por j. manuel cordeiro
Assunção Cristas fala numa conferência de imprensa sobre o financiamento dos partidos. Foto: TIAGO PETINGA/LUSA
Uma nota sobre o CDS quanto ao projecto de lei de financiamento dos partidos. Este partido participou em nove reuniões à porta fechada entre Abril e Outubro deste ano, das quais não se fez registo escrito. Nunca se ouviu Assunção Cristas, ou outra voz do partido, denunciar o que estava a ser feito. É de uma enorme hipocrisia assistir ao oportunismo com que o partido adopta o discurso de ter votado contra o projecto lei, farto de saber que a aprovação estava garantida. Haveria mérito, isso sim, se esta posição tivesse sido tornada pública durante as negociações. Ainda para mais, não sendo conhecidos os nomes dos proponentes das alterações, não podemos colocar de lado a hipótese de algumas delas terem sido apresentadas pelo próprio CDS. É o efeito do anonimato que o CDS não contestou. Tão ladrão é o que rouba como o que fica à porta - só o partido de Cristas é que parece achar que os portugueses não alcançam este truísmo.
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