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terça-feira, 2 de janeiro de 2018

O ESTRANHO CASO DOS SUCESSIVOS FALHANÇOS DAS “ PRIMAVERAS ÁRABES”.

Rodrigo Sousa Castro
37 min ·
Foto de Rodrigo Sousa Castro.

Em todos os países árabes ou de confissão muçulmana, onde se tentaram mudanças de regime em ordem á abertura politica e á construção da democracia elas falharam rotundamente.
Milhões de refugiados, centenas de milhares de mortos, países transformados em sociedades párias, casos em que os exemplos são infelizmente abundantes, Iraque, Síria, Afeganistão, Iémen , Somália, ou no melhor dos casos em ditaduras sangrentas como no caso do Egipto e Turquia.
Estamos então perante a evidência de que a procura e luta por um BEM MAIOR, tem levado sem excepção a um MAL MAIOR.
Não resisto a recordar que em 1973 o movimento dos capitães teve pronto um plano de golpe militar, com o apoio do Rgimento de páraquedistas de Tancos e das unidades de artilharia da Região Militar de Lisboa. Fausto Marques o comandante dos paraquedistas era um entusiasta de Kaúlza de Arriaga e o coronel Frade Júnior que intermediou as conversações entre Kaúlza e os capitães deixou claro que o derruba da ditadura de Caetano era para instaurar uma ditadura militar e reequipar as Forças Armadas para melhor combaterem em África.
Tal golpe levaria inexoravelmente a um enorme banho de sangue e poderia acabar numa ditadura ainda mais férrea e corrupta..
Perante esta evidência os jovens capitães fizeram aquilo que é hoje historicamente conhecido, abortaram o golpe e esperaram por melhores dias.
Eis um exemplo de como, não é licito em nome de um BEM MAIOR ( derrube de uma ditadura) implantar um MAL MAIOR( destruição de um País).
É claro que estas considerações não comovem os “ terroristas” que estão por detrás destas primaveras ; serviços secretos, multinacionais e os interessados do costume. Mas que gente com responsabilidade no pensamento politico ou na informação da população não enxergue o óbvio, não me desgosta, mas lembra-me bem ao serviço e de que lado decidiram estar.


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