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segunda-feira, 16 de abril de 2018

A cadela fascista deu cria. E agora?

“A cadela fascista está sempre no cio”, já dizia o dramaturgo alemão Bertold Brecht. No Brasil, ela deu cria e os agressores estão por toda parte.

Dias depois, o simulacro de uma investigação republicana caiu por terra. Os processos contra o governador Geraldo Alckmin, candidato do PSDB à presidência da República, foram enviados à Justiça Eleitoral. Sabe-se agora que a “justiça” brasileira tem lado. Defende os poderosos e aqueles que estejam dispostos a entregar as riquezas nacionais às forças do imperialismo e do capital internacional. Com isso, lá se vão pré-sal, Embraer, todas as grandes empresas nacionais e, em breve, a Petrobras. Quem ousar reclamar, em breve levará balas de borracha. Não será surpresa se, em sua próxima iniciativa, o golpe de 2016 decidir classificar como terroristas movimentos como o MST e o MTST.

A consequência desse processo está nas ruas. Os fascistas sentem-se empoderados. Se a máquina opressora do estado só funciona seu favor, e com um nítido viés contra o campo progressistas, eles se verão livres para ofender, agredir e, quem sabe, até matar, seus adversários, cientes de que estarão sempre impunes. Se até Lula, que fez com o Brasil fosse respeitado no mundo como nunca antes em sua história, foi desumanizado e privado dos mais elementares direitos consagrados na Constituição, por que razão os militantes de esquerda seriam poupados?

Nesse cenário, o Brasil poderá viver o período mais catastrófico de sua história, com uma campanha presidencial marcada por ou pela apatia ou por uma violência extrema – isto, é claro, se houver eleições. Diante desse cenário, a saída que se impõe, ao campo democrático, que hoje já não pode mais contar com figuras como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que rompeu a linha divisória ao considerar justa a prisão de Lula, é a construção de uma ampla frente antifascista, que lute pela cidadania, pela retomada da soberania e pela proteção aos direitos humanos. Além disso, é preciso que o mundo civilizado socorra o Brasil diante da ameaça fascista. Antes que seja tarde demais.

Por Leonardo Attuch, Jornalista e editor-responsável pelo 247, além de colunista das revistas Istoé e Nordeste | Texto original em português do Brasil

Exclusivo Editorial Brasil247 / Tornado

Putin fala em «caos» mundial se Ocidente voltar a atacar Síria

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, alertou neste domingo que mais ataques ocidentais contra a Síria trariam o caos aos assuntos mundiais, enquanto surgiram sinais de que Moscou e Washington querem recuar da pior crise em suas relações em anos.

Um comunicado do Kremlin disse que Putin e Rouhani concordaram que as ações ocidentais prejudicaram as chances de se chegar a uma solução política para o conflito de sete anos que já matou pelo menos meio milhão de pessoas.

“Vladimir Putin, em particular, enfatizou que, se tais ações cometidas em violação à Carta da ONU continuarem, isso inevitavelmente levará ao caos nas relações internacionais”, disse-o.

Os mísseis atingiram o coração do programa de armas químicas da Síria, disse Washington, em retaliação a um suspeito ataque com gás venenoso há uma semana. Os três países insistiram que o ataques não visavam derrubar o presidente Bashar al-Assad ou intervir no conflito.

Os atentados, saudados pelo presidente dos EUA, Donald Trump como um sucesso, mas denunciados por Damasco e seus aliados como um ato de agressão, marcaram a maior intervenção dos países ocidentais contra Assad e a Rússia, cujo ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, os considerou “inaceitáveis ​​e sem lei”.

Os comentários de Putin foram publicados logo após o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, ter feito uma nota mais conciliatória dizendo que Moscou faria todos os esforços para melhorar as relações políticas com o Ocidente.

Por Jack Stubbs e Laila Bassam | Texto original em português do Brasil

Exclusivo Editorial Brasil247 (Reuters) / Tornado