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terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Entre as brumas da memória


Com Rui Rio a “geringonça” tem de mudar

Posted: 23 Jan 2018 02:03 PM PST

Daniel Oliveira no Expresso diário de 23.01.2018:

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23.01.1928 – Jeanne Moreau faria hoje 90

Posted: 23 Jan 2018 10:02 AM PST

Jeanne Moreau morreu há poucos meses, em 31 de Julho do ano passado. Com uma carreira muito longa de actriz, realizadora e cantora, iniciada em 1950, e uma filmografia impressionante com cerca de 130 nomes listados, Jeanne Moreau faria hoje 90 anos. Trabalhou com uma lista notável de realizadores, entre os quais Luis Buñuel, Wim Wenders, Michelangelo Antonioni, Orson Welles, François Truffaut, Louis Malle, etc., etc. (Há muita informação disponível na sua página oficial.)

A recordar a sua participação em Gebo et l’Ombre, de Manoel de Oliveira (2012), onde faz o papel de Candidinha.

Momentos inesquecíveis? Entre outros, Le Tourbillon, em Jules et Jim de François Truffaut:
Aqui, num belíssimo duo com Maria Betânia:
A ver, esta entrevista:
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Não é anedota, não

Posted: 23 Jan 2018 06:56 AM PST

Tribunal pede que morto seja alvo de perícia médico-legal psiquiátrica.

«Obviamente, não é possível» – respondeu a psiquiatra que até conheço pessoalmente. No seu lugar, eu teria dito:«Não sei se consigo, mas vou tentar».

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Frankenstein em Davos

Posted: 23 Jan 2018 02:57 AM PST

«Frankenstein saiu do mundo das trevas há 200 anos. A novela de Mary Shelley, fruto de um pedido feito por Lorde Byron em 1816 aos seus convidados presentes na vila que tinha junto ao lago de Genebra na Suíça, tornou-se um símbolo sobre os perigos do progresso científico sem limites. Que hoje poderíamos reinterpretar na antecâmara da inteligência artificial sem fronteiras éticas. Frankenstein é um fantasma alimentado pela electricidade. Aprende a falar e a comportar-se como os seres humanos, mas isso não é suficiente para que faça parte da comunidade destes. Donald Trump é o Frankenstein destes tempos modernos. Num mundo global, ele é o intérprete de todos os fantasmas que queremos esconder. Por isso a sua presença em Davos, a Ágora ateniense dos profetas da globalização, é uma última esperança. O seu discurso está previsto para dia 26 e será tão aguardado como foi o de Xi Jinping, no ano passado. Mas se este se tornou o símbolo da globalização, do Trump do "America First", há pouco a esperar.

Davos, este ano, tem como tema "construir um futuro comum num mundo fracturado". Trump é um empresário da construção, mas o seu maior objectivo parece ser não deixar pedra sobre pedra do passado. Em Davos, quer descobrir-se um novo equilíbrio a que se chamaria "globalização equitativa". Trump deseja o contrário: uma economia concentrada nos desejos de uma minoria sem referências culturais, sociais ou éticas. Gerida por um grupo de cúmplices que usam o populismo como álibi democrático. Não deixa de ser curioso que, há dias, Edward T. McMullen, embaixador dos EUA na Suíça, tenha dito ao Le Temps: "Trump não é um político, não o quer ser e nunca o será." Está tudo dito. McMullen dirigiu a campanha das primárias de Trump na Carolina do Sul e foi presenteado com este cargo. Davos não é muito longe de Genebra. Mas o mundo de Byron e de Mary Shelley é muito diferente do de Trump e dos seus acólitos. Os primeiros queriam compreender o mundo. Trump quer que o mundo seja o seu reflexo. Nem Davos mudará isso.»

Fernando Sobral

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