por Bruno Santos
A deputada Ana Catarina Mendes, secretária-geral adjunta do Partido Socialista, não há-de ter em grande conta a inteligência dos portugueses, visto de perto e ouvido com atenção o esclarecimento supersónico que ofereceu em conferência de imprensa sobre a lei do financiamento dos partidos, aprovada às escondidas numa arrecadação da Assembleia da República, enquanto o país fazia rabanadas. Mas uma coisa podemos ter como certa: sabe ler.
Embora se reconheça que é mais fácil encomendar artigos de imprensa a desancar camaradas de partido - longe de mim sugerir que algum dia a secretária-geral adjunta tenha feito tal coisa -, o talento de Ana Catarina Mendes para explicar o inexplicável ficou muito aquém do que se exige a alguém com as suas responsabilidades, que se limitou a procurar confundir alhos com bugalhos, baralhar, dar de novo e criar premeditadamente a confusão. Tudo isto feito com o ar sério, enfadado e até um pouco arrogante, de quem acha que não tem que dar grandes explicações a jornalistas e menos ainda aos cidadãos da República.
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