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sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

O Ronaldo das finanças



O Ronaldo das finanças já é presidente do Eurogrupo

Mário Centeno já tomou posse como presidente do Eurogrupo. Ironia do destino, digo eu, foi na embaixada de Portugal em Paris que recebeu o testemunho do polémico Dijsselbloem, o político holandês que chocou com as declarações sobre “copos e mulheres” dos países do Sul de Europa. E se há uns tempos, como conta aqui o Christopher Marques, Centeno era visto como um dos patinhos feios do Eurogrupo, chega agora à liderança do mesmo como o Cristiano Ronaldo das finanças.

E do Assédio aos Homens, Ninguém Fala?

por Cristina Miranda

Há por detrás desta onda de indignação de certas mulheres uma hipocrisia monumental. Se por um lado se queixam do assédio sexual por parte dos homens, do outro exibem-se praticamente nuas apelando aos  instintos  reprodutores dos machos. Não me venham dizer que o fazem de forma ingénua só por "gostarem" da indumentária ou para se "sentirem bonitas". Balelas! Mulher que é mulher com "M" grande sente-se bonita e atraente até com umas simples calças de ganga. Sou mulher e sei muito bem do que falo.

Cresci num tempo em que incomodar uma miúda na paragem de autocarro com graçolas era MÁ EDUCAÇÃO com direito a dois tabefes bem dados nas trombas desses garotos após queixa ao pai. Não era assédio sexual. Um tempo em que mandar um piropo por passar uma rapariga bonita, não era assédio, era fazer a corte. Atacar violentamente uma mulher abusando dela sexualmente era crime de violação sexual. Tudo era muito bem definido. Agora tudo é assédio. Hoje até um simples "olá estás boa!" pode ser perigoso. É a doideira total.

Como mulher também eu fui largamente "assediada" dentro deste contexto "moderno" da palavra. E isso nunca me incomodou. Porque os galanteios sabiam-me bem ao ego pois demonstravam  o meu grau de sedução sobre o sexo oposto. Mas sempre com cuidado com as indumentárias para não transmitir uma imagem errada daquilo que pretendia: atrair  pessoas, não predadores sexuais. Quantas vezes me perguntaram: "Posso me sentar? Está acompanhada?" dando uma resposta imediata conforme minha conveniência. Que mal tem atrair os homens e receber uma abordagem por isso quando até os  passarinhos (esses animais tão fofos) provocam as passarinhas com rituais para as atrair sexualmente? Porque não nos indignamos igualmente com a natureza? Bem, deixa-me estar calada, não vá alguém ter ideias...

Mas a hipocrisia cresce ainda mais quando ninguém refere os homens como vítimas desse mesmo assédio de que tanto  se queixam! Não oiço nada, mesmo nada sobre isso e é muito estranho. Ao longo da minha vida vi coisas incríveis protagonizadas por mulheres predadoras sexuais. Não estou a brincar. Autênticos filmes alguns quase de terror psicológico com elas a rodear vítimas masculinas desesperadamente. Quando dava aulas em Ponte de Lima havia um colega que era muito popular do mulherio. Sempre rodeado por elas, alunas e professoras. Tinha o dom de saber ouvi-las e elas encantavam-se com ele! E eu, achava aquilo muito engraçado, porque meu colega, fosse num café ou na escola, nunca se via com homens. Parecia ter mel que só atraia o sexo feminino. E muitas! Até que um dia nos tornamos amigos e ele começa a contar-me o seu drama. Fiquei a saber que ele era perseguido, molestado, "armadilhado" com esquemas onde apareciam  nuas na sua cama, lhe ligavam para casa a toda a hora, enfim, não o deixavam em paz. Vivia num inferno! Mas, como vivíamos num tempo diferente deste, nunca viu nisso um crime. Apenas azar de atrair tanto o sexo feminino. Como este, conheci muitos mais exactamente com o mesmo problema: assédio feminino. Alguém fala nisto? Claro que não. Não convém.

