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quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Carta aberta à deputada do PSD, Maria Germana Rocha

Senhora deputada,
Acabo de visualizar o vídeo em que a senhora deputada apela ao voto no seu colega de partido e presidente da autarquia onde que resido, a Trofa, onde afirma conhecer bem o edil há mais de 20 anos, bem como o seu percurso político. Pois bem, uma vez que conhece e que acompanha o percurso deste indivíduo, aproveito a oportunidade para lhe dar a conhecer alguns aspectos da sua governação, que com certeza não serão do seu conhecimento, ou não fosse a senhora membro suplente da comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias e da Comissão Eventual para o Reforço da Transparência no Exercício de Funções Públicas. Caso fossem, estou certo que já teria agido.
Começando pela questão do reforço da transparência no exercício de funções públicas, saiba a senhora deputada que, na antecâmara das Autárquicas de 2013, a campanha eleitoral do seu amigo Sérgio Humberto decidiu criar um jornal de propaganda, de seu nome Correio da Trofa, dedicado a promover a sua campanha e a atacar os seus opositores, com recurso a um editorial não assinado, dedicado, não raras vezes, a explorar a vida pessoal da sua opositora. Um detalhe: o seu amigo, tal como a sua entourage, nunca assumiu a paternidade de um jornal que, dias depois da vitória eleitoral, se mudou de armas e bagagens para a até então sede de campanha do PSD/CDS-PP.
Claro que nada de ilegal existe nestes esquemas de propaganda dissimulada. Qualquer partido ou caudilho é livre de aldrabar quem quiser, da maneira que quiser, estando sujeito às eventuais consequências que daí decorram. Mas quando mexe no dinheiro dos nossos impostos, a coisa muda de figura. É que, desde que chegou ao poder, o seu amigo Sérgio Humberto já entregou perto de 100 mil euros – em ajustes directos, claro – a ex-colaboradores e proprietários desse jornal. Por exemplo, aos dois jornalistas que adquiriram o jornal após as eleições, tendo trabalhado arduamente na sua campanha e depois dela, desta feita pagos pela autarquia, o senhor presidente atribuiu mais de 19 mil euros + IVA para que estes cavalheiros organizassem um concurso de fotografia – um flop que resultou na exposição de meia-dúzia de fotografias, sem menção do seu autor, para o qual foi preciso melhorar a qualidade do prémio a meio do processo, tal era a procura do mesmo – e criassem uma revista que nunca ninguém viu.

Perplexidades sobre a Anacom

André  Veríssimo
André Veríssimo | averissimo@negocios.pt08 de agosto de 2017 às 23:00

