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quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Em segunda mão ou com mão escondida

Novo artigo em Aventar


por j. manuel cordeiro

O PSD prepara-se para oferecer ao país uma de duas escolhas. A primeira é a possibilidade de ter um candidato a primeiro-ministro em segunda mão. A outra é a deste ser alguém que traz uma agenda de desregulação na mão escondida atrás das costas.

Na entrevista evocada por esta imagem, Rui Rio apontou a segurança social como exemplo de direito não sustentável. Se é um direito, pode ser recusado? E o buraco da banca, foi um direito? Quanta insustentabilidade não se resume a pagar a factura do BPN, do BES e do BANIF?

Rui Rio é isto. Sobre Santana Lopes, este é o sujeito que quer pegar nos 200 milhões de saldo da Misericórdia e estoirá-los num banco. Parece que Costa acha boa ideia. Enfim, estão bem um para o outro. A questão aqui não é só a natureza do "investimento". É também, e sobretudo, porque é que a Santa Casa tem 200 milhões de euros no banco e não os está a gastar onde é suposto, nomeadamente no apoio a quem precise. Santana Lopes é esta figura errante, das trapalhadas enquanto primeiro-ministro, das quais a censura ao actual Presidente da República foi só uma delas, que ainda não digeriu a azia de 2004.

Estes confrontos entre Rio e Santana Lopes, aos quais há quem chame debates, têm tido, porém, a virtude de evidenciar os esqueletos que cada um tem no armário.

Parece que o melhor que o partido tem para oferecer é um FDP (fanático dos popós) e uma má moeda. Estamos falados quanto a projectos para o país.

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