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segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Fogueira com ele, para o bem comum

por vitorcunha

Eu sempre fui contra a inclusão no Blasfémias de realistas, pragmáticos e, no geral, de pessoas que passam a vida a antecipar consequências para as coisas. A opinião publicada deve basear-se em dizermos algo que nos faz sentir bem, pela procura do calor humano e da empatia por pessoas que, como nós, sonham com a transformação do mundo num paraíso terrestre sem interferência de reaccionários conformados com a condição humana.

Sou totalmente a favor do RBI, não necessariamente para mim, que o aceito só para não fazer a desfeita a quem sonha o mundo, mas para os meus filhos, que, como estão em idade escolar, escusam de perpetuar a diferenciação do Homem pelo Homem através de “mérito” escolar (entre aspas, já que baseado puramente em critérios economicistas como desempenho em exames e não no potencial de emoção subjectivo que seriam capazes de alcançar sem a opressão destes).

Também sempre quis escrever um poema épico sem rimas sobre a inexistência de assédio homossexual, o que só provará, para as pessoas eruditas que lerem os cinco volumes, que os homens só oprimem mulheres, nunca outros homens, tornando óbvio que o lesbianismo é a única opção viável para qualquer mulher de Bem, e tal só me parece possível, pelo menos a parte de transformar a obra numa opera circense e itinerante por todos os concelhos do país e além-mar, algo que me parece indispensável para a sua divulgação, se não andar a perder tempo com o enriquecimento ilícito de empresários que me escravizam para seu próprio benefício.

Assim sendo, junto-me à Helena na denúncia deste artigo tão despudoradamente insultuoso para a opinião livre de pessoas que sonham com um mundo bom.

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