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segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

A direita, a Justiça e a PGR

por estatuadesal

(Carlos Esperança, in Facebook, 29/01/2018)

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Esta direita não hesita em desacreditar o Estado para regressar ao poder. A demonização dos titulares da PGR, Cunha Rodrigues, Souto Moura e Pinto Monteiro e a promoção da atual, prova que é político o cargo e insólito o apetite de reconduzir Joana M. Vidal.

Parece irrelevante o entendimento da própria, manifestado numa conferência, em Cuba, reiterado em entrevista publicada na revista da Ordem dos Advogados, de que ‘é único o mandato’, embora não expresso na lei. Lastimável é o seu silêncio, perante a chicana da direita, não reafirmando a posição, para manter a coerência e a dignidade do cargo.

A PGR é um órgão do Estado a cujos interesses não pode ser alheia. A repetida violação do segredo de Justiça, que lhe cabe defender, faz temer que não seja incompetência, mas cumplicidade. O Correio da Manhã e a TVI penetram mais facilmente nos processos do que o MP na investigação dos crimes graves.

A PGR é lesta a destruir a honorabilidade de políticos, a comprometer as relações entre Estados e a ser notícia; displicente a enviar processos para julgamento, prevenir mortes por violência doméstica ou adoções de crianças; intolerável nos juízos de valor que faz, quer sobre a Justiça de países soberanos e amigos, quer sobre os processos que arquiva, por falta de provas.

Não há um Estado de direito sem independência da Justiça, mas esta não está ao abrigo do escrutínio da opinião pública. As coincidências são suspeitas. A ministra da Justiça, a quem assassinaram um irmão na revolta de Nito Alves, estava de partida para Angola quando o MP constituiu arguido o seu ex-vice-presidente. Era uma viagem crucial para as relações entre os dois países e para a própria, pelo seu nascimento e drama pessoal. A viagem foi, naturalmente, considerada inoportuna pelas autoridades de Luanda.

Mário Centeno, ministro das Finanças e presidente do Eurogrupo, ao iniciar funções no importante órgão da União Europeia, é alvo de devassa, para averiguar se “o ministro, e presidente do Eurogrupo, prometeu como contrapartidas um benefício fiscal” pelos dois bilhetes que solicitou para um jogo de futebol.

Entretanto, Maria Luís, do alto da sua competência de economista, já deu nota negativa ao desempenho do professor de Harvard, como ministro.

Tragam Passos Coelho, Maria Luís e Cavaco de volta, mas não deixemos abrasileirar a justiça portuguesa, sob pena de alguém seguir o exemplo polaco.

CRIMINOSA QUER DESTRUIR O MINISTRO DAS FINANÇAS

por estatuadesal

(Por Dieter Dillinger, in Facebook, 29/01/2018)

JOANA_CARI

O pasquim "Correio da Merd.." mais a PGR Joana Marques Vidal querem meter o Ministro das Finanças numa decisão da Assembleia Municipal de Lisboa.

O pasquim chama-lhe Assembleia Municipal da Câmara de Lisboa, mostrando o desconhecimento do jornaleiro que escreveu. A Câmara não tem Assembleia e é em si mesmo uma pequena assembleia. A cidade é que tem uma Assembleia, tal como Portugal tem uma Assembleia da República que não é Assembleia do Governo.

O pasquim publicou o seguinte texto com uma grossa Mentira, pois dizem-me da parte do gabinete de Centeno que não é verdade que ele vá pôr o lugar à disposição se for arguido, porque só o poderia ser ILEGALMENTE na medida em que o governo (Ministro das Finanças) não tem influência na Assembleia Municipal de Lisboa em que estão representados todos os partidos.

CM Escreveu:

"Isenção valeu 18 mil euros de IMI
A isenção decidida pela Assembleia Municipal da Câmara de Lisboa e comunicada à Autoridade Tributária a 24 de março de 2017, relativamente ao imóvel sito na rua do Sol a Santa Catarina, em Lisboa, fez com que a empresa dos filhos de Luís Filipe Vieira, a Realitatis - Investimentos Imobiliários SA, poupassem 18 118 euros.

A isenção era devida de acordo com o artigo 71 , nº 7 do Estatuto dos Benefícios Fiscais (EBF) e estava atrasada em virtude de terem sido acumulados vários pedidos nos serviços financeiros da Câmara Municipal de Lisboa"

Mesmo que tivesse havido um cunha para evitar o atraso não se pode comparar com o CRIME IMPUNE de Joana Marques Vidal que permitiu o ROUBO de Crianças do Infantário da IURD há cerca de 20 anos atrás e que prescreveu, mas não deixa de ser um CRIME HORRENDO que não deve ter sido único e deveria levar à proibição da IURD em Portugal.

