A hipocrisia desta direita é uma arma contra o Governo, e cabe aos democratas de longa data desmascarar a dissimulação de Assunção Cristas e Passos Coelho. A forma como os dois agora se comportam, em flagrante contraste com o passado, é uma técnica que exige vigilância cívica e resposta democrática.
A queixa da líder do CDS ao PR é um número de circo para ganhar exposição mediática no confronto com o PSD na Câmara de Lisboa e silenciar o julgamento do governo que integrou. Cristas sabe que é irrelevante o ato e injusta a exibição. É o ruído para desviar atenções do julgamento dos vistos Gold e da não divulgação da transferência de 10 mil milhões de euros durante o governo PSD/CDS.
Talvez mereça, por coincidência temporal, saber o que levou ao processo disciplinar ao funcionário que consultou a lista VIP das Finanças e que morreu de ataque cardíaco.
A demissão de Paulo Núncio dos altos cargos no CDS não absolve os atos praticados no governo, os prejuízos ao País e os danos no combate à fraude fiscal e fuga de capitais.
Fica claro que o ruído à volta dos emails da CGD, que o PSD e o CDS já conhecem, é fruto do ressentimento pela capitalização do banco público que desejavam privatizar, e diziam não autorizada por Bruxelas.
Fica também claro que o governo Passos/Portas/Cavaco, quis confiscar a máquina fiscal para a luta partidária e eventual protecção da sua gente. É natural o imenso ruído sobre a CGD e a desorientação com que recorrem ao insulto ao presidente da AR e ao PM, para desviarem as atenções sobre o escrutínio popular à sua incompetência e má fé.
Ovar, 26 de fevereiro de 2017
Álvaro Teixeira
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