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quarta-feira, 15 de novembro de 2017

CDS-PP: Depois dos cortes, a bonança

Ladrões de Bicicletas


Posted: 15 Nov 2017 02:20 AM PST

Em mais um número de puro oportunismo e colossal desfaçatez política, o CDS-PP veio propor o alargamento, ao ensino secundário, do recém criado 3º escalão de Ação Social Escolar (ASE), medida inscrita na proposta orçamental de 2018 e que visa reforçar o acesso a manuais escolares gratuitos até ao 9º ano. Para a deputada Ana Rita Bessa, «incompreensivelmente, o secundário é deixado de fora», devendo portanto o Governo - em vez de adotar medidas de natureza universal (como a gratuitidade dos manuais escolares do 1º ciclo, já em vigor, ou a sua generalização até ao 9º ano, como propõe o PCP) - «dar a quem mais precisa».

Estaria tudo muito certo, não fora a vontade de saber onde andava o CDS-PP quando Nuno Crato decidiu proceder a cortes na Ação Social Escolar, nomeadamente nos Apoios Socioeconómicos (a rubrica que enquadra, justamente, os manuais escolares), entre 2011 e 2015, ao mesmo tempo que deixava praticamente incólumes as verbas para celebrar Contratos de Associação com escolas privadas. Mais: por onde andaria o CDS-PP quando o mesmo Nuno Crato decide, numa das mais miseráveis e repugnantes medidas aprovadas durante o seu mandato, deixar de comparticipar visitas de estudo dos alunos mais carenciados, devido a «limitações orçamentais»? Será que nessa altura o CDS-PP, ao contrário dos dias que correm, era a favor de «dar a quem menos precisa»?

terça-feira, 24 de outubro de 2017

O Estado falhou, Cristas chumbou



por estatuadesal

(Por Estátua de Sal, 24/10/2017)

Assunção Cristas

Estive a ver o debate da moção de censura apresentado na Assembleia da República pelo CDS.

Cristas abriu o baile, mesmo sem lhe se vislumbrar consorte apaixonado. Veio o fogo? A culpa foi do Primeiro-Ministro. Morreu gente? Também dele foi a culpa. Que venham tufões, maremotos, incêndios e terramotos, que a culpa será sempre do Governo. E quando não se conseguem evitar as catástrofes naturais, ou mesmo as catástrofes provocadas pelo desleixo humano ou pela sanha criminosa de alguns, é sempre o Estado que falha. É por isso que Cristas censura - diz ela -, é por isso que Cristas aponta o dedo ao coração de António Costa, qual arco pronto a disparar flecha mortífera e letal.

Mas Costa não se deu por achado. Respondeu em tom humilde mas construtivo. Não se deu sequer ao trabalho de rebater as acusações de Cristas, e discutir se o Estado terá falhado muito, pouco, ou assim assim. E fez bem. Limitou-se a enumerar as medidas que o Governo já tomou, vai tomar, e a forma de as implementar no futuro próximo. De certa forma, deixou Cristas a falar sozinha.

O Partido Socialista centrou a sua intervenção sobre a legitimidade do CDS apresentar uma moção de censura, tendo em conta os cortes nas políticas florestais empreendidos pelo governo anterior, com Cristas ao leme do Ministério da Agricultura a comandar as operações de devastação do mundo rural. Sim, legitimidade não tem, e memória também não tem porque fala como se esse passado não lhe pesasse e não tivesse existido.

E veio o rapazola do PSD, o Hugo Soares. Secundou Cristas e mais uma vez trouxe à baila a moção de confiança que o PS não teria coragem para apresentar por, segundo ele, não ter a garantia de ser aprovada pelo PCP e pelo BE. E por isso o Governo já não teria legitimidade para governar, afirmação em jeito de pergunta enfática que deixou a Cristas para ela poder brilhar e corroborar.  E ela assim fez. Tornou a desfilar a ladainha das falhas sob a forma de uma lista de perguntas sobre o que o Governo fez, deixou de fazer ou vai fazer, e concluiu que António Costa é apenas um político hábil quando o país precisaria de um estadista. É grande o desplante da madame eucaplipto, digo eu: como se a direita tivesse nas suas hostes políticos de grande vulto e de grande dimensão ética e política.

