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sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Coisas da ciência*

Eduardo Louro

  • 26.01.18

Resultado de imagem para cromossoma y

Não foi notícia de abertura de telejornais, nem capa de jornal. Mas foi notícia, num destes últimos dias, mesmo que possa ter passado despercebida à grande maioria das pessoas.

O título dificilmente poderia ser mais bombástico, ao dizer que “os homens vão acabar”. Logo a seguir, um subtítulo mais esclarecedor: “o sexo masculino tem os dias contados”.

Ninguém resistiria a isto. Tinha mesmo de se ler tudo. Falava de um estudo de investigadores da Universidade de Kent, no Reino Unido. Novo, novinho em folha, que conclui que está a ocorrer de forma notória uma crescente falta do cromossoma y. Que, como se sabe, é o que contém a genética masculina.

Não ficavam dúvidas a estes cientistas: se o cromossoma está a desaparecer, e se é dele que se fazem homens, os homens vão desaparecer. Até aqui, percebia-se. Não se percebia bem era como é que, desaparecendo os homens, não desapareceriam também as mulheres.

Era preciso chegar mesmo ao fim da notícia. No fim, bem no fim, lá estava a explicação que faltava: o estudo revelava que é um processo que vai demorar 4 milhões e meio de anos!

Notável!

Estes cientistas são fantásticos, as conclusões a que são capazes de chegar. Daqui a 4 milhões e meio de anos, não há mais cromossomas y. Por isso é que eles nem se preocuparam com as mulheres. Nem com ninguém que os possa desmentir!

Têm cada uma, estes cientistas…

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