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quarta-feira, 13 de junho de 2018

Google anuncia unidade de formação e desenvolvimento do sistema Android em Portugal

13/6/2018, 8:47

O vice-presidente para os assuntos globais da Google, Kent Walker, anunciou hoje, na presença de António Costa, a instalação em Portugal de uma unidade para formação e desenvolvimento de Android.

NUNO VEIGA/LUSA

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  • Agência Lusa
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O vice-presidente para os assuntos globais da Google, Kent Walker, anunciou hoje, na presença do primeiro-ministro, António Costa, a instalação em Portugal de uma unidade para formação e desenvolvimento do sistema operativo Android.

Este anúncio feito pelo responsável máximo da ‘diplomacia’ da Google foi transmitido no final de uma visita de António Costa à sede desta multinacional tecnológica norte-americana, em Mountain View, região de Silicon Valley, no estado da Califórnia.

Kent Walker adiantou que o projeto piloto do novo centro português da Google, em Oeiras, vai arrancar no final deste ano, através de um concurso aberto para o preenchimento de mil vagas destinadas a formação e posterior desenvolvimento de produtos tecnológicos no sistema operativo Android.

O primeiro-ministro, por sua vez, salientou que a multinacional Google fez recentemente em Portugal “um investimento muito importante, tendo já criado 500 postos de trabalho”.

“Agora, o anúncio da criação desta academia piloto para o desenvolvimento de aplicações com base na tecnologia Android é extremamente importante. A indústria das aplicações é algo que vale milhões e milhões de dólares ou euros no mercado global”, justificou António Costa.

De acordo com o primeiro-ministro, a perspetiva da unidade portuguesa desenvolver estas aplicações Android “é obviamente uma grande notícia” para Portugal.

“Desejo que este projeto piloto tenha sucesso e que se possa desenvolver a partir de Portugal uma nova capacidade em termos de inovação em matéria de aplicações. Será a primeira vez que a Google o fará na Europa e espero que não seja a última em Portugal”, declarou o líder do executivo.

António Costa considerou ainda que este passo dado pela Google “dará uma grande centralidade a Portugal como país líder no desenvolvimento de tecnologias”, sobretudo no contexto do mercado europeu.

Perante os jornalistas, o “vice” da Google observou ainda que manteve “uma conversa séria e muito construtiva com os membros do Governo português”.

Além de António Costa, estiveram na sede da Google o secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, e os ministros da Economia, Manuel Caldeira Cabral, e da Ciência e Ensino Superior, Manuel Heitor.

“A nossa apreciação é que Portugal é um dos países líderes da economia digital na Europa. Queremos continuar a apoiar os esforços do Governo português para desenvolver a digitalização da sua economia”, afirmou Kent Walker.

Durante a visita à Google, o primeiro-ministro também se encontrou com 15 jovens que trabalham na multinacional em Mountain View.

No final, António Costa e os membros da comitiva do Governo português tiraram com eles uma foto de família.

PS quer legalização mais rápida de imigrantes que trabalham há mais de um ano

HÁ 2 HORAS

O PS quer que os imigrantes ilegais que trabalham há mais de um ano tenham acesso a autorizações de residência de uma forma mais rápida, usando a excepção prevista na lei para questões humanitárias.

NUNO FOX/LUSA

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O grupo parlamentar do Partido Socialista defende que o Governo se deve empenhar mais em garantir a legalização dos imigrantes ilegais que vivam, trabalhem e descontem para a Segurança Social há mais de um ano. O projeto de resolução foi entregue esta terça-feira no Parlamento.

A ideia é que o processo de legalização e os pedidos de autorização de residência sejam concedidos mais rapidamente ao abrigo da situação extraordinária, prevista na lei, por razões humanitárias.

“Note-se que a esmagadora maioria destes requerentes são, objetiva e comprovadamente, imigrantes económicos que exercem atividade profissional em Portugal e, justamente, muitos deles têm manifestado a sua insatisfação por não lhes ser reconhecido o direito ao tratamento enquanto cidadãos, apesar de trabalharem e descontarem para a Segurança Social”, lê-se no documento.

