Translate

Mostrar mensagens com a etiqueta TVI. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta TVI. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Porque é que a repórter da TVI mentiu escandalosamente em directo?

Aventar

por João Mendes

Tomada de Posse

Fotomontagem via Os truques da imprensa portuguesa

O caso já tem alguns dias e remonta à tomada de posse dos novos ministros e secretários de Estado do executivo Costa. Em tempos não muito longínquos, teria passado por entre os pingos da chuva, pelo menos para significativa parte da opinião pública. Felizmente, existem hoje uns tipos perigosíssimos, que dão vida a um projecto chamado Os truques da imprensa portuguesa, que teimam em não dar descanso ao embuste jornalístico, o que é refrescante no seio de uma sociedade que se depara diariamente com factos alternativos, criados com objectivos tão distintos como gerar receitas ou manipular a opinião pública para benefício de certos e determinados indivíduos e sectores.  Ler mais deste artigo



terça-feira, 24 de outubro de 2017

Banif, TVI e Altice

Aventar

por João Mendes

Vítor Rios

Fotografia: Vítor Rios/Global Imagens@DN

Não passou muito tempo desde o estranho caso da estação televisiva que criou artificialmente o pânico sobre uma instituição bancária, que atravessava um momento de particular vulnerabilidade. Dita estação, curiosamente, era propriedade de uma empresa que tinha como accionista de referência uma outra instituição bancária, maior e mais poderosa, interessada em engolir o pequeno e fragilizado concorrente.

Como seria de esperar, porque estamos em Portugal, paraíso à beira-mar plantado onde vale quase tudo, o truque funcionou, seguindo-se uma avalanche de levantamentos e fecho de contas, fragilizando ainda mais a pequena instituição que acabaria por ser adquirida, por meia dúzia de patacos, pelo predador proprietário da TV incendiária, que aguardava calmamente na penumbra. Ler mais deste artigo

sexta-feira, 28 de julho de 2017

Fogo férreo

sexta-feira, 28 de julho de 2017




Este gráfico ilustra bem a percepção que qualquer espectador tem ao mudar de canal. E isso daria pano para mangas numa investigação académica. E até política.
O número de minutos representado no gráfico abrange todos aqueles subtemas a que as televisões deram atenção nos últimos oito dias: incêndios propriamente ditos, o caso de Pedrógão e o número das suas vítimas, a reforma florestal, SIRESP, reacções políticas, declarações de Marcelo Rebelo de Sousa, etc., etc.
Mas como é que é possível que redacções distintas, com jornalistas profissionais independentes , consigam um grau de sintonia tão apurado? Verifica-se mesmo uma sintonia nos dias em que o tema é abertura dos jornais nocturnos (23, 24, 25, 26 e 27/7) ou quando apenas aparece no meio do jornal (dias 20, 21 e 22/7) e até na hora em que surge.
A realidade no terreno dos incêndios explicará parte dessa sintonia, Mas como explicar os mesmos tempos de cobertura, a ponto de monopolizarem metade dos jornais?
Além desse, muitos outros factores poderão influir: uniformização de fontes de informação, uniformização de factos políticos (caso do jornal Expresso no sábado, 22/7, quando suscitou a questão do número de mortos em Pedrógão), mimetismo de informação (fruto da luta entre empresas de comunicação por um mesmo mercado), silly season (quando o futebol acaba os jornais ficam com um buraco, como lembrou o José Pacheco Pereira na Quadratura do Círculo) , etc.
O resultado é que a informação passada não se distingue muito entre canais, quando - segundo a ideia passada que levou à privatização do espaço público - a concorrência entre canais deveria suscitar, sim, uma maior variedade de informação...
As ditaduras percepcionam-se também pela uniformização da informação. E essa uniformização existe igualmente com a centralização das decisões num número reduzido de pessoas e no afunilamento de temas a que conduziu a concorrência entre empresas que contaminou todo o processo de produção de informação e os comportamentos dos jornalistas.
Algo tem de ser feito, porque este dispositivo será usado no dia em que se queira que os povos embarquem para uma guerra que não é sua ou para legitimar políticas pouco discutidas e que os prejudicam.

Fonte: Ladrões de Bicicletas

sábado, 15 de julho de 2017

Outros tempos



por estatuadesal
(In Blog O Jumento, 15/07/2017)
tvi2

Quando a PT era PT e tentou comprar a TVI caiu o Carmo e a Trindade, até deu direito aos zelosos inquéritos policiais com grande destaque nos órgão oficiosos do MP. Agora que a TVI24 vai ser comprada pelos saloios franceses e afrancesados endinheirados não há comentários, dizem que é o mercado. Desta vez não há perseguições nem inquéritos judiciais, estão todos felizes porque os montanheiros da Altice vão fazer na Media Capital o que estão a fazer na PT.
Mas neste país com elevada densidade de idiotas há quem dê crédito à declaração dos montanheiros que dizem que a Media Capital vai concorrer com o Facebook e com a Google. Até fazem lembrar o Passos Coelho quando foi ao Japão declarar que em breve Portugal iria ser um dos países mais competitivos do mundo.

sexta-feira, 14 de julho de 2017

Usar a TVI para destruir um já existente e comprá-lo a preço de saldo?



