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segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Mais um aniversário de um dos grandes atentados terroristas patrocinados pelos EUA

11/09/2017 por João Mendes

Foto encontrada no mural do Facebook de Rui Bebiano
Foi há 44 anos que o governo democraticamente eleito de Salvador Allende, no Chile, foi derrubado por um golpe terrorista, patrocinado pelos maiores fabricantes de golpes militares do mundo, os Estados Unidos da América.
O dia 11 de Setembro de 1973 é o culminar de uma série de manobras norte-americanas, orquestradas pela CIA, que incluíram assassinatos selectivos, suborno de grevistas ligados à extrema-direita, financiamento e treino de grupos paramilitares fascistas, bloqueios económicos e pressão sobre outros países para que seguissem a mesma via, sob ameaça de represálias, entre outros esquemas que habitualmente vêm nas cartilhas terroristas do Tio Sam, sempre que se põe em prática um dos muitos planos, quase sempre bem-sucedidos, de derrubar governos democraticamente eleitos que, por algum motivo, não agradam a Washington. Ou, dito por outras palavras, governos que se recusam a ser vassalos à força do Estado mais violento do planeta.
Derrubado o governo democraticamente eleito de Allende, os EUA patrocinaram a ascensão de uma ditadura violenta, comandada pelo general Augusto Pinochet, uma referência que une, de forma quase unânime, extrema-direita, neoliberais e conservadores-fachos. Durante a vigência do regime fascista de Pinochet, dezenas de milhares de chilenos foram presos, torturados e assassinados. Os sindicatos foram ilegalizados, a economia foi sujeita a processo radical de privatizações e o país é hoje um dos mais desiguais do mundo.
Em 1998, um mandato de captura internacional, emitido pelo juiz espanhol Baltazar Garzón, para que Pinochet fosse julgado por crimes de genocídio e tortura, entre outros, levou à sua prisão em Londres. Valeu-lhe a intervenção de Margaret Thatcher, que intercedeu pelo amigo, e lhe que garantiu escapatória dos crimes violentos que praticou durante os 17 anos de vigência do seu regime. As costelas fascistas de Thatcher falaram mais alto. Como de costume.
Acabou por morrer com 91 anos, tendo passado mais tempo no planeta do que aquilo que merecia, sem que nunca se tenham investigado devidamente as suspeitas de enriquecimento ilícito, bem como sem que fosse julgado por todo o mal causado aos chilenos. Era inimputável, coitado. Continua a unir neoliberais e fascistas, que nunca se cansarão de legitimar os seus crimes, e a sua memória por cá continuará a pairar, para que nunca nos esqueçamos que organização alguma promoveu tanto o terrorismo, do extremo oriental da Ásia à América Latina, como os governos norte-americanos.
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segunda-feira, 28 de agosto de 2017

O ensaio Ventura

28/08/2017 por João Mendes 25 comentários


Foto: Diário de Notícias
Li por aí algures, não me recordo bem onde, que a finalidade do candidato Ventura é a de permitir ao PSD de Passos Coelho ensaiar um novo tipo de discurso, a anos-luz da matriz social-democrata que o passismo fechou a sete chaves numa gaveta, para ver o que sai dali. Começou com generalizações sobre a comunidade cigana e os apoios sociais, ao melhor estilo da extrema-direita nacional, e foi cavalgando ondas de populismo, até chegar à reintrodução da pena de morte.
A polémica ganhou dimensão mediática, que, presumo, seria precisamente aquilo que André Ventura e a direcção do PSD pretendiam, custou-lhe o apoio do CDS, algo estranho considerando a quantidade de saudosistas do Estado Novo que militam no partido, porém, sem grandes surpresas, garantiu-lhe um novo aliado, ainda que temporariamente: o PNR. José Pinto Coelho, considerou Ventura “um dos meus” e até lhe dirigiu um convite para se juntar ao seu partido. No entanto, alguns dias e muitas críticas depois, Ventura demarcou-se do PNR e o líder fascista respondeu, acusando Ventura de roubar o discurso ao seu partido, afirmando ainda que o candidato do PSD lhe terá enviado a seguinte mensagem:
Importa, portanto, saber se o PSD subscreve as propostas e o discurso do seu candidato a Loures, nomeadamente no que diz respeito à reintrodução da pena de morte. Para quem tanto puxa dos galões europeus para disparar chumbo grosso sobre PCP e BE, seria bom recordar a direcção do PSD que a União Europeia há muito baniu a pena capital e a ela se opõe, mesmo quando os alvos são “pedófilos homicidas” ou terroristas. Porque hoje são os “pedófilos homicidas” e os terroristas, amanhã estamos todos sujeitos.
É urgente que PSD esclareça o país sobre se vai seguir o exemplo do seu parceiro húngaro no PPE na cruzada pelo retrocesso civilizacional. Até ver, é apenas cúmplice deste perigoso ensaio populista, demagogo e radical. E, a julgar pela recente tomada de posição do antigo governante social-democrata, Feliciano Barreiras Duarte, o problema é mais grave do que aparenta.