Ladrões de Bicicletas


Os preços ‘sobrevalorizados’ das casas

Posted: 12 Jun 2018 11:45 AM PDT

O último Relatório de Estabilidade Financeira do Banco de Portugal dá especial atenção ao mercado imobiliário, expressando particular preocupação com o elevado grau de exposição do sistema bancário português à evolução deste setor.
Tal acontece porque o mercado imobiliário é hoje “um importante elemento de interligação entre o sistema financeiro e o setor privado não financeiro, afetando também a evolução das finanças públicas, nomeadamente através do efeito sobre as receitas fiscais associadas ao mercado imobiliário”, e, já agora, a vida das famílias, dado que uma parte importante do rendimento destas se destina ao pagamento das prestações bancárias ou às rendas das casas.
O que começa a preocupar o regulador bancário é a “sobrevalorização” dos preços das casas, ou seja, a presença de uma bolha especulativa (embora esta expressão nunca seja usada), e os efeitos que adviriam (advirão?) para o sector bancário de uma baixa acentuada dos preços. Sendo os efeitos mais marcados em Lisboa, no Porto e no Algarve, mesmo em termos agregados, a evolução dos preços é considerável: entre o segundo trimestre de 2013 e o quarto trimestre de 2017, os preços da habitação em Portugal aumentaram 32% (em termos nominais) e 27% (em termos reais).

O risco de uma baixa acentuada dos preços é significativo para um setor tão exposto ao imobiliário como o bancário. De fato, boa parte dos empréstimos concedidos destina-se a este setor, através dos empréstimos à habitação para as famílias e à construção e atividades imobiliárias, para não mencionar que uma parte não negligenciável dos ativos da banca é constituída por imóveis. Quer isto dizer, então, que uma queda dos preços das casas implicaria o incumprimento dos devedores (pelo efeito da crise do sector sobre a economia e rendimento das famílias e da desvalorização deste importante ativo), mas também pela resultante acumulação de imóveis desvalorizados.

Acresce que o risco de uma baixa acentuada dos preços é mais elevado hoje, dada a maior dependência do setor imobiliário da procura externa - incluindo a procura associada a autorizações de residência, ao setor do turismo, ou ao investimento financeiro realizado por intermédio dos fundos de investimento imobiliário. Estes últimos podem sair a qualquer momento do mercado, provocando um efeito quase imediato e amplificador sobre os preços, dada a reduzida dimensão do mercado português.
Dos receios do regulador bancário resulta evidente não só a enorme vulnerabilidade da economia e da sociedade relativamente ao setor imobiliário, mas também o enorme poder económico e político deste setor, que mantém os demais agentes e setores económicos presos à chantagem da manutenção de preços elevados.
É obrigação de um governo e de uma câmara de Lisboa, ditos socialistas, começarem, pelo menos, a conter a evolução dos preços. A alimentação da bolha imobiliária, por exemplo através de iníquos incentivos fiscais a residentes não habituais, ou a fundos de investimento imobiliário, só aumentará a magnitude dos seus expectáveis desastrosos efeitos. Até o Banco de Portugal parece já ter compreendido isto…

"A Juventude não está com..."

Posted: 12 Jun 2018 03:42 AM PDT

Não resisti a apresentar algumas linhas de um discurso que Mário Soares, então com 21 anos, jovem comunista, fez numa sessão pública do Movimento de Unidade Democrática, na sala da colectidade Voz do Operário, a 30 de Novembro de 1946.
Uma sessão que se realizou, poucos dias depois de uma conferência da União Nacional, partido único do regime fascista, em que diversos oradores suscitaram a questão de que o regime estava a perder a juventude. "Onde está a juventude adolescente que não a encontro nos quadros da União Nacional?" Ou: "Estamos a perder gerações, por falta de orientações e organização que amanhã nos farão falta e perder a Universidade é perder o futuro".
Pegando neste facto, Soares desenvolveu o tema A Juventude não está com o Estado Novo. Dizia então Mário Soares:

"Em primeiro lugar, um reparo. A Juventude não é a Universidade. Poderíamos até dizer que, com a selecção material a que se procede, a Universidade é muito pouco expressiva da Juventude portuguesa. As propinas quintuplicaram, o que quer dizer que aos filhos das classes médias e sobretudo aos filhos das mais vastas camadas da população portuguesa está vedado o acesso ao ensino superior. Os estudantes universitários, na sua maioria, são os favorecidos da fortuna - jovens que têm uma situação de privilégio em relação aos outros jovens. Na Conferência da União Nacional teme-se perder a Universidade: que dizer então dos outros sectores da Juventude?
Para ter uma ideia exacta das precárias condições de vida da juventude portuguesa é necessário integrarmo-nos em toda a política económica do Governo (...) e saber do nível de vida do nosso povo em geral. Mas a situação no que respeita à Juventude agrava-se: dado que a mão-de-obra juvenil, como aliás a feminina, é utilizada a baixos preços - como forma de concorrência e de novas explorações. A fórmula a trabalho igual, salário igual não tem sentido entre nós. Os sindicatos e as casas do povo não reconhecem aos jovens com menos de 18 anos direito de admissão - não beneficiam, portanto das caixas sindicais ou de previdência. Contratos colectivos estabelecem salários mínimos a partir de 4 escudos. Nestas condições - e conhecido o índice de analfabetismo do nosso país - como pode a Juventude trabalhadora estar com o Estado Novo?
Nenhum dos seus problemas centrais foi resolvido ou equacionado. Decorrente do baixo nível de vida está a falta de preparação técnica e cultural, a inexistência de orientação profissional segundo as capacidades e não segundo o dinheiro, a impossibilidade de fundação dum lar. Não há possibilidade de protecção à família, sem mistificações, enquanto aos jovens não for dado fundarem o seu próprio lar. Não há possibilidade duma educação cívica séria - de arrancar os jovens à taberna e ao vício - enquanto a instrução não for obrigatória e facilitada para todos, enquanto existir um divórcio entre a escola e a vida, e o ensino não for concretizado e ligado ao moderno desenvolvimento técnico.
(...). É este o triste quadro em que se move a grande maioria da nossa Juventude.