Em 2015, o grupo Altice passou pela quermesse de Passos Coelho e levou a PT, por um simpático valor que rumou, na sua quase totalidade, para o Brasil. Para isso e para pagar dívidas que a meritocracia capitalista – leia-se boys & girls do regime – nos deixou de herança, como forma de agradecimentos pelos milhões em bónus que lhes pagamos ao longo dos anos. Maravilhas da boa nova liberal.
Dois anos volvidos, a Altice adquiriu hoje uma posição maioritária na Media Capital, acumulando assim o controle da MEO com o da TVI, o canal português que se encontra no patamar de sensacionalismo e parolice imediatamente anterior ao do Correio da Manha.
O próximo passo, revelou ontem o Expresso, será a entrada no sector da banca, através do lançamento do Alticebank. Estará a compra da TVI relacionada com a decisão do grupo francês? É que, a julgar pelo papel decisivo que estação televisiva teve na derrocada do Banif, imediatamente adquirido pelo Santander, accionista do grupo Prisa, que detinha até hoje a TVI, quer me parecer que poderá haver aqui alguma relação. Assim, em vez de criar um novo banco de raiz, poderá a Altice limitar-se a arruinar um dos já fragilizados bancos portugueses, que são quase todos, senão mesmo todos, e resolve-se a coisa por meia-dúzia de milhões. Para pagar o remanescente estamos cá nós.
Eric Piermont/Getty@Expresso
Fonte: Aventar

sábado, 1 de julho de 2017

Vampiros

sexta-feira, 30 de junho de 2017


 

Imagem da Emissão do Jornal da TVI e aquela que se poderá ver depois de usar os óculos de Carpenter no filme "Eles Vivem", de 1989

A rarefacção de jornalistas nas redacções está a criar situações insustentáveis de pluralismo político e até de consistência da informação na comunicação social. Já nem é por causa da mensagem anticomunista primária - como se tratasse de uma doença sexualmente transmissível - ou da idiotice pegada de quem achou por bem escrever este "oráculo", à laia de poética bonita. Fernando Medina até há-de achar bom para a sua campanha, porque se ele não é anti-comunista, tão pouco é comunista. E, no fundo, estão a falar dele.
É apenas e tão-só por causa da mensagem subliminar de condicionamento político-estupidificante, numa emissão televisiva que ocupa um espaço público, concessionado a um agente privado que o está a usar deficientemente e contra o conteúdo do contrato de concessão.

Postado por João Ramos de Almeida em 30.6.17  (em Ladrões de Bicicletas)

quinta-feira, 29 de junho de 2017

Qual a cor do sangue da Judite?



por estatuadesal
(Joaquim Vassalo Abreu, 28/06/2017)
JUDITE
Eu sei, mas só o revelarei no fim do texto, e quem o antecipar estará a fazer batota e isso não vale!
A mim há duas coisas que sempre me fizeram confusão: uma a cor do meu sangue e outra a cor do cavalo branco de Napoleão! E coisas mais banais não haverá, não acham?
Confusos? Eu explico: em primeiro lugar porque sempre me convenci que o meu sangue era vermelho e assim o constatava quando, em pequeno, dava uma “topada” (batia com o dedo grande do pé numa pedra ou outro obstáculo) e dali jorrava um sangue vermelho que só a sulfamídica terra curava. Vermelho, sem dúvida! A outra era saber da cor do cavalo branco do Napoleão quando ele era branco!
Era branco o cavalo, tal como o sangue era vermelho. Duas verdades para mim absolutas! Isso pensava eu…
Pois: isso pensava eu! Mas, mais tarde, quando comecei a namorar com a Graciete, comecei a ouvir dizer que ela era de sangue azul! Azul, perguntei eu? Eu que pensava que ela era do Sporting e, sangue por sangue, o dela era vermelho? Mas depois soube que isso do “sangue azul” era treta, pois não era Portista e era apenas descendente dos Viscondes de Bacelar…Sangue deles, portanto!
Mas depois descobri que o seu sangue era mesmo vermelho, pois eu amiúde bem o via…
Só que agora, há uns dias atrás, deu-se-me de novo um nó no meu occipital quando li na Net aquela notícia da TVI que dizia que o Medina tinha “sangue comunista”, pois era filho de comunistas! “Sangue comunista”? Então, sendo o “azul” uma treta, para além do vermelho, ainda haveria mais espécies de sangue? Não deverá haver quem, não dominando estas coisas dos sangues, não ficasse confuso! E eu fiquei!
E fiquei porque quem estava a dar a notícia era uma tal Judite e, retrocedendo na máquina do tempo, lembrei-me que ela morava por baixo de uma cunhada minha em Gaia e toda a gente sabia que o pai era comunista!
Assim, a TVI, sem o saber(?), abriu uma caixa de pandora e classificou também a Judite com esse novo tipo de sangue…É que a TVI ao reclamar que o sangue do Medina era “comunista”, acabou por dizer, preto no branco, que o da Judite também o era! Achei bonito…
Eu essa expressão nunca tinha ouvido, mas há uma outra que conheço e talvez isso explique e que é a de “estar-lhe no sangue”!
Mas, pensando melhor, sendo essa expressão abrangente que chegue, ela não se poderá aplicar a este caso pois, partindo do princípio de que o sangue é mesmo vermelho, tal resultará numa redundância insanável e numa conclusão óbvia e cuja é: se o ser-se comunista é consanguíneo, eu e outros mais, não o sendo, mas sendo comunistas, que raio de tipo de sangue terei ou terão? Verde, por ser sportinguista? Azul para alguém que é Portista? Neto ou bisneto de Condes e Viscondes?
É que os meus Pais não eram comunistas, nem benfiquistas tão pouco, de modo que eu, não tendo esse privilégio, só poderei ter um sangue vermelho abastardado, por mais que vermelho me sinta, bem ao contrário do Medina que o tingiu de rosado!
De modos que a Judite, certamente bem avisada, tanto pela Prada, como pela Louis Vuitton ou pela Hermes ,e com o seu alto patrocínio, há muito o problema resolveu e fez uma transfusão.
Eu sei que isso lhe provocou algumas sequelas, principalmente na linguagem, na maneira de falar, enfim, mas o seu sangue ficou para sempre LOIRO!
O seu sangue é LOIRO e o Loiro está-lhe no sangue…Um sangue loiro varrido!

