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quarta-feira, 5 de abril de 2017

COSTA e a CONFIANÇA (estatuadesal)

 

(Joaquim Vassalo Abreu, 01/04/2017)
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Dizem todos os renomados Economistas, mesmo os menos renomados e até quem não é Economista nem renomado, como eu, que a CONFIANÇA é a mais valiosa de todas as variáveis económicas.
Eles (a Esquerda) acreditam nele”. Ouvi eu ainda há pouco Pedro Santana Lopes confessar à Judite de Sousa, recordando aqueles quatro anos em que, como líder da oposição, conviveu na Câmara de Lisboa com o então Presidente António Costa, mostrando a sua incredulidade pelo modo como Costa todos, ele próprio, conseguia convencer. Isto a propósito da (para si inesperado) solução governativa engendrada por Costa.
Mas disse mais Santana Lopes, agora, com a idade, mais avisado e prudente e também mais sábio e condescendente, desta vez a propósito das relações do PR Marcelo com o Governo de Costa: “A princípio achava muito estranha aquela relação de Costa com Marcelo!”. Mas, logo de imediato, reconhece ser Costa o mais hábil Político que conheceu desde o 25 de Abril!
Claro que ele não disse, mas sabe, que esse relacionamento se baseia na tal CONFIANÇA. Das tais coisas que se adquire ou não se adquire e se consegue manter ou não. E quem a consegue obter a pior coisa que lhe pode acontecer é perdê-la! É assim em todas as vertentes da Vida. E essa CONFIANÇA consubstancia-se no pleno, cabal e exaustivo conhecimento do Presidente da República de tudo o que se passa no Governo, das suas ideias e decisões, que ele conhece sempre de antemão.
Por isso, com todo aquele voluntarismo que se lhe conhece, chega até a extrapolar as suas competências, falando antecipada e frivolamente de coisas, mas tudo isto porquê? Porque lhe está no sangue, lhe está na sua extensa cultura, na sua imensa curiosidade pelo saber, pelo desejo de ser interventivo e ajudar. Mesmo, às vezes, não ajudando. Mas tudo isso já passou ao estado de normalidade e a verdade é que, para além de tudo querer saber e de tudo querer ser informado, até faz questão de ir ao pormenor e reunir com Ministros. E tudo Costa lhe faculta! Segredo? Coisa simples: CONFIANÇA e Transparência!
De modo que não existem agora aqueles jogos de sombras, aqueles discursos herméticos e redondos, aqueles “avisos” : os assuntos são partilhados, as decisões ponderadas e transmitidas e nada é, no fundo, escondido. E o Presidente lá cumpre como ninguém até hoje conseguiu, nem sequer Soares, transmitir ao povo esse clima de calma, de estabilidade e de CONFIANÇA imprescindíveis para um crescimento económico que se quer sustentado.
E com estas premissas perfeitamente consolidadas na minha mente, estive também, ao final da tarde, a seguir a conferência de imprensa conjunta do Primeiro Ministro e do Ministro das Finanças, explicando todo o processo de venda do Novo Banco, sem quaisquer equívocos ou subterfúgios, uma hora depois da confissão de derrota de um outro Costa, o Carlos, que, de um modo quase mudo veio confessar a sua ultrapassagem a toda a velocidade pelo Governo, neste e noutros processos  da sua jurisdição (regulação, controle e salvaguarda do Sistema Financeiro), depois de ter gasto, só com este processo, dizem que cerca de 25 milhões Euros! Enfim…
E, com todo o sentimento de surrealismo e pasmo que alguma vez pensei possuir, vi todos aqueles comentadores do “outro regime”, numa unanimidade quase total, a vergarem-se à habilidade, à indómita vontade e à coragem daqueles dois que estiveram ali à sua frente, que  ousaram enfrentar o tal “golias” (eu ia a dizer touro, leão e até dragão, mas não seria conveniente!), a tal Entidade Reguladora Europeia, independente e soberana diga-se,  e domar o tal animal completamente tresmalhado e perdido, chamado “Sistema Financeiro”! E isto em pouco mais de um ano e resolvendo, melhor ou pior, todos aqueles eternos problemas, cínica e irresponsavelmente adiados pelo anterior governo.