Mas, mais uma vez, Costa deixou-a a falar sozinha. Passou ao lado daquilo que designou por slogans e ataques pessoais. Limitou-se a falar do futuro, medidas, soluções, indemnizações, investimentos, reconstrução e mais reconstrução.

Mas o grande ataque a Cristas veio de Catarina Martins, que adjectivou de obscena a moção de censura por não pretender resolver problemas nem sequer honrar a memória das vítimas, mas sim aproveitar-se dessa memória. E isto sem deixar de pedir explicações ao Governo sobre as razões de tanta falha do Estado, e sobre o desenho de algumas das medidas que estão já apresentadas, como por exemplo o Siresp, os meios aéreos, e as Forças Armadas no terreno a defender a floresta.

O PCP trouxe ao de cima o seu pragmatismo. Pediu agilidade na implementação das medidas já aprovadas. E pediu que Costa esclarecesse se o financiamento de tais medidas não irá ser um pretexto para cortar na política em curso de reposição de rendimentos, em nome da sacrossanta austeridade que as regras do cumprimento do déficit, emanadas da Comissão Europeia, impõem. E António Costa respondeu. Não, não irá haver qualquer corte nas opções do Orçamento de Estado para 2017 já apresentado, de forma a compensar o financiamento necessário na implementação das medidas de política florestal e de protecção civil.

E depois de várias outras intervenções veio o trauliteiro deputado Montenegro, a voz do dono do defunto Passos. Sim, disse ele, o governo merece censura política, e Costa é apenas um tecnocrata de mediana categoria. Que desplante de novo. Como se tu, ó Montenegro, fosses um personagem de alta craveira.

E surgiu Carlos César e de novo o PS. Arrasou a direita, a moção de censura e os pedidos insistentes de uma moção de confiança pelo PSD. A confiança no Governo, disse, será comprovada brevemente com a aprovação do Orçamento de Estado de 2017.

E depois de várias outras intervenções, o denominador comum foi sempre o mesmo: para a oposição o Estado falhou, o Governo falhou e para este último a resposta foi sempre repetir o elenco das medidas que já aprovou e vai implementar para evitar novas tragédias. Em suma, a oposição a chafurdar nos acontecimentos trágicos, mas já passados, o Governo a querer esquecê-los e a olhar o futuro. Nada de novo, e também nada de novo na hora da votação: 122 contra a moção, 105 a favor.

No final, o que mais me surpreendeu? Que nem o Governo nem a oposição, no elenco das medidas que pretendem ver prosseguidas, tenham referido a necessidade de investigar a origem dos fogos. Todos assumiram que os fogos são originados por causas naturais - o que está muito longe de ser verdade -, e de nenhum dos lados surgiu uma palavra a exigir alterações no quadro judicial que pune actos de incendiários criminosos, e na estrutura das polícias e dos serviços de informação destinada a preveni-los.

De facto, o Estado falhou. Mas o Estado falha todos os dias e, a fazer doutrina a estratégia do CDS, pretendendo encontrar aí um motivo para o derrubar, teríamos eleições todos os meses para reconstruir maiorias e eleger novos governos.





terça-feira, 17 de outubro de 2017

Obrigado Dona Cristas


Estátua de Sal

por estatuadesal

(Por Estátua de Sal, 17/10/2017)

assuncaox

O CDS diz que vai apresentar uma moção de censura ao Governo, na sequência da catástrofe provocada pelos fogos que assolaram o país nos últimos dias. Obrigado, D. Cristas. Se o ridículo pagasse impostos a Assunção seria uma contribuinte VIP.

A direita anda tão assanhada a explorar a desgraça alheia para criar alarmismo, pânico e desespero pelo país, que nem nos três dias de Luto Nacional que o Governo - e bem -, decretou em homenagem às vítimas dos fogos, concordou em interromper os trabalhos da Assembleia da República.

O choro dos familiares das vítimas, e dos muitos que perderam os seus haveres, não comove a comandita da direita. Não, eles - quais vampiros -,  querem sangue, o sangue de Costa, o sangue da Ministra da Administração Interna, para temperar os cadáveres das vítimas.