O Crime Jurídico foi praticada pela então coordenadora dos Tribunais de Família Joana Marques Vidal que, apesar disso e sem ter consciência do que fez, subiu ao mais alto posto da hierarquia do Ministério Público e agora quer atacar a ESTRELA do Governo por causa de uma decisão de um órgão que não depende dele.

A Demissão do presidente do Eurogrupo seria um enorme FAVOR à oposição e mostraria como a chamada "justiça" está contra o governo e é tudo menos IMPARCIAL como seria obrigação de qualquer magistrado. Mas também seria um ATAQUE aos Interesses da PÁTRIA pior do que está a ser feito através da tentativa de condenar o ex-vice presidente da República de ANGOLA.

Comandos que morreram não foram refrescados para "não atrasar instrução"

Alcochete

Foto: Nuno Fox/Lusa

Carlos Varela

O responsável direto pela instrução de comandos em Alcochete, onde morreram Hugo Abreu e Dylan Silva, recusou-se a refrescar os homens, não obstante o calor que se fazia sentir.

COMANDOS QUE MORRERAM NÃO TINHAM EQUIPAMENTO PARA MEDIR A TEMPERATURA

VER MAIS

A revelação foi feita esta segunda-feira pelo capitão-médico Miguel Onofre Domingos, arguido no processo, durante a instrução do processo no Tribunal de Lisboa.

O oficial, que era responsável pelo apoio sanitário da prova zero, integrada no 127 curso de comandos, disse ao tribunal, que face ao extremo calor e ao "cansaço extremo" que notou nos instruendos, contactou o capitão Rui Monteiro e pediu-lhe para fazer passar os homens por uma área com água para os refrescar.

Seria uma forma de hidratar os instruendos, para contrariar o calor. No entanto, o capitão Rui Monteiro recusou, alegando que "iria atrasar a instrução. E que só o faria mais tarde".

Procurador defende castração química para agressores sexuais em Portugal

JUSTIÇA

Celso Leal, magistrado do Ministério Público, escreveu "o primeiro estudo jurídico" sobre a castração química em Portugal. Pressupostos: ser reversível e ter o acordo dos visados. Ordens dos Advogados e dos Médicos não comentam um tema que não tem estado na agenda. Especialistas reflectem sobre eficácia.

JOANA GORJÃO HENRIQUES

28 de Janeiro de 2018, 7:00

A castração química tem como objectivo o controlo do desejo sexual do agressor

Foto

A castração química tem como objectivo o controlo do desejo sexual do agressor SIBILA LIND

Já tem sido discutido e está previsto em vários países, como o Reino Unido ou a Suécia. Mas em Portugal ainda não houve uma proposta legislativa específica para o implementar. Agora, o método da castração química é sugerido por Celso Leal, procurador do Ministério Público, num livro que acaba de chegar ao mercado e promete gerar polémica: Crimes Sexuais e Castração Química no Ordenamento Jurídico Português – Fim de um Tabu? (Nova Causa). “Em Portugal ninguém pegou nesta matéria no âmbito jurídico”, garante o próprio em entrevista ao PÚBLICO.

Pela primeira vez introduzida na lei como punição para agressores sexuais no estado da Califórnia (EUA) em 1996, a castração química não está prevista na lei em Portugal. Celso Leal, 41 anos, magistrado há 12 anos, defende que a castração aos agressores sexuais seja aplicada de forma reversível e sempre com o consentimento informado — ou seja, não pode ser compulsiva. “Nunca poderia ser imposta, pois isso seria inconstitucional.” A sua aplicação deve ser para autores de qualquer crime sexual, independentemente da idade da vítima.

A castração química no mundo

A castração química no mundo

O lançamento do livro — a 23 de Fevereiro, no Centro de Estudos Judiciários, em Lisboa, e a 2 de Março, na Biblioteca da Universidade Portucalense, no Porto — vem anunciado no site do Ministério Público (MP). Mas o MP demarca-se do seu conteúdo, referindo que no seu portal são divulgados eventos, como o lançamento de obras de carácter jurídico, que "têm objectivo meramente informativo”.

A verdade é que a castração química levanta várias questões éticas e jurídicas, algumas das quais o procurador tenta responder no livro. Celso Leal propõe que em Portugal poderia substituir a pena de prisão ou ser condição para a liberdade condicional, com duração a definir pelo legislador e independentemente do período a que o agressor se submete a tratamento. “Não me parece que seja necessário uma revolução no sistema penal”, refere.

