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quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Os 12 melhores locais para visitar em Guimarães

por admin

“Aqui nasceu Portugal.” Esta frase, gravada num pedaço das muralhas medievais que restam no bem tratado centro histórico de Guimarães, que é um dos lugares mais fotografados do país, demonstra plenamente que estamos em uma das cidades históricas mais importantes de Portugal. Associado à formação e identidade de Portugal, o centro histórico de Guimarães, na zona que ficava dentro de muralhas, foi classificado Património Mundial pela UNESCO com base nos valores de originalidade e autenticidade com que foi recuperado.

GuimarãesGuimarães

A cidade ainda hoje possui um conjunto patrimonial harmonioso e preservado que se mostra em graciosas varandas de ferro, balcões e alpendres de granito, casas senhoriais, arcos que ligam ruas estreitas, lajes do chão alisadas pelo tempo, torres e claustros. Por momentos imaginamo-nos num cenário medieval, onde a nobreza foi construindo as suas moradias como a casa Mota Prego, o Palácio de Vila Flor, do Toural e tantos outros que dão a Guimarães uma atmosfera única. Visitar Guimarães é regressar ao passado e sentir o local e as ruas onde Portugal nasceu.

GuimarãesGuimarães

Guimarães é uma cidade com um passado histórico glorioso. A sua história relaciona-se com a fundação da identidade nacional e a língua portuguesa, no século XII. A cidade tem preservado o seu ilustre passado como cidade natal de Dom Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal e nascido em 1110. Também neste mesmo local, o rei deu início à principal ofensiva de reconquista contra os mouros.

Guimarães dispõe de um impressionante centro histórico com uma arquitectura exclusiva, com um labirinto de ruelas e praças pitorescas rodeadas de edifícios medievais. Todo o centro histórico foi classificado como “Bem Único” pela UNESCO em 2001 e assim incluído na lista de bens do Património Mundial.

GuimarãesCastelo de Guimarães

Mas esta cidade não se destaca apenas pelos seus tesouros históricos: é também lar de museus, praças repletas de cafés e restaurantes com um ambiente extraordinário. Além do mais, Guimarães é “A Cidade Universitária” e os seus estudantes dão vida a toda a zona. Especialmente no mês de Agosto durante a celebração das “Festas da Cidade e Gualterianas” onde se prepara uma antiga feira com danças populares, concertos de rock, fogo-de-artifício, desfiles e touradas.

A cidade também adquire uma atmosfera especial durante a “Feira Afonsina”: feira medieval que deverá ocorrer em junho. Em Novembro, ocorre um dos maiores festivais de Jazz do país e tem duração de três semanas. Alguns locais de passagem obrigatória para quem está de visita à cidade são: Paços dos Duques de Bragança, Castelo de Guimarães, Igreja de São Miguel do Castelo, Praça São Tiago, Jardins do Palácio de Vila Flor, Igreja de Nossa Senhora da Oliveira, Igreja de São Francisco, Igreja de São Gualter, Museu Alberto Sampaio, Museu Arqueológico Martins Sarmento. Descubra os 12 melhores locais para visitar em Guimarães!

1. Castelo de Guimarães

O Castelo de Guimarães, situado no Monte Largo - “alpis latitus” no latim de documentos da época - evoca o misto de lenda e heroísmo que envolve o início da História de Portugal. Mumadona, condessa galega, mandou construir neste local, cerca do ano 968, um castelo onde a população se pudesse refugiar dos constantes assaltos de hordas de vikings, vindos dos mares do norte da Europa e dos muçulmanos que acorriam dos territórios que ocupavam a sul. Quando o Conde Henrique recebeu de seu sogro, Afonso VI de Leão, o governo da província portucalense, mandou construir outra edificação mais ampla e sólida, que constituiu o início do importante conjunto defensivo que vemos hoje, dominado pela torre de menagem. Embora o facto não esteja documentado, é provável que o edifício que se encontra encostado à parte interna da muralha norte tenha sido a morada do Conde D. Henrique e local do nascimento de seu filho Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal.

Castelo de Guimarães

Ao castelo, liga-se a história militar da fundação do reino nos diversos combates em que Afonso Henriques defrontou em 1127 seu primo Afonso VII, rei de Leão. Liga-se também à abnegação de seu aio, Egas Moniz, que se ofereceu para fiador da palavra do infante quando este, vendo que não conseguia vencer o cerco de Afonso VII, prometeu constituir-se seu vassalo, tendo renegado a promessa ao sair-se vencedor. Até finais do séc. XIV no castelo de Guimarães protagonizaram-se heróicos combates para a defesa da integridade do jovem reino de Portugal, abalado por questões dinásticas com Castela que tornavam vulnerável a sua independência. Com o nascimento das novas armas de artilharia, o castelo de Guimarães, como tantos outros, conheceu o início do fim das suas glórias. Abandonado à incúria do tempo e dos homens, veio a ser cuidadosamente restaurado na sua original grandiosidade e beleza, na primeira metade do séc. XX.

