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terça-feira, 24 de outubro de 2017

O ESTRANHO CASO DE UMA REVOLUÇÃO QUE PAROU À PORTA DA JUSTIÇA

Rodrigo Sousa Castro adicionou 2 fotos novas.

Ontem às 8:56 ·

Qualquer historiador mesmo da “escola” Rui Ramos, por muito rasca que seja , convirá que a Revolução de 25 de Abril de 1974 subverteu toda a Ordem Social e Econômica da ditadura.
A posição de Portugal no mundo girou 180 graus , a propriedade mudou de mãos ,as escalas sociais alteraram-se profundamente , para o Bem e para o Mal.
Todavia algo ficou quase incólume, como o prova a sentença, que passados 43 anos um Tribunal da República ainda se atreve a dar.
Há uma razão essencial para o facto, até porque a geração dos juízes é outra.
Ela é simples, clara e transparente.
Todo o ritmo legislativo e politico da MUDANÇA foi regulado, vigiado e regulamentado por homens de Direito que nunca, mas nunca puseram em causa os interesses corporativos da sua classe.
Pelo contrário tomaram medidas, a mais emblemática chamada CEJ, Centro de Estudos Judiciários, que acrescentaram valor à idiossincrasia corporativa que caracteriza a classe.
Soares, Almeida Santos, Sá Carneiro, Mota Pinto, Freitas do Amaral, , Vasco da Gama Fernandes, Jorge Miranda, Vital Moreira,e dezenas e dezenas de políticos de topo eram juristas, foram eles que moldaram a Constituição e as Leis da República que hoje nos regem.
Nenhuma delas pode por cobro à enormidade que justifica esta crónica e não vislumbro energia na República para deitar mão a este descalabro.
A representação social que os agentes da Justiça têm está hoje no fim da escala e a inédita e inexplicável acção sindical de quem integra um Órgão de Soberania deixa meio mundo perplexo.
Resta-nos ter o bom senso e a sorte de nunca cair nas mãos de tais justiceiros.

Tribunal da Relação do Porto

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