Em 2003, ainda chegou a ser abordada no Parlamento português no âmbito de propostas de prevenção de crimes sexuais, mas foi recusada por todos os grandes partidos. Em 2009, o Movimento Mérito e Sociedade (MMS) voltou ao tema: foi de novo recusado pelos partidos.

Este método é uma forma de castração temporária, feita com medicamentos hormonais para reduzir a libido, e “é considerada reversível” depois de se pararem os tratamentos. “Envolve a administração de drogas bloqueadoras de andrógenos, tais como acetato de ciproterona ou medicamentos de controlo de natalidade.” O que provoca "é a redução do desejo sexual, das fantasias sexuais compulsivas e da capacidade de excitação sexual”, descreve.

O grande argumento de Celso Leal é que se trata de um método mais eficaz do que a prisão. Projectos como a lista de pedófilos, que existem desde 2015 em Portugal, revelaram-se ineficazes, diz. Se a castação química fosse aplicada seria “um desenvolvimento civilizacional”, defende convictamente. Por causa do seu efeito dissuasor e pelo potencial que esta “pena/tratamento tem ao fazer com que o cidadão possa voltar a viver em sociedade, perfeitamente integrado, reduzindo substancialmente o risco de o mesmo voltar a infringir as regras no âmbito dos crimes desta natureza”, argumenta.

O tratamento não pode ser feito como acto isolado, ou seja, não se pode administrar a droga e “abandonar a pessoa”, vinca o magistrado, que chama ao agressor sexual “um doente”. “A castração química é um caminho.” Outro requisito: a definição de um tempo preciso para a sua aplicação.

Descreve Celso Leal que o doente sente um impulso, por isso é sujeito a castração química, para ficar mais controlado. Diminui-se a dose até chegar ao ponto em que deixa de ser necessário tomá-la. “Existe algum preconceito em relação a isto. A palavra castração em si, neste contexto, quer dizer que a pessoa deixa de ter relação sexual, não lhe é amputado nenhum órgão e é reversível. Que é o que se pretende com as penas.” O verdadeiro tratamento é o psiquiátrico, a castração é apenas o início, responde aos que criticam a proposta.

Reincidência e eficácia

A verdade é que não há unanimidade nas investigações sobre a eficácia — isso reconhece o próprio procurador. Não será então prematuro apresentá-lo como proposta legislativa em Portugal? “Não há nenhum estudo realizado para provar a eficácia que tenha chegado à conclusão que não é eficaz”, responde.

Há efeitos secundários na castração química, consoante a sua intensidade e duração: desenvolvimento das glândulas mamárias, problemas nos ossos, comportamentos violentos por estar a ser sujeito ao tratamento são apenas alguns. “Sendo um tratamento hormonal tem efeitos adversos. Um deles provoca impotência momentânea, e é isso que queremos. O outro é a perda da densidade óssea” — que se pode colmatar com medicação, refere Celso Leal.

Na proposta do procurador, quem avalia o visado terá que ser um psiquiatra, e é ele quem irá definir se a pessoa tem ou não um comportamento patológico ou um desvio que não consegue controlar. “Só assim se pode sujeitar a tratamento.”

Há ainda casos reportados de quem estava sujeito aos tratamentos ter tomado medicação para ter o efeito contrário (como Viagra), mas o procurador considera que isso seria controlado com as análises clínicas e avaliações periódicas e também com uma legislação que preveja penas para incumprimento. Quanto a críticas de que pode ser considerado um tratamento desumano, Celso Leal recusa, pois refere que o consentimento do visado afasta essa hipótese, e está em conformidade com os tratados internacionais sobre direitos humanos a que Portugal aderiu.

Celso Leal está à espera que o livro seja polémico. “Existe muita desinformação. Estamos a falar de um medicamento que é reversível, sem consequências adversas para o futuro.” E comenta: “Se houver uma pessoa que deixa de cometer um crime sexual por causa disto já ficarei feliz. Porque essa pessoa pode ter 50 vítimas.”

Peritos discordam

Mas como é que a hipótese de existir castração química na lei seria recebida em Portugal? Contactadas pelo PÚBLICO, tanto a Ordem dos Médicos como a dos Advogados não quiseram comentar uma matéria que não está em discussão pública.

Este não é um tema que tenha ocupado a classe dos juristas, contextualiza Luísa Neto, professora da Faculdade de Direito da Universidade do Porto e autora da tese de doutoramento O direito fundamental à disposição sobre o próprio corpo – a relevância da vontade na configuração do regime. Não sendo absolutamente claro do ponto de vista científico, o conceito de castração química, mesmo com consentimento do visado, coloca questões éticas e jurídicas. Numa leitura mais tradicional do Direito levantar-se-ão dúvidas sobre “se o próprio pode consentir em actos que correspondem a uma renúncia ou autolimitação dos seus direitos". E refere: "Haverá quem defenda que não.” Depois, alguns entendem que se trata de um método terapêutico, o que levanta um outro problema: “Em Portugal não temos uma lei que diga o que é um acto médico.”

