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terça-feira, 19 de setembro de 2017

Recusa-se a votar em corruptos, caro leitor? Então esta posta é para si!

19/09/2017 por João Mendes


Está a ver aquelas molduras de fotografia que, de um dia para o outro, entupiram o Facebook com dizeres político-partidários de ocasião, não raras vezes vazios de conteúdo? Está farto de ver tanto corrupto emoldurado a pedir o seu voto para, de seguida, se dedicar ao compadrio, à distribuição de tachos para abanadores de bandeiras e ao tráfico de influências em geral? Apetece-lhe mandar toda essa gente à merda mas não está para se chatear? Então não perca tempo e diga já a todos os seus amigos virtuais ao que vem: actualize a sua foto de perfil facebookiana com a moldura que pode ver em cima e junte-se ao movimento – acabado de criar neste preciso instante, com forte potencial para se transformar imediatamente num flop – “Eu não voto em corruptos”.

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Pedrógão Grande espera



por estatuadesal
(João Quadros, in Jornal de Negócios, 08/09/2017)
quadros
Já me pus a pensar e, se calhar, metade da massa de Pedrógão foi para o SIRESP. São os que mais precisam. Até estranho a malta do SIRESP não nos cravar leite e barras energéticas.

Quase três meses depois, o dinheiro doado para ajudar as vítimas de Pedrógão Grande ainda não chegou a todos os que precisam. Entre donativos de anónimos, famosos e várias contas solidárias abertas, o valor já chega aos quinze milhões de euros. Eu acho que esta notícia tem tudo que ver com outra que marcou esta semana. A confiança dos portugueses alcançou os 82 pontos, no segundo trimestre deste ano, o valor mais alto alguma vez registado em Portugal. É impossível não associar uma à outra. É o problema da confiança dos portugueses estar a níveis nunca vistos. Estamos demasiado confiantes. Entregamos o dinheiro a qualquer pessoa e confiamos que vai mesmo para Pedrógão.
Já me pus a pensar e, se calhar, metade da massa de Pedrógão foi para o SIRESP. São os que mais precisam. Até estranho a malta do SIRESP não nos cravar leite e barras energéticas. Ou: "Tragam um cozido à portuguesa, aqui à sede do SIRESP, que os nossos quadros superiores estão cheios de larica."
Se eu fosse a Porto Editora, editava um labirinto, unissexo, com vinte páginas, onde tínhamos de ir dar com o dinheiro de Pedrógão Grande. Onde é que anda a massa? Eu começo logo a imaginar como estão as casas dos indivíduos que ficaram com a massa de Pedrógão. Aposto que têm piscina. As pessoas de Pedrógão, depois do que passaram, têm de andar atentas porque há uns focos de gatunagem? "Ai, estamos desconfiados que isto é gamanço posto."
Entretanto, o Governo já admitiu que pode estar a ser feito um aproveitamento abusivo de subsídios. Apesar de afirmar que "o risco é muito limitado", o ministro Vieira da Silva avisa que se algum problema for detectado, a justiça entrará "em campo". E depois de uma investigação, a PSP vai concluir que foi um raio que atingiu o dinheiro de Pedrógão.
Segundo li, as Misericórdias gastaram, até agora, apenas perto de 12.000 euros do fundo de 1,6 milhões e, provavelmente, foi num jantar, numa marisqueira, para combinar quando entregam o dinheiro. Sempre são três meses a render juros. Tenho a teoria de que a Cáritas anda a criar excêntricos todas as semanas.
Custa assim tanto pôr o dinheiro onde é necessário?! As Misericórdias não podiam contratar o ex-motorista do Sócrates? Três meses?! Só se é porque agora é que eles estão a ver a dificuldade de viver no interior, e estão há três meses a tentar lá chegar com o dinheiro e não conseguiram transporte.
Somos um país que demora três meses a fazer chegar 15 milhões a Pedrógão Grande mas onde, num instantinho, se põem vários milhares de milhões nas ilhas Caimão. O dinheiro dos pobres rasteja, o dos ricos voa.

TOP-5
Onde está a massa
1. Madonna vive em suite de hotel com 400 metros quadrados - O filho da Madonna é o jogador do Benfica com melhor casa.
2. Um aeroporto em Coimbra - Está mesmo a pedir ideias para praxes.
3. Depois do furacão Harvey, três furacões, Irma, José e Katia, progridem em simultâneo no Atlântico - Se o Trump fosse esperto dava nomes muçulmanos aos furacões.
4. Já se pode tomar banho na praia de Carcavelos - Já não há ratazanas mortas, elas agora já nadam e estão muita fixes.
5. Uma empresa portuguesa misteriosa de nome Yupido está registada com um capital social de quase 29 mil milhões de euros, o maior de Portugal - Com isto da Yupido, a Madonna deixou de ser interessante e passou a ser de classe média.
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segunda-feira, 4 de setembro de 2017

