-se responsável pelas relações da Comissão com os países balcânicos. Terá ficado amigo pessoal de Viktor Orbán, o polémico primeiro-ministro húngaro. Outra das amizades cimentadas pelo português terá sido com Kristalina Georgieva. Hoje, Mário David é um dos principais impulsionadores de uma candidatura da vice-presidente da Comissão Europeia à secretaria--geral das Nações Unidas. Especialistas académicos defendem ao i que Georgieva seria a única candidatura capaz de travar António Guterres, o homem que representa Portugal na corrida à ONU. Para Georgieva entrar na disputa, todavia, será necessário a Bulgária abdicar da sua nomeada atual, Irina Bokova.
O governo búlgaro já fez saber que, se Bokova não ficar nos dois primeiros lugares da próxima votação amigável - dia 26 deste mês -, irá retirar a diretora da UNESCO da corrida à secretaria--geral da Organização das Nações Unidas. As votações a valer - com os votos coloridos que assumem as posições dos membros do Conselho de Segurança, tendo poder de veto - iniciam-se logo na primeira semana de outubro. Uma entrada na disputa por parte de Kristalina Georgieva será sempre em corrida contra o tempo; afinal de contas, a búlgara ainda não realizou nenhum tipo de campanha oficial.
As possibilidades de sucesso de Irina Bokova, a atual candidata da Bulgária, são reduzidas devido a ter sido militante do partido comunista búlgaro. As suas origens ideológicas representam um entrave inevitável ao apoio da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos da América. Bokova, ciente das melhores possibilidades de uma eventual candidatura da sua compatriota Kristalina Georgieva, não vê com bons olhos uma saída da corrida.
A existência de uma rivalidade política de longa data entre as duas búlgaras dificulta a desistência de Bokova em favor de Georgieva. Politicamente, esta é uma moderada de centro-direita, contrastando com o esquerdismo de Irina Bokova.
O i sabe que Georgieva prepara há anos uma candidatura à ONU, tendo sido apenas preterida pelo governo búlgaro de modo a afastar Bokova de uma candidatura à presidência da Bulgária, eleição que se realiza no próximo mês de novembro. O primeiro-ministro búlgaro, Boyko Borisov, havia sondado Georgieva para tentar as Nações Unidas e foi obrigado a voltar com a sua palavra atrás para convidar Bokova e impedi-la de tentar a presidência.
Georgieva manteve, todavia, o apoio de outros países da Europa central e de leste, que viam com bons olhos uma candidatura da atual vice-presidente da Comissão Europeia às Nações Unidas. A búlgara optou por não avançar sem o apoio do seu país devido à China ter anunciado que, como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, vetará qualquer candidato que não represente o seu país de origem. Pequim receia que um dissidente seu seja um dia candidato por Taiwan.
Os Estados Unidos não veem Georgieva com maus olhos e têm sido a voz mais “feminista” no Conselho de Segurança, o órgão da ONU de que depende verdadeiramente a nomeação do novo secretário-geral devido ao poder de veto dos seus membros.
A Rússia de Vladimir Putin poderá não querer abdicar de uma forte candidatura regional, de leste. Do ponto de vista de Moscovo, o facto de Georgieva ser de leste e ter grande influência na estrutura da União Europeia, sendo a atual vice-presidente da Comissão, é algo atrativo, na medida em que poderá contribuir para um amenizar das tensões em torno da questão da Crimeia. A economia russa enfrenta um período de maior debilidade e a problemática das sanções europeias depois da intervenção de Putin na Ucrânia poderá pesar no apoio a Kristalina Georgieva. Até à data, o Kremlin não se comprometeu com nenhum candidato, mas é sabido que António Guterres não viajou para Moscovo desde que anunciou a sua candidatura e que Augusto Santos Silva, o ministro dos Negócios Estrangeiros do governo português, viu uma proposta de apoio a Guterres ser recusada aquando da sua visita à Federação Russa. O ponto de honra de Putin - e isso já fez saber - passa pelo próximo secretário-geral da ONU ser de leste e o facto é que, até agora, não há uma forte candidatura da região às Nações Unidas. Essa será a abertura de Kristalina Georgieva.
A eventual candidatura de Georgieva tem o apoio de alguns socialistas e liberais europeus, embora, naturalmente as maiores fontes de apoiam venham da sua família política, o PPE. O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, já terá verbalizado o apoio à sua vice-presidente e o seu chefe de gabinete - que muitos dizem ser “o verdadeiro presidente da Comissão Europeia” - até já o anunciou publicamente. O eurodeputado Paulo Rangel afirmou esta semana que a Alemanha também apoia uma candidatura de Georgieva. O Partido Popular Europeu - força maioritária no Parlamento da UE e da qual Angela Merkel faz parte - estará descontente com o facto de todas as votações para a ONU terem, até agora, dado os três primeiros lugares a candidatos progressistas, distantes da linha de centro-direita do PPE.
Kristalina Georgieva, mulher, de leste, vice-presidente da Comissão Europeia e membro do PPE, seria uma candidatura ameaçadora à vitória de António Guterres. A búlgara tem uma relação de amizade com Durão Barroso, de quem foi comissária europeia durante cinco anos, embora este tenha assumido diversas vezes: “O meu candidato é o candidato do meu país.”
Caso a candidatura de Georgieva se concretize, é mais que provável que Mário David regresse a exercer funções de consultor junto desta. Afinal de contas, trabalharam meses para isso. Mário David é cavaleiro da Ordem de Madra da República da Bulgária, tendo sido condecorado pelo rei do país natal de Kristalina Georgieva. Hoje pertence ao comité executivo da Internacional Democrata Centrista, que engloba partidos como a CDU alemã de Merkel, o PP espanhol de Mariano Rajoy e o PSD português.