Esta raiva aos homens é patológica. Não faz sentido em mulheres saudáveis e bem resolvidas com a vida. Porque estas sabem sempre avaliar as situações separando o que é efectivamente crime do que não passa de galanteios, mais ou menos felizes (sim, porque nem todos nascem com o mesmo dom para a sedução).  Saberá estar à altura de dizer "não" e se esse "não" for desrespeitado, resolvê-lo.

Porque a hipocrisia não deixa ver que no dia em que estas senhoras todas com mais ou menos  nudez à mostra, não obtiverem qualquer reacção masculina (por receio destes) serão elas a questionar a virilidade dos homens e acaba-se o glamour dos vestidos às tiras sem cuecas.

Escrito por Redação em 12 Janeiro 2018

Destaques - Nacional

Escrito por Redação  em 12 Janeiro 2018

Gráfico do Instituto Nacional de Estatística

A inflação acumulada em Moçambique, entre Janeiro e Dezembro de 2017, cifrou-se em 5,65 por cento, muito abaixo dos 25,27 por cento de 2016 e mais próxima dos 3,55 por cento de 2015, antes do início da crise das Dívidas ilegais da Proindicus, EMATUM e MAM.

O Instituto Nacional de Estatística(INE) revelou nesta quarta-feira(10) que “analisando os dados de Janeiro a Dezembro do ano findo, o País registou um aumento de preços na ordem de 5,65%”.

“As divisões de Transportes e de Restaurantes, hotéis, cafés e similares foram principais responsáveis pela tendência geral de aumento de preços comparticipando com aproximadamente 1,41 e 1,03pp positivos respectivamente”, pode-se ler no Índice de Preços no Consumidor(IPC).

De acordo com a publicação do INE, “Desagregando a inflação anual por produto, merece destaque o aumento dos preços da Gasolina, do Pão de trigo, do Carvão vegetal, das Refeições em restaurante, da Cerveja, do Coco e do Peixe fresco refrigerado ou congelado. Estes comparticiparam com 3,88pp positivos do total da inflação anual registada”.

Segundo o INE, baseado em preços recolhidos nas Cidades de Maputo, Beira e Nampula, em Dezembro passado Moçambique “registou um agravamento mensal do nível geral de preços na ordem de 1,10%”.

“Os preços da divisão de Alimentação e bebidas não alcoólicas aumentaram em 2,01%. Esta divisão comparticipou para o total da inflação mensal com 0,63 pontos percentuais(pp) positivos. O aumento dos preços do Tomate (12,1%), da Cerveja (6,1%), da Cebola (20,6%), do Coco (9,9%), da Gasolina (1,4%), das Consultas em Clínicas (24,9%) e do Peixe fresco refrigerado ou congelado (2,6%) foi responsável por 0,79pp positivos do total da inflação mensal registada”, detalha o comunicado de imprensa que estamos a citar.

O IPC indica ainda que, “tomando como referência a inflação média 12 meses, o País registou um aumento de preços na ordem de 15,11%. A divisão de Vestuário destacou-se ao registar aumentos na ordem 21,52%”.

Provavelmente, o monumento mais bonito de Portugal

Novo artigo em VortexMag


por admin

Escolher o mais bonitos de todos os monumentos portugueses é sempre uma tarefa complicada, especialmente porque os gostos variam de pessoa para pessoa e também porque a variedade de monumentos é enorme. No entanto, há um monumento especial em Portugal e que não possui termo de comparação com nenhum outro: o Palácio da Pena. Aliás, este célebre palácio situado em Sintra não tem sequer comparação com outros monumentos do mesmo género em toda a Europa e apenas alguns palácios na Alemanha se assemelham a ele na sua beleza e na sua grandiosidade, facto que não é estranho se tivermos em conta que a construção desta obra prima foi inspirada pelo romanticismo alemão. O Palácio da Pena é, muito provavelmente, o monumento mais bonito de Portugal.