Bem, Ok, eu sei que, neste caso, com uns certos requintes de malvadez para com os tais Bancos do “Sistema” e que estavam ou parece estarem contra esta decisão. Não queriam ter o ónus que lhes foi transmitido, através do Fundo de Resolução, de cuidarem que os Activos em posse do chamado “Side Bank”, um Banco dentro do Banco, que terão que vender ou rentabilizar para não serem chamados a pedir mais dinheiro ao Estado que, num acto de boa vontade e benevolência, lhes esticou os prazos de pagamento dos tais 3,9 mil milhões para trinta anos. Mas os juros pagam, claro, pois o Estado também se endividou, ora! Venham agora dizer que não…É que isto não é só fazer asneiras e depois assobiar para o lado…
É uma solução equilibrada, disse António Costa, e que, a correr com normalidade, garante que os contribuintes não sejam chamados a pagar seja o que for mas que, ao mesmo tempo e como disse, compromete os Bancos do “Sistema”, que o anterior governo esqueceu e este ajudou a resgatar. Ser contra? É que não faltava mais nada!
Eu não vou aqui especificar os termos do negócio (não faltarão por aqui textos de Especialistas, uns mesmo e outros meramente curiosos, tanto hoje, como amanhã ou depois…), mas quero aqui frisar dois ou três pequenos pormenores que, por muito que o PCP e o BE recorram a posições de princípio (eu também as tenho), são do maior interesse e condicionam, para o bem e para o mal, os termos finais do negócio:
· Pertencemos à CE e estamos obrigados aos tratados que assinamos. União Bancária, por exemplo.
· Existe uma Entidade Reguladora Europeia, como disse, independente e soberana, que rege ao seu critério estes mecanismos e com quem é deveras difícil negociar, ainda por cima quando, contra os dogmas em vigência, esta solução pressupõe que o Estado fique com 25%!
· Que uma “nacionalização” pura e simples, para além de afrontar essas Entidades Europeias que, já tendo sido convencidas a não considerar ajuda do Estado a recapitalização da CGD (não ser considerada para o défice), nunca aceitariam que esta não o fosse e, indo ao défice, tal poder abrir uma autêntica “caixa de Pandora”, de consequências imprevisíveis.
· E, por último, fazendo alarde da credibilidade já adquirida perante os seus pares Europeus, credibilidade obtida não só pelos resultados do défice de 2016, mas também pelos recentes dados da economia, desde o crescimento, ao emprego, ao comportamento das exportações, etc., reconhecidas por todos, desde o BP, ao INE e até ao CFP da Teodora Cardoso, até à afirmação plena desta solução política e à sua completa desmistificação, este é um passo importante, a par da saída do PDE (procedimento por défice excessivo), do reforço dessa afirmação que, espero, também se venha a reflectir na avaliação das agências de rating e nas taxas de juros cobradas pelos mercados.
Podem acusar-me alguns de situacionismo, mas esta é a realidade e, no imediato, não podemos fugir dela. A mim o que me agrada é que tudo isto o que foi conseguido em pouco mais de um ano, foi obtido contra tudo e todos, com afirmação e nunca com subserviência. E não foi impunemente que na tal entrevista o Pedro Santana Lopes tenha apelado ao seu Partido: “Deixem-se de cavalgar os casos e casinhos, os SMS e as taxinhas e apresentem é propostas construtivas…pois assim…”.
De modo que este fim de tarde, olhando para aqueles dois Homens, que não se esconderam, deram o peito às balas e responderam, sem quaisquer subterfúgios, a todas as questões que lhes foram colocadas, pensei: ESTES TRANSMITEM-ME CONFIANÇA. NESTES EU CONFIO!
NOTA 1: Em 03/08/2014, aquando da decisão da “resolução do BES”, Passos estava na Manta Rota, a Cristas bronzeando-se numa praia qualquer e quem presidiu àquele Conselho de Ministros electrónico foi Paulo Portas.  Algum alguma vez deu a cara por aquela solução? Não! A responsabilidade era toda do Carlos Costa! Eles limitaram-se a fazer a lei à medida…Mais nada!
NOTA 2: Também parece que o “Abutre” vai ter, pelo menos durante uns anos, as asas atadas!
 