Fonte: Jornal SOL

Ovar, 29 de Setembro de 2016
Álvaro Teixeira















quarta-feira, 28 de setembro de 2016

DAVID CONTRA GUTERRES

Ontem, numa SMS trocada com um jornalista, escrevi: "há qualquer coisa fácil demais neste processo que me inquieta". Referia-me à acumulação de sinais positivos em torno da candidatura de António Guterres. Estava-me a parecer que quem se lhe opõe não iria ficar de braços cruzados perante a fantástica cavalgada vencedora que o candidato português estava a fazer, no quadro das votações indicativas no Conselho de Segurança. Quem me lê por aqui e por outros locais testemunhará que fui sempre muito prudente na consideração das hipóteses de Guterres, muito embora concordasse que a expressividade do seu destaque perante os seus adversários estava a tornar cada vez mais difícil que o jogo "fosse virado". Mas foi, como a emergência, agora anunciada, de Kristalina Georgieva, bem o prova.


Kristalina Georgieva                                                                     António Guterres                                               



O jogo volta à quadra inicial? Não volta. As votações em Guterres são um "património" muito importante e vai ser difícil revertê-lo. Mas a vice-presidente da Comissão Europeia, apoiada por setores importantes do Partido Popular Europeu, não sairia a terreiro se não tivesse as "costas quentes" e se não fossem minimamente fortes as perspetivas em que a sua ambição se apoia. Angela Merkel e Jean-Claude Junker, figuras cimeiras do PPE europeu - clube político onde também está o portuguesíssimo PSD - são os grande promotores da cartada Georgieva, que se diz que se terá voluntariado a este papel sob a promessa de, em caso de derrota, vir ser a candidata da Alemanha uma eventual sucessão de Junker na Comissão Europeia.
No dia 4 de outubro, quando o P5, os membros permanentes do Conselho de Segurança, tiverem de mostrar as cartas, isto é, revelarem quem vetam, tudo ficará mais claro. Veremos se terão a "lata" de afastar o candidato cuja qualidade relativa ficou bem patente neste processo, cuja transparência acabou por prejudicar os "trade-off" que tradicionalmente eram a regra do jogo.
Nesse dia, verificaremos se David ganhou a Guterres. Refiro-me a Mário David, o antigo secretário de Estado do PSD que se sabe ser um dos "operadores" da candidatura de Georgieva, sob o impulso do governo húngaro desse expoente da democracia que é Viktor Órban. Claro que ninguém é obrigado, por mero patriotismo, a apoiar António Guterres. Mas parece poder haver alguma esquizofrenia no seio do PSD quanto a este assunto, que ganharia em ser de imediato clarificada: a linha oficial do partido afirma defender a candidatura portuguesa e um dos seus homens de mão no seio do PPE trabalha por Georgieva. Onde ficamos?
 
Publicado por Francisco Seixas da Costa no Facebook
 
Ovar, 28 de Setembro 2016
Álvaro Teixeira