Mesmo em termos médicos e terapêuticos é um método polémico, segundo peritos ouvidos pelo PÚBLICO. Por exemplo, Rui Abrunhosa Gonçalves, psicólogo da Universidade do Minho que faz intervenção terapêutica a agressores sexuais enviados pelos tribunais, é “completamente contra”. Porque a castração química inibe a produção de testosterona mas não inibe “as fantasias e cognições”, diz. “O problema dos agressores não está da cintura para baixo mas da cintura para cima”, refere.

Além disso, pode ter como efeitos secundários alterações no funcionamento de outros órgãos do corpo ou até repercussões no funcionamento cardíaco, por exemplo. Outro problema que se levanta: os indivíduos perdem a erecção mas podem tornar-se ainda mais enraivecidos. “Temos que trabalhar sobretudo a questão psicológica. Até podemos usar medicação para controlar os impulsos, mas é importante não alterar o funcionamento da sua sexualidade”, diz.

Ricardo Barroso, professor de Psicologia na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, especialista em violência sexual, não se surpreende com o facto de a proposta aparecer em Portugal, depois de alguns países a terem na sua legislação. Na prática, este tratamento tem sido pouco usado porque precisa “da autorização e tem tantos efeitos secundários que levanta questões do ponto de vista ético”, refere. “Muitos médicos acabam por pôr em causa a sua utilização mesmo com a concordância do indivíduo.” Isto porque a castração resolve o problema do pescoço para baixo, mas “o abuso pode continuar a existir, mesmo sem penetração”. Por isso, é “muito mais importante” a obrigatoriedade da intervenção psicoterapêutica estar vertida na lei, mesmo que em conjunto com a medicação.

Do ponto de vista médico, o tratamento implica um conjunto de alterações hormonais significativas. O especialista considera, por isso, que as decisões de o introduzir têm sido “mais políticas” do que ligadas a “uma eventual eficácia clínico-terapêutica”. E desmistifica a ideia de que há mais reincidência nos crimes sexuais: “Os dados mostram que são mais baixos do que a média em geral” — apontam para 15 a 20% de reincidência nos crimes em geral e entre cinco a 10% nos crimes sexuais. Francisco Allen Gomes, psiquiatra e fundador da Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica (SPSC), também o sublinha — as reincidências nos crimes sexuais são muito mais baixas.

O sexólogo explica que em termos de eficácia a castração química é rápida a actuar e, por isso, “numa situação de urgência, será uma terapêutica a ter em consideração”. Mas é preciso perceber que “dentro do grupo da agressão há uma polimorfia muito grande” e “não se pode fazer uma terapia biológica indiscriminada”.

A vantagem de usar a castração química seria a cessação temporária da agressão, de dar tempo a uma intervenção médica para o agressor aprender a controlar os seus impulsos, a manejar as suas fantasias e a perceber a gravidade dos seus actos, refere. Porém, "o ideal é haver uma estrutura terapêutica na qual estejam os tratamentos anti-hormonais que são administrados consoante a gravidade da parafilia e do controlo do impulso dessa pessoa e uma terapia cognitivo-comportamental”.

Quanto a ser uma alternativa à prisão, o autor de Sexualidade Traída – Abuso Sexual Infantil e Pedofilia sublinha: "A experiência diz-nos que a medida mais eficaz para a agressão sexual é a prisão.”

Abel Chivukuvuku vê criança a morrer por falta de assistência médica

Abel Chivukuvuku vê criança a morrer por falta de assistência médica

Meck Mateus

Meck Mateus

Admin

O presidente da CASA-CE, Abel Chivukuvuku, visitou o Hospital Geral do Bengo, considerou as condições deploráveis e viu morrer uma criança por falta de assistência médica.

A delegação da CASA-CE, chefiada pelo seu presidente Abel Chivukuvuku, levou quase uma hora para ser guiada pelo supervisor da unidade sanitária de referência na província do Bengo, depois do director mostrar indisponibilidade. 

De acordo a fonte da Angola-Online, o supervisor desapareceu e a caravana da coligação ficou a deriva no hospital que não tem medicamentos, camas suficientes para acomodar os pacientes obrigados a partilhar com mais de quatro.

Durante a visita, a delegação assistiu a morte de uma criança por falta de assistência médica.