Palácio da Pena, Sintra (Paul Walker)

O Palácio da Pena ergue-se sobre uma rocha escarpada, que é o segundo ponto mais alto da Serra de Sintra (acima do palácio só se encontra a Cruz Alta, a 528m de altitude). O Palácio localiza-se na zona oriental do Parque da Pena, que é necessário percorrer para se chegar à íngreme rampa que o Barão de Eschwege construiu para se aceder à edificação acastelada. O Palácio propriamente dito é constituído por duas alas: o antigo convento manuelino da Ordem de São Jerónimo e a ala edificada no século XIX por D. Fernando II. Estas alas estão rodeadas por uma terceira estrutura arquitectónica, em que se fantasia um imaginário castelo de caminhos de ronda com merlões e ameias, torres de vigia, um túnel de acesso e até uma ponte levadiça.

Palácio da Pena

Palácio da Pena

Em 1838 o rei D. Fernando II adquiriu o antigo convento de monges Jerónimos de Nossa Senhora da Pena, que tinha sido erguido no topo da Serra de Sintra em 1511 pelo rei D. Manuel I e se encontrava devoluto desde 1834 com a extinção das ordens religiosas. O convento compunha-se do claustro e dependências, da capela, sacristia e torre sineira, que constituem hoje o núcleo norte do Palácio da Pena, ou Palácio Velho.

locais mais visitados e apreciados pelos turistas em Portugal

Palácio da Pena

D. Fernando começou por efectuar reparações no antigo convento, que, segundo fontes da época, se encontrava em muito mau estado. Remodelou todo o piso superior, substituindo as catorze celas por salas de maiores dimensões e cobrindo-as com as abóbadas que hoje vemos. Cerca de 1843, o rei decidiu ampliar o Palácio através de uma nova ala (Palácio Novo) com salas de ainda maior dimensão, de que é exemplo o Salão Nobre, rematando-a com um torreão circular junto às novas cozinhas. A obra foi dirigida pelo Barão de Eschwege. No restauro de 1994 repuseram-se as cores originais no exterior do Palácio: rosa-velho para o antigo mosteiro, ocre para o Palácio Novo.

Palácio da Pena

Palácio da Pena - William Shatner

Ao transformar um antigo mosteiro numa residência acastelada, D. Fernando revelou ter uma forte influência do romantismo alemão, tendo-se provavelmente inspirado nos castelos à beira do Reno de Stolzenfels e Rheinstein, assim como na residência de Babelsberg em Potsdam. A obra do Palácio da Pena terminou em meados da década de 1860, embora posteriormente se fizessem campanhas de decoração de interiores.

Chalet Condessa d'Edla

Chalet Condessa d'Edla

D. Fernando mandou igualmente plantar o Parque da Pena nas áreas envolventes do Palácio à maneira dos jardins românticos, com caminhos serpenteantes, pavilhões e bancos de pedra a pontuar os percursos, bem como árvores e outras plantas provenientes dos quatro cantos do mundo, tirando partido do clima húmido da serra de Sintra e criando de raiz um parque exótico com mais de quinhentas espécies arbóreas.

Chalet Condessa d'EdlaChalet Condessa d'Edla

A construção mais interessante do Parque da Pena é o Chalet da Condessa (ou Casa do Regalo), que se encontra no extremo ocidental do Parque da Pena. Foi mandado construir por D. Fernando II e pela sua futura segunda mulher, Elise Hensler (Condessa d’Edla), como local de veraneio reservado. É uma construção de dois pisos com forte carga cénica, de inspiração alpina, que mantinha uma expressiva relação visual com o Palácio.

locais para visitar em SintraPalácio da Pena

O Palácio da Pena foi classificado como Monumento Nacional em 1910 e integra-se na Paisagem Cultural de Sintra, classificada pela UNESCO como Património Mundial da Humanidade desde 1995.