Ovar, 5 de abril de 2017
Álvaro Teixeira

segunda-feira, 13 de março de 2017

Quem se mete com a Justiça leva

 

(Por Estátua de Sal, 13/03/2017)
DESCONFORTO
Quem se mete com a Justiça leva. Que o diga Sócrates que, enquanto primeiro ministro, cortou férias e outras mordomias aos juízes. Desse modo, tornou-se num alvo do ódiozinho de estimação dos senhores magistrados.
Perante este caso de exemplar retaliação – Sócrates já está destruído para todo o sempre, seja ou não culpado de qualquer ilícito, porque a Justiça já o enforcou e condenou na praça pública antes de o condenar em julgamento -, todos os actores políticos temem pronunciar-se sobre as reiteradas e cirúrgicas quebras do segredo de Justiça patrocinadas pelos senhores magistrados, e sobre a conivência e promiscuidade com certa comunicação social. Chega-se ao ponto de os arguidos tomarem conhecimento de factos acusatórios pelos jornais, não tendo ainda sido com eles  confrontados, logo  não se podendo  defender das acusações antes da sua divulgação pública.
Deste modo, quer os partidos, da direita à esquerda, quer o governo actual quer o anterior, evitam pronunciar-se na praça pública. Temem ser acusados de se quererem imiscuir na acção da Justiça e serem, desse modo, acusados de atacar a independência da mesma, um dos pilares cruciais do Estado de Direito. No caso da Operação Marquês, envolvendo Sócrates, o PS especialmente, foge do tema como o diabo foge da cruz, temendo ser acusado de querer defender o ex-primeiro ministro e seu militante.
Mas não são só essas as razões que levam os actores políticos a não se pronunciarem sobre o tema. A questão é que os políticos temem a Justiça, e sabem que hostilizar a corporação dos senhores juízes, pode levar a que a ira destes e a sua sanha persecutória se volte contra quem lhes aponte o dedo.
No fundo, políticos, partidos e companhia, todos tem telhados de vidro e, caso fossem sujeitos ao escrutínio e devassa que foram usadas contra Sócrates, provavelmente poucos cumpririam a cem por cento todos critérios de legalidade e transparência.
Nesse sentido, é de sublinhar as declarações feitas hoje por Marcelo Rebelo de Sousa, (Ver notícia aqui) que veio a público colocar o dedo na ferida e mostrar o seu desconforto com o estado da Justiça em Portugal, trazendo a debate especificamente a problemática da quebra do segredo de justiça, da realização de julgamentos na praça pública e da justiça de pelourinho.
Marcelo parece ser o único político que não tem telhados de vidro e que não teme as represálias dos senhores magistrados. Não deve dever nada a ninguém e nunca deve ter pedido dinheiro a amigos (coisa de que nem todos os juízes se podem gabar, como se viu com juiz Alexandre).
E mesmo nas variadas vezes que passou férias e Natais no Brasil com o Dr. Ricardo Salgado deve ter pago o hotel do seu próprio bolso e guardado as facturas. É que se não guardou, Marcelo pode estar em sarilhos: depois do recado que mandou hoje aos senhores juízes, ainda se arrisca a ser o próximo arguido da Operação Marquês.
 
