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terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Cientistas prevêem que 2018 vai ser um ano de grandes terramotos

Por Susana Laires

22 Novembro 2017
TWC Portugal

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(Pouria Pakizeh/ISNA via AP)

É impossível prever um sismo com exatidão, mas dois geólogos apresentaram um estudo no qual afirmam que 2018 pode ser um ano de grandes terramotos. Tudo porque há anos em que a Terra abranda o seu movimento de rotação ligeiramente.

Apesar de não ser possível antever tremores de terra, os investigadores olharam para os registos sísmicos e conseguiram distinguir padrões. A nova investigação, apresentada numa reunião anual da Sociedade Geológica Americana e publicada no jornal Geophysical Research Letters, teve em conta a incidência de terramotos de magnitude 7 ou superiores desde 1900.

A equipa, formada pelos geólogos Roger Bilham e Rebecca Bendick, descobriu que maior parte dos anos há 15 sismos de grande magnitude e que têm sido mais ou menos igualmente espaçados nos últimos 117 anos. A média anual de terramotos encontra-se, no entanto, entre 25 e 30.

A dupla apercebeu-se ainda que os períodos em que a Terra tremia mais vezes correspondiam também aos anos após o período em que o planeta desacelera o seu movimento de rotação. Segundo a revista Time, muitas vezes esta redução na velocidade provoca uma subtração de um milissegundo no dia, que tem 24 horas e, para obedecer às Leis de Newton, um objeto em movimento vai tentar manter-se em movimento.

Por isto, esta pressão acaba por se propagar pelas placas tectónicas e pelas rochas. De acordo com os investigadores, demora cerca de cinco ou seis anos para a energia do núcleo passar pelas camadas superiores, onde ocorrem os sismos.

Por isso quer dizer que a partir desse momento temos cinco ou seis anos para nos prepararmos para um terramoto de grandes dimensões. Ou uma sucessão deles. A última vez que a Terra reduziu o seu movimento de rotação foi em 2011.

Até agora, os recentes terramotos que têm assolado diferentes partes do globo durante os últimos meses, parecem comprovar a teoria. No dia 19 de setembro registou-se um tremor de terra de magnitude 7,1 na Cidade do México, outro na fronteira do Iraque e do Irão no dia 12 novembro e que vitimou mais de 400 pessoas, e ainda o de Nova Caledónia, que quase chegou aos 7 na escala de Richter, no dia 19 de novembro.

A principal missão jornalística da The Weather Company é a de comunicar notícias de última hora sobre o tempo, o ambiente e a importância da ciência nas nossas vidas. Esta história não representa, necessariamente, a posição da nossa empresa-mãe, IBM.

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