Virar a página no debate sobre trabalho e competitividade (IV)

Ladrões de Bicicletas


Posted: 11 Jan 2018 05:38 PM PST

Na transição de ano, a questão dos feriados e das «pontes» de 2018 suscitou comentários e análises na imprensa e por parte de representantes do setor empresarial, que incluiu críticas aos seus custos para a economia e para o país. Essas críticas não são novas e, bem o sabemos, chegaram a tomar forma de lei, com a supressão de quatro feriados em 2013, repostos pela atual maioria de esquerda no início de 2016.
Os «custos dos feriados e pontes» são aliás um tópico recorrente no discurso de uma espécie de «brigada do reumático» do pensamento económico, que continua a dar sinais de vida e que, mesmo quando derrotada pela realidade, insiste na relação causal, linear e absoluta, entre o «fator trabalho» (que é reduzido, na verdade, a «tempo de trabalho»), a produtividade e a competitividade. Isto é, pessoas e entidades que provavelmente continuariam a eleger este como o livro do ano de 2017.

O argumento é simples e faz parte de uma narrativa mais ampla, que continua a vender bem na «opinião pública» que é diariamente intoxicada com balelas moralistas: os feriados e as «pontes» são um luxo e Portugal um país pobre, que não se pode dar a luxos. Aliás, somos pobres porque as pessoas, «regra geral», trabalham pouco. Lá está, o «fator trabalho» é que estraga tudo e é por isso que é preciso pô-lo no lugar, dilatando o tempo de laboração, suprimindo feriados, comprimindo salários e dissolvendo direitos e leis, essas modernices que alimentam a nossa, «regra geral», propensão para não produzir. É trabalhando mais tempo que se progride, é empobrecendo que nos tornamos competitivos.
Se o engodo intelectual persiste, é preciso continuar a responder-lhe com factos. E o que os factos dizem é que tanto na perspetiva da produtividade como da competitividade(ver gráficos), a existir alguma correlação destas variáveis com o tempo de trabalho, essa correlação é negativa. Os países que detém níveis mais elevados de produtividade e competitividade não são, ao contrário do que nos querem fazer crer, os países em que mais se trabalha. A existirem, as correlações são em sentido inverso, sugerindo que a questão do tempo de trabalho é basicamente irrelevante para tornar uma economia mais produtiva e mais competitiva.

Os fatores que contam para um verdadeiro desenvolvimento económico (e social, já agora) são outros. E nesse prisma vale a pena ler na íntegra o recente artigo de Maria de Lurdes Rodrigues, onde se assinala, de forma certeira, que a produtividade do trabalho nem sequer «se deve apenas aos níveis de qualificação e desempenho dos trabalhadores» (sendo fundamental, nesse âmbito, superar o nosso atraso estrutural em matéria de qualificações), mas também «ao investimento em tecnologia, à organização do trabalho e às competências de gestão». Isto é, a «variáveis que dependem sobretudo de decisões empresariais e do contexto da atividade económica».
Aliás, como bem lembra MLR, a história do trabalho e das empresas mostra-nos que «a possibilidade de aumentar sem custos o horário de trabalho nunca constituiu um estímulo à modernização económica». Pelo contrário, «a modernização da atividade económica foi muitas vezes a resposta aos obstáculos políticos levantados (...) à prática de longas jornadas de trabalho ou de salários muito baixos». O que significa, portanto, que «não é cortando direitos sociais e regressando a formas mais primitivas de capitalismo que Portugal ganhará tempo na recuperação do seu atraso económico».

Leituras: Revista Crítica - Económica e Social (n.º 14)

Posted: 11 Jan 2018 06:55 AM PST

A primeira edição de 2018 da revista Crítica inclui reflexões sobre a Europa e a Zona Euro (Francisco Louçã e Ricardo Cabral), o Orçamento de Estado de 2018(Mariana Mortágua e Ricardo Cabral) e o Relatório mundial das Desigualdades (Alexandre Abreu, Francisco Louçã e Ricardo Paes Mamede). Seguem-se três análises, sobre emprego público e privado, política fiscal e regionalização (Nuno Serra, Eugénio Rosa e Ernesto Figueiredo). O número 14 da revista Crítica está disponível aqui, para download gratuito. Boas leituras.