2. Paço dos Duques de Bragança

O Palácio dos Duques de Bragança eleva-se sob o centro histórico de Guimarães, no Norte de Portugal. Construído no século VX, sob as ordens de D. Afonso (filho ilegítimo de D. João e Dona Inês Pires Esteves), 1º Duque da Casa de Bragança e 8º Conde de Barcelos. As suas torres e chaminés cilíndricas em tijoleira destacam-se sobre quase qualquer ponto de vista do centro histórico.

Paço dos Duques de BragançaPaço dos Duques de Bragança

O palácio sofreu uma intensa deterioração durante alguns séculos, pois a soberana família que lá residia mudou-se para Vila Viçosa, no Alentejo; no entanto foi incrivelmente restaurado para ser utilizado como residência presidencial de Salazar. Actualmente ainda conserva muitas das suas relíquias originais. Ao visitar o palácio poderá visitar muitos dos seus quartos e observar as suas tapeçarias flamengas e armas antigas (séculos XV e XVI). Ainda dentro do palácio, poderá contemplar uma capela com vitrais deslumbrantes.

3. Centro Histórico

Nesta terra teria nascido em 1109, segundo a lenda, o primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques, numa altura em que Guimarães era um pequeno aglomerado urbano medieval protegido por um castelo de pedra e madeira. O aglomerado urbano intramuros foi-se bipolarizando durante toda a Idade Média, para se estabilizar e homogeneizar no século XVIII. E não pode haver melhor forma de apreciar uma cidade antiga senão entendê-la como um "conjunto" sedimentado no tempo. De facto, mais do que de monumentalidade, em Guimarães pode falar-se de uma "atmosfera" criada pela rudeza sombria do granito, contrastando com as cores vivas dos rebocos.

GuimarãesGuimarães

Essa atmosfera é marcada por monumentos emblemáticos para a história de Portugal – ao ponto de Guimarães se ter tornado num dos maiores "lugares de memória" nacionais – como sejam o Castelo (século XII-XIII) e o Paço dos Duques de Bragança (século XV). No século XXI, Guimarães ganhou dimensão e acrescentou novos espaços e equipamentos culturais, apresenta uma agenda cultural forte e contemporânea e propõe aos habitantes e visitantes experiências únicas e surpreendentes. Guimarães combina de forma harmoniosa e única a memória e a tradição com a abertura ao outro, o cosmopolitismo e a contemporaneidade.

4. Citânia de Briteiros

A partir do segundo milénio a.C. o noroeste da Península Ibérica foi povoado por comunidades humanas organizadas em tribos que habitavam locais elevados a que se deu o nome de "castros". Pela semelhança do povoamento edificado em vários pontos diferentes, pode-se dizer que se desenvolveu nesta zona, do Minho português à Galiza e Astúrias espanholas, uma "cultura castrense" que atingiu o seu apogeu no séc. II a.C., e da qual a Citânia de Briteiros constitui um dos exemplos mais significativos. O facto de estas citânias se localizarem em pontos altos do território permitia às populações defenderem-se melhor dos intrusos e observarem os movimentos estranhos à comunidade, o que explica que, apesar da romanização, alguns só tenham desaparecido do séc. V d.C., altura em que a Península foi invadida por povos do norte da Europa.

Citânia de Briteiros

Situada a poucos quilómetros de Guimarães, no alto do monte de São Romão sobre o magnífico vale do rio Ave, a Citânia de Briteiros, surpreenderá o visitante, quer pela sua beleza cénica, quer pelos vestígios deixados por estes nossos antepassados da proto-história. No local são bem visíveis os traços ainda incipientes da organização de uma "cidade", nos arruamentos protegidos por um conjunto de muralhas, dentro da qual se abrigavam as habitações de planta circular ou rectangular dispostas por vezes em pequenos "quarteirões", incluindo guaridas para o gado. Um dos monumentos mais significativos existentes na Citânia foi descoberto em 1930, quando se procedia à abertura da estrada que conduz ao monte. Trata-se de um forno crematório onde a fachada da fornalha é constituída por uma estela pentagonal que mostra a incisão de duas suásticas de braços curvos, com uma abertura em hemicíclo destinado à passagem do corpo.

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