E na orquestração da peça dantesca em que navegam têm a prestimosa colaboração das televisões, soprando nas imagens que emitem chamas já apagadas. Passámos hoje, todo o dia a ver imagens de chamas que já não existem porque foram já apagadas pelas chuvas que caíram esta madrugada. Mas eles querem fogo, chamas e espectáculo de destruição que só interrompem para passar a menina do Trivago e outros anunciantes que tais que lhes pagam a broa. E quando não é do fogo, directamente, que falam, é da contabilidade dos mortos. A SIC interrompe sempre que mais um morto é referenciado: parece que tem um cronómetro necrófago ligado ao écran para dar conta ao milímetro do avanço da tal contabilidade macabra.

Tentar fazer aproveitamento político de toda esta desgraça que atingiu o país é uma torpeza e uma infâmia que que só desonra e desmascara aos olhos dos portugueses quem a promove. Quando o país, em uníssono, se devia agregar contra o infortúnio, chorar os mortos e tratar dos vivos - como em tempos disse o Marquês de Pombal, aquando do terramoto de 1755 -, o que vemos é que as forças políticas da direita cavalgam a desgraça alheia fazendo dela arma de arremesso político. Os arautos desta direita indigente, não são miseráveis, porque na miséria ficaram sim os que tudo perderam nos incêndios, mas são eticamente miseráveis nos seus comportamentos e opções.

Mas, ainda assim, o tiro deverá sair-lhes pela culatra. Se tensões existissem dentro da Geringonça - e acreditamos que sim -, elas irão ser de imediato sublimadas no apoio que à esquerda irá ser dado previsivelmente ao Governo, aquando da votação da dita moção de censura.

Deste modo, ó Dona Cristas, a Geringonça agradece, reconhecidamente, a sua moção. Não há nada melhor para reforçar um casamento enfraquecido do que a aproximação de um inimigo comum a pôr as garras de fora.

sábado, 29 de julho de 2017

Sinais de Fogo



por estatuadesal
(Miguel Sousa Tavares, in Expresso, 29/07/2017)
fogo
ILUSTRAÇÃO HUGO PINTO

1 Portugal arde sem cessar. Arde visto de terra ou do ar, arde dia e noite, semana após semana, Verão após Verão, ano após ano. Se isto é uma guerra — e eu acho que é — estamos a perdê-la em toda a linha.
Mas Portugal arde também nas televisões, que dia a dia, incessantemente, nos bombardeiam com as imagens dos incêndios, substituindo com elas a falta de notícias da época, enchendo os ecrãs de labaredas de tragédia que potenciam audiências, fazendo dos jornalistas uma espécie de repórteres de guerra, sempre em busca da imagem mais dramática ou do drama humano mais pungente. Sentados no sofá, impotentes e silenciosos, assistimos a isto com a sensação de fatalidade de uma morte lenta e previsível.

segunda-feira, 24 de julho de 2017

Dimensão Oculta–Respostas recebidas

Respostas recebidas, até às 20 Horas de hoje, à seguinte pergunta:
O que vão fazer os partidos para contrariar a dimensão oculta que ameaça a campanha?

CDS - Logo sem fundo  (1) - reduzidaEm resposta à questão colocada,  o CDS de Ovar teve sempre uma posição muito crítica relativamente ao baixo índice de transparência municipal do município de Ovar e considera importante     subir no ranking de forma galopante, como forma de se afirmar como um município mais transparente e sair rapidamente da cauda deste índice.
Um dos compromissos que assumimos com todos, é que connosco, o município de Ovar será um exemplo a seguir nesta matéria.
O CDS de Ovar, tal como sempre afirmou, pugnará por uma maior transparência e rigor na gestão do município em coerência com o que sempre defendemos.

BE - SímboloJá que pretende mencionar o Bloco de Esquerda na sua resposta, agradecemos que tenha a delicadeza de contextualizar os factos, mencionando que contactou este partido às 17h05 de hoje, Domingo, dia 23 de Julho e que não obteve resposta. É o mínimo que se exige de um órgão informativo.

Continuamos a aguardar mais respostas, para inserir neste Post.
(em atualização)