Ovar, 13 de março de 2017
Álvaro Teixeira

sábado, 11 de março de 2017

Um ano de presidência: one man show (estatuadesal)

 

(Por Estátua de Sal, 09/03/2017)
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Declaração de interesses: não votei em Marcelo. Mas o paradoxo é que, provavelmente, como muitos que nele não votaram, me sinto hoje muito mais confortável com o seu primeiro ano de exercício do que a maioria dos que nele votaram.
A direita anda amuada com Marcelo. Esperava um presidente conspirador, uma versão mais refinada - e por isso mais perigosa -, da mão atrás do arbusto,  um fazedor de cenários políticos,  e saiu-lhe um presidente colaborante com o governo, prezando a estabilidade acima de tudo. Esperava um presidente que lhe desse boleia para o regresso à governação conseguida à custa do regresso do diabo e das sete pragas do Egipto nos cornos do mafarrico, e saiu-lhe um presidente que diz e defende que tudo o que for bom para o país terá a sua benção mesmo que seja a esquerda a consegui-lo.
E o país está com Marcelo. Quer com o actor Marcelo, quer com a narrativa Marcelo, quer com o estilo Marcelo. A popularidade do Presidente atinge níveis quase estratosféricos. O estilo não é tudo mas ajuda muito. Marcelo encarna várias simbioses de quase impensável casamento que só ele mesmo conseguiria alcançar. E aí, o mérito é só dele e das suas qualidades e defeitos pessoais. Ser a esquerda da direita, ou a direita da esquerda se preferirem, não é para qualquer um. Ser um republicano monárquico ou um monárquico republicano muito menos. Mas, Marcelo tem conseguido, até ao momento, desatar esses nós e juntar essas dicotomias e oposições.
Tal popularidade tem assentado em dois eixos cruciais. Em primeiro lugar Marcelo não tem tido que gerir grandes conflitos políticos, por uma simples razão: é perito em evitar que os conflitos surjam, segue uma estratégia de medicina preventiva, de forma a não ter que os arbitrar. Como se sabe, os árbitros são sempre os maus da fita, sobretudo para aqueles que se sentem prejudicados pelas suas decisões. E Marcelo, acima de tudo, quer ser sempre o bom da fita, qual xerife justiceiro e imparcial. Qual presidente-rei não quer ser considerado pelos seus súbditos por ser temido mas antes por ser amado.
Nessa senda, o segundo eixo tem assentado na dessacralização da função presidencial. O presidente não está, altaneiro e distante, no alto do seu castelo a reinar. Está sempre no meio do seu povo. Tanto recebe banqueiros como almoça com os sem-abrigo. Tanto bebe sumos de laranja no bar do liceu que frequentou quando jovem (ver foto acima), como usa com todo o à-vontade os talheres de prata em almoços de Estado com personalidades estrangeiras que nos visitam. Mas mais que  esta dualidade,  a causa maior para a popularidade de Marcelo, é ele interpretar tal dualidade de forma genuína e não forçada. Se não fosse genuína, mais tarde ou mais cedo iriam surgir gaffes de desempenho que o povo não perdoaria e a queda do pedestal seria inevitável. Mas não. Antevejo que Marcelo não irá cair tão cedo, e talvez nunca chegue mesmo a cair, optando talvez pelo cúmulo da glória que seria sair de cena pelo seu próprio pé, não se recandidatando. Ele é one man show, uma espécie de artista que sem orquestra ou acompanhamento enche só por si o palco, sem desiludir o público.
Como disse acima, a direita anda amuada com Marcelo. E boa parte da esquerda ainda anda de pé atrás com o presidente e dele desconfia. Como diz o ditado, quando a esmola é demais o pobre desconfia. Mas, digo eu, em boa medida não tem razão para desconfiar. Por um simples motivo: Marcelo não tem alternativa senão apoiar o governo e ajudá-lo a levar a nau da Geringonça a bom porto. Para o não fazer teria que ter à direita do espectro político outros personagens, outras práticas e outras programas políticos. Mas, o que se vislumbra à direita é um grupelho de imbecis a lamber ainda as feridas do seu inesperado afastamento da governação. Sem ideias, sem postura ética, sem qualquer desígnio estratégico para o país a não ser a satisfação de interesses pessoais e de grupos restritos. São demasiado cábulas e maus alunos para passarem no exame do Marcelo-professor que, ao que consta nunca deu notas aos estudantes de acordo com a sua cor política, nem para outorgar benefícios indevidos, nem para discriminar por prejuízos injustificados. É por isso que, nesse aspecto, custa menos a Marcelo aceitar as contribuições para a governação do PCP e do BE, desde que vinda de gente competente - uma espécie de estudantes aplicados -, do que do PSD actual onde ciranda uma manada de incompetentes - ou seja um grupo exemplar de alunos relapsos.
Não quero dizer com isto que Marcelo tenha denegado a sua matriz política identitária original. Essa matriz persiste e materializa-se na defesa de três pilares fundamentais que são as suas linhas, não direi totalmente vermelhas, mas pelo menos cor de rosa choque: a Nato, a União Europeia, e o Euro. Mas como tais linhas são da ordem da macropolítica e da e da inserção do país na geopolítica europeia e mundial e não do foro da política interna corrente; mas como o PS não se propõe, para já ultrapassá-las ou sequer discuti-las - ainda que vá manifestando aqui e ali algum incómodo com tais temas -, a Geringonça, enquanto for este o cenário, terá a benção sincera de Marcelo.
Porque não é uma política de maior equidade na distribuição do rendimento, reposição de salários e pensões, que pode causar engulhos ao Marcelo-cristão praticante, longe disso. Ele que tanto elogia o Papa Francisco, voz que tem colocado grande ênfase na sua pregação nos temas da desigualdade. Logo, neste aspecto, Marcelo tem razão já que está à esquerda da direita, pelo menos da direita fundamentalista e neoliberal que temos a dominar o PSD e o CDS.
Mas se a bandeira da luta contra a desigualdade passar por discutir as causas que a originam (a organização económica capitalista, as assimetrias entre os países europeus da periferia e os do centro, potenciadas por uma integração económica imperfeita e por uma moeda única que é o seu veículo), nesse caso Marcelo já não consegue ir tão longe, e os limites ideológicos da sua formação de homem do sistema, vem ao de cima e aí passa a ser, como bem disse o próprio, a direita da esquerda.
Portugal, como nação antiga que é, talvez tenha uma sagacidade colectiva que só é apanágio das velhas estirpes. E por isso talvez tenha produzido e escolhido o tipo e o estilo de presidente que mais se adequa ao actual momento político, quer em tempos do cenário interno quer em termos do palco mundial. Um pequeno país, num mar infestado de tubarões, só unido e com uma liderança que empolgue e potencie o que têm de melhor pode subsistir e sobreviver. E nessa missão Marcelo, até ver, não tem desiludido.
 