Entre as brumas da memória


Marchas?

Posted: 12 Jun 2018 02:03 PM PDT

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Precisamos de mais imigrantes. Sim, e então?

Posted: 12 Jun 2018 11:04 AM PDT

«Há as afirmações e há a prática. António Costa disse que Portugal precisa de mais imigrantes. Disse bem. Numa ótica estritamente utilitária, precisamos de imigrantes para nos ajudarem a ultrapassar todas as consequências dos saldos demográficos negativos que se instalaram entre nós. E, já agora, precisamos de imigrantes numa ótica que não é utilitária: porque eles nos enriquecem cultural e civicamente.

Mas depois há a prática. Temos mais de 30.000 imigrantes indocumentados em Portugal. Gente que aqui trabalha, aqui desconta para a Segurança Social, aqui paga impostos. Que requereu a sua regularização há meses, há anos.»

José Manuel Pureza
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Trump e Kim Jong-un – Magros e bonitos?

Posted: 12 Jun 2018 08:29 AM PDT

Não deu…
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Singapura? Foi assim...

Posted: 12 Jun 2018 06:00 AM PDT

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O Céu e o Inferno do G7

Posted: 12 Jun 2018 02:15 AM PDT

«O conselheiro de Donald Trump para o Comércio, o assustador Peter Navarro, foi à Fox News dizer que Justin Trudeau, o primeiro-ministro do Canadá, merece "um lugar especial no Inferno". Para Donald Tusk, o presidente do Conselho Europeu, Trudeau, pelo contrário, merece "um lugar especial no Céu". Entre o Céu e a Terra dissolve-se a aliança dos Estados Unidos com os seus tradicionais aliados. Donald Trump, que governa através de tweets, acredita como uma fé que governa o Céu e que, à sua volta, só há pecadores. Que lhe devem o tributo e que se devem colocar de joelhos. Não distingue aliados de inimigos. Nem os negócios da diplomacia. Só a sua verdade conta. Por isso, no G7, afrontou os seus mais preciosos aliados, julgando que num mundo multipolar os EUA podem, querem e mandam. Perante esta racionalidade Xi Jinping e Vladimir Putin riem. Secretamente acham que Trump é o Darth Vader da democracia americana. E, na verdade, o cangalheiro da liderança americana no mundo. Trump vive a pensar que o mundo se vê da Trump Tower e que todos são seus empregados. Um dia perceberá que apenas é um peão de outros interesses superiores.

A forma como Trump destratou os seus aliados do G7 mostra que a Europa, o Canadá ou o Japão não podem acreditar em nada do que ele diga. Ele simboliza aquilo que, de forma certeira, Mario Vargas Llosa dizia este fim-de-semana no ABC: "A democracia baseia-se em que a verdade prevaleça sobre a mentira e se a fronteira entre ambas é cada vez mais obscura e difusa então é a sociedade democrática que está ameaçada pela entronização das famosas pós-verdades." Os tweets de Trump são uma ameaça à democracia e a sua forma de pretensamente governar o mundo foi retirada da Terra Média. Não que Trump leia. Mesmo que seja Tolkien. Trump é um retrocesso civilizacional. E a Europa tem de se preparar para se defender desta forma de olhar para o mundo. Trump não está só. É apenas o Exterminador Implacável que foi enviado para a frente de combate.»

Fernando Sobral

terça-feira, 12 de junho de 2018

Um esgoto a céu aberto chamado Fox News

Novo artigo em Aventar


por João Mendes

Um tipo queixa-se da CMTV, do Observador e da imprensa portuguesa em geral, mas estes tipos da Fox News são malta que, ideologicamente, está ao nível dos dementes do Daesh. Façam o favor de se rirem, enquanto isto não dá para o torto.