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quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

TAP preocupada com atraso no novo aeroporto de Lisboa

Nuno Miguel Silva

07:35

Fernando Pinto e Humberto Pedrosa, respetivamente, CEO e acionista da companhia aérea nacional admitem a existência de constrangimentos operacionais devido ao atraso na decisão sobre o novo aeroporto internacional de Lisboa, para funcionar em complementaridade com o aeroporto Humberto Delgado.

Cristina Bernardo

Quer a administração da TAP, pela pessoa do seu CEO, Fernando Pinto, quer os seus acionistas, pelas palavras de Humberto Pedrosa, revelaram ontem uma séria preocupação sobre o atraso na decisão sobre a construção de um novo aeroporto na área da Grande Lisboa.

“Quanto à questão do novo aeroporto, da nova pista para Lisboa, tenho de reconhecer que as ‘slots’ são cada vez mais uma enorme preocupação para nós. Estamos apertados pelo nosso crescimento. O que nós precisamos é que isso aconteça num tempo razoável”, sublinhou ontem Fernadfo pinto, no almoço de Natal aberto à Comunicação Social.

Na ocasião, o CEO da TAP defendeu que “quem sofre com isto é o turismo de Portugal”.

“O problema das ‘slots’ tem sido uma realidade, principalmente depois de crescermos 20% nos passageiros, que é um milagre. A nossa preocupação é o tempo que isso vai levar. Agora, é quase uma corrida contra o tempo, essencial para nós que somos a maior empresa exportadora portuguesa”, lamentou Fernando Pinto.

O CEO da companhia aérea nacional ainda mostrou algum otimismo ao revelar: “já sei que está em fase final de aprovação a aquisição de um novo sistema de controlo de aeronaves”.

Também para Humberto Pedrosa, preside te do Grupo Barraqueiro e um dos acionistas privados da TAP, é preocupante a questão sobre a não tomada de decisão relativa ao novo aeroporto para servir a área da capital, em complementaridade com o aeroporto Humberto Delgado.

Em declarações ao Jornal Económico, Humberto Pedrosa admitiu que a não existência de um novo aeroporto de Lisboa a funcionar “dificulta o crescimento, condiciona o crescimento da TAP”.

Questionado sobre se acreditava que a decisão do Governo sobre esta matéria seria tomada a curto prazo, o presidente do Grupo Barraqueiro respondeu: “acho que sim, que a decisão há-de ter de ser rápida, porque depois da decisão, o aeroporto ainda demora pelo menos três anos a construir”.

Mesmo apesar deste constrangimento, Humberto Pedrosa acredita num bom exercício de 2018 para a TAP.

“Para mim, 2018 vai ser um ano bom para a TAP. A TAP tem tido a vantagem de ter apanhado este clima favorável da procura na Europa. Tem havido uma procura muito grande por Portugal. Acredito que o próximo ano vai ser, no mínimo, tão bom como este. Acredito até que possa ser superior”, confessa o dono da Barraqueiro.

Para Humberto Pedrosa, “uma coisa que se tem passado com esta procura crescente é que tem sido difícil à TAP manter os padrões de qualidade do serviço a que habituou os seus clientes”.

“Agora, para o próximo ano, a TAP está preparada para subir outra vez os padrões de qualidade, voltando ao que era o normal”, assegura o acionista privado da companhia aérea nacional.

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