Ovar, 11 de Março de 2017
Álvaro Teixeira

sábado, 2 de julho de 2016

Salgueiro Maia homenageado pelo Presidente da República


Salgueiro Maia na Revolução de 25 de Abril

O Capitão de Abril, Salgueiro Maia, foi,ontem homenageado, a título póstumo, pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.
Salgueiro Maia, se fosse vivo, completaria esta ano 72 anos de idade. Foi um homem que nunca aceitou cargos políticos, apesar de ter sido pressionado para os aceitar. Consumado o êxito da Revolução, preferiu voltar ao seu lugar de Comandante da Companhia de Cavalaria, no Quartel de Santarém.

Como disse outro capitão de Abril, Rodrigo Sousa e Castro, na sua página no Facebook, "Mais vale tarde do que nunca".

O presidente da República com a viúva de Salgueiro Maia e os seus dois filhos

Penso que o nosso Presidente da República está a limpar o passado tenebroso do último inquilino do Palácio de Belém, que preferiu dar uma pensão aos ex-Pides do que condecorar Salgueiro Maia.

Agora faltará reabilitar memória do Nobel da Literatura, José Saramago, que foi vilipendiado por essa sinistra figura de seu nome Sousa Lara e que foi Secretário de Estado da Cultura no último governo do sinistro Cavaco Silva.

O prof. Marcelo Rebelo de Sousa continua, desta forma, a retirar os esqueletos que continuam escondidos nos armário do Palácio de Belém e a mandar enterrá-los numa qualquer vala comum, para que não mais assombrem a memória dos portugueses.

Bem haja, Senhor Presidente.


Ovar, 2 de julho de 2016
Álvaro Teixeira