domingo, 25 de junho de 2017

Incêndio no jornalismo português

A opinião de
Diogo Faro
Diogo Faro

Deflagrou um incêndio de grandes proporções, esta semana, no jornalismo português. Há grandes áreas que, para bem do país, se mantém intactas, mas outras, as que têm as maiores plantações de eucalyptus eticas zeru estão ainda cobertas de fogo.
Uma das zonas mais afetadas é, sem surpresas, a zona de Correio da Manhã, junto à aldeia de Se Cheira a Sangue É Notícia. No seu estilo habitual, o Correio da Manhã resolveu, no pior dia do incêndio de Pedrógão Grande, colocar na capa uma citação de Fernando Santos na antevisão do jogo da Seleção: “Ponho as mãos no fogo pelo Ronaldo”. As pessoas que tiveram esta ideia, ou que a aprovaram, acharam giro e muito importante do ponto de vista jornalístico fazer uma pequena graça com a trágica morte de tantas pessoas.
Outra zona muito afetada pelas labaredas foi a zona de Queluz de Baixo, mais propriamente no bairro social TVI, ali logo a seguir à rotunda de Sem Escrúpulos Vende Mais. A TVI, através da jornalista Judite de Sousa, achou que não só era decente como era pertinente fazer um direto cujo cenário era uma das vítimas mortais do incêndio coberta com um lençol. As redes sociais vieram em massa com lança-chamas e não houve bombeiros do teclado que conseguissem dominar a tragédia jornalística. Melhor que tudo isto, só a crónica no P3 do senhora João André Costa que conseguiu rastejar nas cinzas enlameadas ao julgar a atitude da Judite de Sousa pelas roupas que veste, pela sua suposta vida sexual e, basicamente, pelo facto de ser mulher. Um mimo do sexismo como acendalha.
Entre outras coisas, como a notícia divulgada em todos os órgãos de comunicação social da queda de um avião que não caiu, o jornalismo português continua a arder. Mas vai continuar sempre. Enquanto as pessoas adorarem ver reality shows sedentas por ver violência, intriga e sexo na vida de desconhecidos, enquanto abrandarem na estrada ao passar por um acidente para admirar a desgraça alheia, enquanto fizerem com que esta perversa e brutal busca por sangue e tragédia de alguns meios de comunicação continue a ser rentável. Muito rentável.
Por tudo isto e muito mais, podem queixar-se à vontade desta comunicação social incendiária que eles nunca vão mudar enquanto vocês, ao ver um acidente, ligarem primeiro a câmara do telemóvel antes de chamarem o INEM.
Sugestões mais ou menos culturais que, no caso de não valerem a pena, vos permitem vir insultar-me e cobrar-me uma jola:
- Bombeiros: Por todo o país, os bombeiros vão continuar a precisar de muita ajuda. Não deixem a onda de solidariedade passar e continuem a ajudar em força os vários quartéis.
- Nudez: está demasiado calor para se andar vestido. Torna mais fácil mandar nudes uns aos outros. Aproveitem.

Fonte: Sapo24