Perplexidades sobre a Anacom

O regulador considera que existiu um aumento abusivo, mas em termos práticos a penalização é quase nula. É revelador que seja essa a opinião dos analistas financeiros do BPI: "Não esperamos um impacto material para
A Anacom, a Autoridade Nacional de Comunicações, esteve nas últimas semanas em destaque nas notícias por duas vezes. Ambas pelas piores razões.
Comecemos pelo mais recente. Os factos remontam aos aumentos de preço realizados pelas operadoras no quarto trimestre de 2016, de que os clientes não terão sido devidamente informados. Faltou, pelo menos, o alerta de que, perante o novo preçário, quem estivesse ainda no período de fidelização poderia pedir a rescisão dos contrato sem encargos. Foi isso que concluiu o regulador e se lê no comunicado da decisão divulgado a 24 de Julho.
Podíamos estar perante um desembarque das tropas liberais em Lisboa, com a Anacom a mostrar às operadoras a fragilidade do absolutismo das suas decisões. Não é bem assim.
A entidade ainda liderada por Fátima Barros deu a Meo, Zon, Vodafone e Nowo duas opções: darem aos clientes a possibilidade de rescindirem o contrato, sem encargos, ou reporem o tarifário sem os últimos aumentos. Nenhuma das alternativas contempla o ressarcimento dos valores supostamente pagos a mais pelos clientes que, segundo a Deco, somam qualquer coisa como 50 milhões de euros.
As operadoras escolheram, naturalmente, a primeira opção. E estão a dar entre duas a três semanas aos clientes para dizerem se querem sair. E tudo isto acontece em Agosto, com o país a banhos, numa altura em que a probabilidade de alguém dar conta do assunto ou a ele reagir é baixa.
O regulador considera que existiu um aumento abusivo, mas em termos práticos a penalização é quase nula. É revelador que seja essa a opinião dos analistas financeiros do BPI: "Não esperamos um impacto material para nenhuma das operadoras." E o que leva o regulador a decidir à beira de Agosto sobre um facto que ocorreu há 10 meses? Fica a perplexidade.
Esta decisão não abona a favor da actual administração da Anacom, cujo mandato da maioria dos membros cessou em Maio. O mesmo pode dizer-se do Governo em relação às escolhas para a próxima equipa de gestão. O que nos traz até ao segundo acontecimento. Entre as pessoas indicadas estão Margarida Sá Costa e Dalila Araújo, ambas com ligações fortes à PT, dona do Meo, que receberam um parecer negativo do Parlamento (tal, como Francisco Cal, mas por falta de experiência). O ministro do Planeamento e das Infra-estruturas pretende, ao que parece, mantê-los. Pelo menos, nada disse sobre a sua substituição. Aqui a perplexidade é que autoridade vão ter os nomeados para tomar decisões num quadro de suspeita sobre a sua isenção e depois do "veto" no Parlamento?
São questões a mais para um regulador que tem de ser credível.
nenhuma das operadoras." E o que leva o regulador a decidir à beira de Agosto sobre um facto que ocorreu há 10 meses?

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

8,8%

por João Mendes


Foto: Lusa@Dinheiro Vivo
é o valor em que se fixou a taxa de desemprego no 2º trimestre de 2017. Falamos de um recuo na casa dos 19% face a período homólogo (10,8%), 13% quando comparado com o primeiro trimestre do ano (10,1%). A catástrofe é tal que, para atenuar a carga negativa desta posta, citarei esse jornal esquerdalho que é o Expresso:
Estes números significam que o crescimento do emprego líquido ultrapassou a redução do desemprego, indicando que se está a ir buscar pessoas à emigração (regresso de emigrantes portugueses ao país) ou à inatividade.
E pronto, agora é esperar pela chegada do Diabo, que segundo informações avançadas pelos papagaios do líder da oposição deve estar mesmo mesmo para chegar. E ter medo, que isto não vai lá com gente de tomates.

Fonte: Aventar





Manhã emergida


Depois de muitos anos, o Instituto Nacional de Estatística (INE) volta a publicar regularmente, desde o 2º trimestre deste ano, informação sobre o desemprego em sentido lato, agora designado-o por indicador de subutilização do trabalho.
O INE publicava os valores de cada uma das parcelas que constituem esse indicador, mas não os agregava em indicador.
Ou seja, a subutilização do Trabalho agrega agora os desempregados oficiais (seguindo o critério oficial de desemprego), os empregados que gostariam de trabalhar mais horas do que aquelas que trabalham, os inactivos disponíveis mas que não procuraram emprego e os inactivos indisponíveis para trabalhar na semana em que o INE fez o inquérito.
A nova designação segue as indicações do Eurostat, que segue a metodologia do US Bureau of Labour Statistics, que segue a recomendação da 19ª Conferência de Estaticistas da OIT... de Outubro de 2013!

Excelência cívica

por Ana Moreno



Na disciplina de corrupção passiva, fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e abuso de poder os alunos só podem ter razão para obterem as melhores as notas...
Esta desfaçatez é apenas suplantada pela falta de exigência cívica dos seus eleitores. Cada autarquia tem os mestres que merece.

Fonte: Aventar