Portugal tem sido fustigado por uma vaga de incêndios que têm abrangido o Norte e Centro do País alimentados por uma vaga de calor inesperada. Os danos patrimoniais são imensos, mas que foram menorizados pela disponibilidade e espírito de ajuda das diversas corporações de Bombeiros que, sem descanso, se deslocaram para todos os locais onde a sua intervenção era necessária. Foram e continuam a ser autênticos heróis em diversos teatros de guerra.
O medo de perder tudo instalou-se nas populações e muitas famílias perderam tudo o que tinham amealhado durante uma vida de trabalho.
Não vou entrar aqui em considerações sobre medidas que deveriam ter sido tomadas e não foram, mas não posso deixar passar em claro uma medida que o anterior governo mandou para debaixo do tapete e que era a de dotar a Força Aérea de meios para combater estas catástrofes.
Relativamente ao nosso anterior (des)governo, penso que estamos todos conversados, porque não foi só uma questão de ideologia, mais muito mais por incompetência de pessoas que nunca deveriam ter assumido responsabilidades de governar uma empresa e muito menos o governo de um país.
Quanto à solidariedade da União Europeia, estamos conversados. Esta União Europeia governada por ultraliberais e por uns falsos “sociais-democratas” convertidos ao capitalismo pela terceira via de Tony Blair e de Schröeder, tendo continuadores na França, na Holanda e outros a solidariedade é algo que pertence ao passado e o princípio, agora, é o de “cada um que se desenrasque”.
Vimos isto no caso dos migrantes, na crise financeira que assolou o mundo em 2008 e assim vai continuar a ser enquanto estes ultraliberais do PPE e dos seus aliados continuarem a dominarem a política europeia.
A prova desta “solidariedade” para com Portugal esteve bem evidente nesta nossa catástrofe de incêndios.
A ajuda que tivemos foi dos espanhóis, italianos, marroquinos, russos e a de um país pequenino, mas que sabe o que é a solidariedade, refiro-me aos dois milhões de Euros doados por Timor.
Vamos abrir os olhos e lutar por uma Europa tal como foi sonhada e fundada por Jean Monet, Schuman e outros e continuada por Miterrand, Willy Brandt, Jaques Delors.
Espero que o tempo que nos separa, seja, apenas um intervalo.
Ovar, 16 de Agosto de 2016
Álvaro Teixeira
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