O PSD e a vacuidade de uma oposição trauliteira e miguelista


por estatuadesal
(Carlos Esperança, in Facebook, 04/09/2017)
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O Curso de Castelo de Vide terminou certamente com a aprovação dos alunos e a clara reprovação dos professores, sem qualquer utilidade para o País nem para o próprio PSD.
Do ex-PR, que jamais explicou as relações com o BPN, ao ex-PM que se julga ungido para governar, à revelia da Assembleia da República, ulularam docentes, alguns com qualificação académica, e que preferiram diatribes comicieiras à docência e à decência.
Quando se pensava que a revelação das redes de corrupção em autarquias do Norte teria reflexos no conclave, ecos na comunicação social e um comunicado da PGR, que viesse tranquilizar os portugueses quanto a investigações sobre 20 (vinte páginas) de denúncias da revista Visão, reinou o mais sepulcral silêncio, dentro e fora do conclave.
Que forças se moveram por trás do silêncio ensurdecedor às acusações a Marco António Costa, Luís Filipe Meneses, Agostinho Branquinho, Hermínio Loureiro, Virgílio Macedo e Valentim Loureiro que os próprios deviam estar interessados em esclarecer para salvaguarda do seu bom nome?
Os porta-vozes dos interesses desta direita limitaram-se a atenuar os danos para o PSD da inenarrável homilia de Cavaco Silva que não poupou o sucessor que lhe outorgou o Grande Colar da Ordem da Liberdade, como se tivesse lutado por ela, nem o Governo cuja legitimidade só um salazarista poderia pôr em causa.
Cavaco e Passos Coelho têm o direito de criticar quem os reduziu à sua insignificância, mas não têm legitimidade para falar de democracia ou de liberdade, quando lhes falta a credibilidade e a coragem cívica e ética para lutarem por esses valores.
O maior partido da AR, incapaz de apresentar um OE para ser confrontado com o que o PS apresentará, depois de negociado com o BE, PCP e PEV, só respondeu ao repto de António Costa para o desafiar para eventuais consensos na Justiça, Segurança Social e Saúde, quando, no Governo, pretendeu respetivamente violar a CRP, criar um teto aos descontos, para inviabilizar a SS e entregá-la aos privados, e destruir o SNS.
Este PSD não está interessado em defender a Constituição e a democracia, quer alterar a natureza do regime e esvaziar as bases programáticas da CRP que Cavaco Silva e Passos Coelho abominam.
Foi deprimente ver o ex-PR no comício partidário como agitprop da direita reacionária e vassalo de um líder esgotado, e este a defendê-lo depois.

sábado, 26 de agosto de 2017

O dinheiro sujo traz progresso?



por estatuadesal
(In Blog O Jumento, 26/08/2017)
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No tempo da troika do Passos, Portas e Cavaco criou-se a ideia de que todo o dinheiro era bem-vindo, todo o dinheiro foi considerado capital e significava investimento. Foram criados mecanismos para atrair dinheiro e algumas personalidades gradas da direita meteram-se em negócios internacionais, servindo-se da manipulação dos partidos da direita. basta ver um líder do CDS defender o regime angolano, justificando a originalidade da sua democracia africana para se perceber que o CDS não passa de um manipulador da opinião pública ao serviço dos interesses materiais do Paulo Portas, foi esse o preço da promoção da atual geração de líderes do CDS.
Mas, há uma grande diferença entre um investimento numa fábrica de componentes eletrónicos e a compra de uma vivenda de luxo por um general corrupto da máfia angolana. Há investimento que gera a dinamização da atividade económica, enquanto muito do dinheiro que os generais angolanos branqueiam em Portugal gera muito mais corrupção do que dinamização económica, em vez de dinamizar a economia portuguesa este dinheiro sujo apodrece-a, em vez de promover novos empresários enriquece os agentes locais desses generais, transportando para Portugal a corrupção angolana. Esse fenómeno já ficou evidente ao mais alto nível do Estado, com a prisão de um procurador.


sexta-feira, 18 de agosto de 2017

“Não vem ao caso”*


por estatuadesal

(José Sócrates, in Público, 17/08/2017)
socratesx
A propósito da maliciosa reportagem do Público sobre a “velha PT” gostaria de fazer os seguintes comentários:
1. É falso que o Governo da altura, e em particular eu próprio, como primeiro-ministro, se tenha oposto à OPA da Sonae. Este é um embuste que a Sonae, o Ministério Público e os jornais afetos repetem com frequência, não deixando, por isso, de ser uma descarada mentira. Durante todo o processo, o Governo sempre se portou com total imparcialidade, nunca tomando partido e ordenando o voto de abstenção ao representante do Estado. Acontece, aliás, que um dos momentos em que o Governo teve que reafirmar essa equidistância aconteceu justamente poucos dias antes da data da Assembleia Geral em que se tomaria a decisão e na sequência de um telefonema do Dr. Paulo Azevedo, durante o qual pediu expressamente a minha intervenção para que a Caixa Geral de Depósitos votasse a favor da OPA. Respondi-lhe que o Governo não tinha nenhuma razão para o fazer e não o iria fazer. Para o Público e a para a jornalista, que conhecem a história, este episódio não vem ao caso.
Suspeitas de gestão danosa na antiga PT
Suspeitas de gestão danosa na antiga PT
2. É falso que eu próprio, ou alguém em nome do Governo, tenha dado qualquer indicação de voto à Administração da Caixa Geral de Depósitos ou a qualquer dos seus membros. Isso foi já desmentido pelos Administradores, que confirmam que a decisão foi tomada em reunião do Conselho de Administração e com o único fundamento de ser esse o melhor interesse da instituição. Acresce - novo ponto que não vem ao caso, para o Público - que mesmo que a Caixa tivesse votado a favor da OPA ela teria sido recusada.