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quinta-feira, 13 de julho de 2017

“O MP não guarda paióis”, diz a sotôra



por estatuadesal
(In Blog O Jumento, 13/07/2017)
morgado

A procuradora Maria José Morgado tentou responder às críticas do silêncio do MP a propósito da denúncia de um possível assalto a Tancos com um argumento ridículo, afirmou com ar de quem estava a gozar com todos os que criticam o MP que esta instituição "não guarda paióis".
Mas quanto ao que o MP deve ou não fazer e tendo em consideração o alto cargo que lá desempenha, talvez não fosse má ideia saber. Se, por acaso, desconhece o Estatuto do Ministério Público pode ficar descansada porque ainda não será desta vez que vai ser obrigada a lê-lo, basta ir até à alínea i) do artigo 3.º, que estabelece as competências do MP vem lá escarrapachado:
«i) Promover e realizar acções de prevenção criminal; »
A procuradora foi muito clara na sua intervenção, afirmou que a acção do MP só se inicia partir de um fato criminoso, isto é, sem a existência de factos criminosos não tem nada que fazer. Pois cara procuradora, mas não é isso que consta no estatuto do MP e é uma pena que uma das suas mais altas dirigentes e uma das personalidades mais ativas na comunicação social desconheça uma das regras mais elementares que supostamente norteia a sua ação.
Disse também a procuradora que quando o processo chegar ao seu fim os senhores jornalistas (e, já agora, qualquer cidadão que o requeira) pode consultar o processo e ver o que lá está. Enfim, parece que há um pelo menos um processo no MP que está guardado a sete chaves e que nem o Correio da Manhã, o Sol ou a TVI conseguirão saber o que lá está muito antes da conclusão do que quer que seja.
É uma pena  que em processos em que em vez de estar em causa o MP estão políticos, até se fica com a impressão de o seu conteúdo é publicado em dazibaos, os jornais de parede da Revolução Cultura chinesa, um órgão de agit prop muito apreciado pela Dra. Maria José Morgado quando, em vez de estudar andava a promover a ditadura do proletariado orientada pelo grande educador Arnaldo Matos.
Tem razão, ainda que tenha concluído o meu curso sem passagens administrativas, estou entre aqueles que, por falta de recursos intelectuais,  são estúpidos por questionarem porque motivo o MP tem estado calado. De fato, o MP não tem nada a acrescentar e por isso não deve abrir uma excepção, mas em vez de publicar comunicados manda um dos seus dirigentes à TV dizer que não tem competências na prevenção do crime, que não lhe cabe guardar paióis definindo como estúpida a interrogação para a qual muitos portugueses queriam e querem resposta, pois a procuradora só foi para a TV dizer uns disparates na esperança de disfarçar o incómodo da situação.
Para terminar, alguém com educação e sentido de Estado devia explicar à sotôra que não é bonito atirar responsabilidades para terceiros, como os serviços de segurança ou outros. Ou também é competência do MP apurar responsabilidades em direito na TV?

Portugal colapsou e então vai de férias



por estatuadesal
(Francisco Louçã, in Público, 12/07/2017)
louça1
Tudo era previsível.

António Costa respondeu à crise do incêndio e prometeu uma ambiciosa reforma da floresta, anunciou que a saúde seria o seu novo tema e, num momento pouco notado, lançou a campanha eleitoral com a Carris e os STCP. Lembrou a conversa de ontem com os generais e garantiu à esquerda que negociaria. Ministros todos na formatura e continuidade para 2018.
No PSD, espreitou o velho PPD. Montenegro tentou levantar as hostes insinuando-se contra Passos Coelho, temos candidato e vai ser mais depressa do que se previa, e para isso radicalizou o discurso da catástrofe: em poucos minutos, o Estado colapsou seis vezes, se bem contei, e até a democracia colapsou de caminho. O SIRESP, contrabandeado para o banco do PSD por um governo PSD-CDS, os créditos mal contados da CGD, idem, o falhanço da videovigilância em Tancos, idem, tudo veio à baila como “colapso do Estado”.
Quanto a Cristas, tentou a pose Portas: vivemos o “falhanço mais básico” da autoridade do Estado e a insegurança é aterradora, “a confiança quebrou-se”. Telmo Correia repetiu o seu número dos oito séculos que caíram na vergonha desta plebe ter tomado o lugar de sua majestade.
Nesta escolha do PSD e CDS está a boa notícia para o governo. Os partidos da direita escolheram desprezar o Presidente (o cuidador do Estado) e abandonar o debate económico. Vão pagar pelas duas opções. Pelo caminho, ensaiam uma curiosa efabulação: o governo não cuidava das contas públicas porque gastava demais e logo com as gorduras, as pensões e salários; agora criticam o governo por gastar de menos. Em resumo, “é verdade que economia cresceu e desemprego baixou” (Montenegro) e “a economia melhorou” (Passos) e fica tudo dito, é o que importa a quem se importa com a vida da gente.
Também à esquerda tudo previsível. Catarina e Jerónimo de Sousa negociaram condições e pediram garantias, a que Costa mostrou querer aceder. Nas entrelinhas, nota-se que o desacordo sobre as leis das florestas é profundo, mas o Primeiro Ministro deu voz aos critérios da esquerda, que aparentemente desagradam ao seu ministro. Têm poucos dias para se entender, ou é melhor adiar a votação das leis para setembro, o que seria um recuo para o governo.
No mais, houve algum desplante. Cristas acha que Costa “deserta” quando vai de férias mas prefere que não lhe lembrem o que ela própria assinou quando era ministra e andava de férias. Passos ainda está zangado por não ser primeiro ministro. Tricas e ninguém se importa com isso.
Tudo resumido, depois de o Estado ter colapsado e sabermos que vivemos em estado de pânico, esperava-se uma ou duas valentes moções de censura para salvar Portugal. Mas, no fim do debate, Passos e Cristas arrumaram as pastas e só pensam em ir de férias, como aliás boa parte da população.

