Translate

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Sondagem: PS soma e segue, PSD não consegue recuperar

por estatuadesal

(Mariana Lima Cunha, In Expresso Diário, 19/01/2018)

SONDA1

Todos os indicadores são positivos para Costa e o seu Governo. A distância em relação ao PSD aumenta.


SONDA2

Se as eleições legislativas acontecessem hoje, os portugueses reforçariam a confiança no PS e seriam cada vez menos os que votariam no PSD. As conclusões são do barómetro da Eurosondagem de janeiro para o Expresso e a SIC e voltam a colocar o PS, com 41,3% das intenções de voto, acima dos 40% – uma fasquia que os socialistas conseguem segurar desde junho – e o PSD, com 26,9% das intenções de voto, de novo abaixo dos 30% – uma barreira que os sociais-democratas não ultrapassam desde janeiro. Isto significa que neste momento o PS já leva 14,4 pontos percentuais de vantagem sobre o PSD, e a tendência é de continuar a aumentar a distância.

O inquérito foi feito entre os dias 14 e 17 de janeiro, ou seja, arrancou no domingo, o dia imediatamente a seguir à vitória de Rui Rio como novo presidente do PSD, podendo por isso ainda não refletir a mudança que, do ponto de vista formal, já ocorreu neste partido. Rio só iniciará em pleno funções após o congresso, marcado para 16 a 18 de fevereiro.

SONDA3

A sondagem coloca os socialistas em boa posição em todas as frentes: não só o PS soma pontos nas intenções de voto, como a popularidade do Governo sobe (com mais oito décimas em relação ao barómetro de dezembro) e a de António Costa também (mais nove décimas). Do outro lado da barricada, o PSD desce mas parece que Passos ganha pontos com a discrição que tem mantido desde que anunciou que não se recandidataria à liderança do partido: desta vez, tal como já tinha acontecido no mês anterior, volta a ser o líder partidário com uma subida de popularidade mais significativa (1,9 pontos).

SONDA4

Parceiros de geringonça não colhem frutos

Se as notícias são boas para Costa, o mesmo não se pode dizer dos parceiros de geringonça, que não parecem estar a recolher da mesma forma os bons frutos desta legislatura: tanto BE como PCP descem nas intenções de voto de forma residual, mas também a popularidade dos seus líderes fica mais baixa (Catarina Martins regista a maior queda, com uma variação negativa de 1,3 pontos, e Jerónimo de Sousa segue-se, com menos 0,8). Já o CDS e Assunção Cristas – os únicos que, a par do PAN, ficaram este mês à margem da polémica do financiamento dos partidos – conseguem subir nas intenções de voto e na popularidade.

Foi também a propósito do financiamento dos partidos que Marcelo se pronunciou no início deste mês, logo após a mensagem de Ano Novo – e acabou mesmo por vetar a polémica lei que previa a isenção de IVA para os partidos. E, sem surpresas, de novo Marcelo continua invencível no que toca à popularidade, sendo que não só sobe como se mantém como a figura que merece maior aprovação da parte dos portugueses.


FICHA TÉCNICA DA SONDAGEM

Estudo de opinião efetuado pela Eurosondagem S.A. para o Expresso e SIC, de 14 a 17 de Janeiro de 2018. Entrevistas telefónicas, realizadas por entrevistadores selecionados e supervisionados. O universo é a população com 18 anos ou mais, residente em Portugal Continental e habitando lares com telefone da rede fixa. A amostra foi estratificada por região: Norte (20,4%) — A.M. do Porto (13,7%); Centro (29,2% — A.M. de Lisboa (27,3%) e Sul (9,4%), num total de 1018 entrevistas validadas. Foram efetuadas 1158 tentativas de entrevistas e 169 (14,2%) não aceitaram colaborar neste estudo. A escolha do lar foi aleatória nas listas telefónicas e o entrevistado, em cada agregado familiar, o elemento que fez anos há menos tempo, e desta forma resultou, em termos de sexo: feminino — 50,9%; masculino — 49,1% e, no que concerne à faixa etária, dos 18 aos 30 anos — 18,5%; dos 31 aos 59 — 50,3%; com 60 anos ou mais — 31,2%. O erro máximo da amostra é de 3,07%, para um grau de probabilidade de 95%. Um exemplar deste estudo de opinião está depositado na Entidade Reguladora para a Comunicação Social.

Sem comentários:

Enviar um comentário