Foto: Nuno Fox/Lusa@Diário de Notícias
Fonte: Aventar

sábado, 19 de agosto de 2017

Entretanto, pela imprensa estrangeira e arredores…

por j. manuel cordeiro






Alguma comunicação social retratou Trump como ele é. Um merdas da extrema-direita, cheio de cautelas para não perder o apoio desses grupos. Pelo ritmo de demissões, não faltará muito para que apenas lhe sobrem esses.
Este é um bom momento para recordar as investidas que alguns opinadores realizaram, na comunicação social, em blogs e no Facebook,  com o intuito de suavizar e racionalizar esse doido que ocupa o lugar de presidente dos EUA. E acho engraçadas algumas reacções do comentadorismo nacional face a esta inequívoca colagem de Trump à extrema-direita. Alguns exemplos: o discurso de ódio na América não é novo; nazismo e comunismo são a mesma coisa; falam da América mas calam-se sobre a Venezuela. A técnica é muito simples. Dado que não podem negar a realidade, procuram relativizá-la para a diminuir.
Mas a realidade é clara. Apenas algumas décadas passadas sobre a loucura do nacionalismo que conduziu à Segunda Guerra Mundial, os extremistas chegaram de novo ao poder de mais uma potência económica e militar. Maus augúrios se anunciam. Quem tiver dificuldade em ler o actual contexto a partir da História pode sempre optar por uma versão romanceada, como a de Ken Follet.


Fonte: Aventar

domingo, 13 de agosto de 2017

Trump e a extrema-direita

13/08/2017 por j. manuel cordeiro



Recorte: The Guardian
O presidente disse que condenou o “ódio, fanatismo e violência em muitos lados” no sábado. E repetiu a frase “em muitos lados” para enfatizar. Um porta-voz da Casa Branca amplificou mais tarde as declarações do presidente, dizendo ao The Guardian: “O presidente estava condenando o ódio, fanatismo e violência de todas as fontes e de todos os lados. Houve violência entre manifestantes e contra-manifestantes hoje “.
Mas houve uma forte reacção à recusa de Trump em denunciar os radicais de extrema-direita que atravessaram as ruas carregando tochas flamejantes, gritando epítetos raciais e atacando os seus oponentes.
Os confrontos começaram depois dos nacionalistas brancos terem organizado uma reunião em torno de uma estátua do general confederado Robert E Lee, a ser futuramente removida, e culminou com um carro sendo deliberadamente conduzido contra um grupo de pessoas que protestavam pacificamente contra a manifestação da extrema-direita, matando uma pessoa e ferindo pelo menos 19. [The Guardian]

Um carro é conduzido contra aqueles que “protestavam pacificamente” e Trump vem falar, com enfatização, de violência vinda de muitos lados. Evidenciando que foi uma mensagem pensada para assim ser dita, um porta-voz da Casa Branca repetiu o argumento do “ódio, fanatismo e violência de todas as fontes e de todos os lados”. Que não sobrem dúvidas. A presidência norte-americana, ao procurar igualar ambos os lados em termos de violência, optou conscientemente por desvalorizar os actos da extrema-direita.
Tal como escreveu J. K. Rowling, foi um grande dia para Trump se ter esquecido de usar o Twitter.
Hoje Trump esqueceu-se do Twitter
@ Twitter
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Percurso de James Alex Fields contra os manifestantes
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Fonte: Aventar










terça-feira, 8 de agosto de 2017

Do racismo e outros demónios

por Daniela Major

Uns bravos pescadores tunisinos travaram o barco dos fachos que anda pelo Mediterrâneo.
“Já seguíamos com preocupação as actividades deste grupo. Quando soubemos que vinham para Zarzis, mobilizámo-nos para evitar que entrassem no porto. Não queremos o barco fascista na Tunísia”, disse ao El País Shamseddin Bourasin, presidente da associação de pescadores local, que conta com cerca de 500 membros. “Há dez ou 15 anos que salvamos migrantes que naufragam. Não queremos que um barco que quer que se afoguem e usa lemas fascistas e contra o islão seja ajudado nos nossos portos”, declarou."
Para quem não sabe, o referido barquinho foi tomado por uma associação (chamemos-lhe isto para não lhe chamarmos grupelho) "juvenil" chamada Geração Identitária que pretende: "“defender” a Europa de refugiados e migrantes, para evitar “a grande substituição” – um conceito popular entre a extrema-direita nacionalista europeia, que teme que os muçulmanos substituam os cristãos no Velho Continente." (as aspas são do Público, mas eu concordo com elas).
Esta ideia dos muçulmanos substituírem os cristãos tem alguma piada, especialmente porque segundo as estatísticas o maior perigo para a "Cristandade" europeia não são os muçulmanos (actualmente 2% da população União Europeia) mas sim os ateus e os não crentes. (Fonte) Então, para quando um barco (ou um camião ou uma mini-van ou um carocha) contra os ateus?