Apresentação da Candidatura “Ovar Quer Mais”

Ovar Quer Mais

quarta-feira, 12 de julho de 2017

Eles não querem que se trabalhe



por estatuadesal
(In Blog O Jumento, 12/07/2017)
Caçadora de cabeças
in Blog 77 Colinas 10-07-2017

Diz o povo que não há ninguém pior para quem está a trabalhar do que os que não fazem nada e é mais ou menos isso que está a acontecer. A expressão faz lembrar um "mafarrico" de Boliqueime mas deixa de fazer algum sentido, talvez mais sentido do que fazia quando foi utilizado.
A direita apostou que a Geringonça não funcionaria e durante um ano fez de cigarra esperando que gripasse. Quando percebeu que não gripava e ainda por cima estava a fazer um bom trabalho onde Gaspar e Maria Luís falharam continuaram sem se mexer e optaram pela desvalorização. Agora que a economia parece ter entrado nos eixos e se espera que a dívida soberana deixe de ser considerada lixo estamos a assistir a uma verdadeira histeria.
Um incêndio e um roubo serviram para um ataque desenfreado ao governo e ao Estado, com o Verão a aproximar-se, a que se seguem as eleições autárquicas há que dar tudo, antes que os temas se esgotem. A vontade de denegrir foi tanta que Passos Coelho até inventou mortos e internados devido a suicídios ou tentativas de suicídio. A direita das diversas corporações escolheu o momento para ajudar à desestabilização total do país, os juízes armam-se em proletários e anunciam greves, emergem processos judiciais, anunciam-se acusações para Setembro e os generais até andam armados em poetas pimba.
O objetivo é denegrir o governo, descredibilizar o país e impedir que o governo trabalhe e mostre resultados. Em vez de discutirmos como evitar novos dramas ou como reconstruir a vida em Pedrógão andamos a discutir antenas e previsões meteorológicas, na esperança de se arranjar algo que possa ser usado para sugerir culpas do governo ou de uma qualquer instituição do Estado.
A direita revela uma vocação golpista que há muito estava adormecida, foi preciso um tenente -coronel dos comandos na reserva para percebermos o que se estava a passar nas Forças Armadas, de repente recuámos a 1975, com discursos típicos não só em Portugal mas também em Espanha, os movimentos dos generais poetas faz lembrar o 23F de Espanha.
É o tudo por tudo antes que se registem mais sucessos na economia, uma tentativa desesperada de inverter o curso das sondagens. Mais boas notícias na Economia e uma derrota nas autárquicas será o fim de um ciclo da direita, a reforma antecipada da equipa de Passos Coelho. É preciso impedir o Governo de funcionar, impedir que o OE seja elaborado com tranquilidade, desestabilizar o ministério das Finanças, retirar a autoridade aos ministérios da Defesa e da Administração Interna.
Eles não querem que o país progrida porque para eles esse progresso só faz sentido se suceder com eles no poder, para poderem distribuir a riqueza de forma a aprofundar ainda mais as desigualdades. Eles não aceitam que crescimento económico e justiça social não só são compatíveis, como são uma combinação necessária para que esse crescimento seja desenvolvimento. Eles não querem que se trabalhe, não querem que o país tenha sucesso.

XI CONCURSO DE VESTIDOS DE CHITA DE VÁLEGA

BrasaoValega150

O XI Concurso de Vestidos de Chita realizar-se-á no próximo dia 15 de julho, pelas 21 horas e 30 minutos, no Jardim da Avenida Comendador António Augusto da Silva, na freguesia de Válega, localizada no concelho de Ovar.
vestidos de chita

O XI Concurso de Vestidos de Chita realiza-se no âmbito do programa comemorativo do 32.º Aniversário da Elevação de Válega a Vila, sendo que, as concorrentes deverão apresentar a concurso os vestidos, desde que sejam confecionados com chitas (tecidos floridos/estampados com bolinhas em algodão ordinário), rendas de algodão e outros apliques do mesmo género.  As concorrentes estarão divididas em 4 escalões consoante a idade, dos 6 aos 9 anos (1.º escalão), dos 10 aos 15 anos (2.º escalão), dos 16 aos 25 anos (3.º escalão), escalão) e maiores de 26 anos (4.º escalão).

Augusto Pinho