Fonte: Aventar

sexta-feira, 7 de julho de 2017

Parrachita à presidência!

07/07/2017 por João Mendes



Maria Vieira, actriz portuguesa de créditos firmados que dispensa apresentações, decidiu recentemente envolver-se em profundas discussões politico-filosóficas nas redes sociais, causando um imenso frenesim entre as massas, o que é revelador do seu impacto na sociedade portuguesa. Ficamos a saber, entre outras coisas, que se posiciona ideologicamente na fronteira entre o conservadorismo radical e a extrema-direita e que admira fervorosamente o ícone maior do nacional-socialismo moderno mais populista, fanático e estupidificante de que há memória, Donald Trump. Como é seu direito.
O cartaz em cima não existe. É uma montagem da Uma Página Numa Rede Social de um cartaz de Teresa Leal Coelho na Praça de Espanha, onde nada mais que o seu nome e a sua cara photoshopada lá estão. Não há slogan, não há propostas, nada. Só uma cara e um nome, o que para muitas pessoas neste país ainda é mais que suficiente para entregar alegremente o seu voto. Sim, temos os políticos que merecemos.
Mas a escolha da Uma Página não podia ser mais oportuna. Uma activista pró-extrema-direita norte-americana em coligação com uma alta oficial do PSD mais radical e à direita de que há memória faz todo o sentido. Aliás, tal como Maria Vieira, também o líder do PSD, Pedro Passos Coelho, parece empenhar-se no branqueamento da ameaça que o troglodita americano representa. Já Teresa Leal Coelho não estará muito longe deste paradigma. Basta ver a forma como tratou a concelhia de Lisboa, por altura da sua nomeação para a disputa da capital, para perceber que o respeito pela democracia à moda de Trump está lá.
Sugestão: ainda vão a tempo de retirar Teresa Leal Coelho da corrida, até porque ninguém deu por ela, tal como ninguém deu por ela na vereação e nas assembleias municipais de Lisboa. É substituir a senhora por Maria Vieira, que sempre granjeia mais simpatia que a sétima escolha de Passos Coelho para a CM de Lisboa, e pode ser que, coligada pós-eleitoralmente com Assunção Cristas e com aquele macho latino do PPM, cujo nome desconheço e não perderei tempo a googlar, ainda dê para derrotar Fernando Medina. And everything’s gonna be Al(t)right!

Fonte: Aventar

domingo, 18 de setembro de 2016

Pairam nuvens negras sobre a União Europeia

No meu artigo anterior já previa que nada de bom saísse da Cimeira de Bratislava, mas o que saiu foi ainda bem pior.
Mais uma vez se provou que esta gente se comporta como baratas tontas que andam às voltas, mas não saem do mesmo sítio.
O que disseram a srª. Merkel e o sr. Hollande foram palavras redondas e que o eixo franco-alemão irão aprofundar, direi afundar, ainda mais a coesão da União Europeia, tomando em conta o Brexit.
Como é que estes dois governantes irão fazer aquilo que afirmaram, quando Hollande, com eleições na França já nos primeiros meses do próximo ano e tem uma taxa de aprovação de cerca de 20% e a chanceler Merkel acaba, ainda hoje, de sofrer uma pesadíssima derrota nas eleições Berlim?
Como é nos podem prometer reformas no funcionamento da União Europeia, se a credibilidade nos seus países anda pelas ruas da amargura?
E o mais caricato é que disseram que irão apresentar o plano conjunto em Março do próximo ano, como se não fosse urgente resolver as situações ou os problemas com que nos confrontamos todos os dias.


                                                                                  Matteo Renzi
O sr. Matteo Renzi, primeiro ministro da Itália, não compareceu na conferência de imprensa, alegando, entre outras coisas que os problemas da Europa não se resolveram com a austeridade, que não deve continuar e deu, como exemplo o caso dos EUA, que foi com o desapertar do cinto que a América aumentou o seu crescimento económico.
E para a cereja em cima do bolo, lá apareceu o grupo de Visegrado, ou V4 (Hungria, República Checa, Eslováquia e Polónia) a anunciar que irá vetar todos os acordos entre o UK e a UE, para dar sequência ao Brexit. Devo referir, porque é pertinente, que estes quatro países estão a ser governados por partidos da extrema direita que estão a crescer desmesuradamente por toda a Europa.

O céu da Europa está com cor de chumbo. Espero que não desabe como uma tempestade incontrolável, embora estejam a ser criadas todas as condições para que isso aconteça.

Ovar, 18 de Setembro de 2016
Álvaro Teixeira