Novo artigo em Aventar
por Bruno Santos
Segundo dá hoje nota a comunicação social, as autarquias das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto pretendem “gerir” os Centros de Saúde.
Parece que esta, e outras propostas de originalidade equivalente, fazem parte de um “pacote de descentralização” que o presidente da Área Metropolitana do Porto e da Câmara de Gaia irá apresentar ao Primeiro-Ministro.
Vítor Rodrigues diz, por exemplo, que se deve optar, no caso dos Centros de Saúde, por aquilo a que ele chama uma “gestão municipal de valências”, pretendendo “intervir nos horários dos centros de saúde”, mantendo-os abertos até à meia-noite pois, segundo as suas palavras, “quem trabalha não consegue ir fora do horário laboral”. Se o presidente da Câmara de Gaia - e da Área Metropolitana do Porto - impede os seus funcionários municipais de acederem a cuidados de saúde em horário laboral, esse é mais um problema de Vítor Rodrigues com a Justiça, pois a lei ainda garante a qualquer trabalhador o direito de ir ao médico, seja a que horas for, uma vez que a doença, ou o seu tratamento, não se regulam pelo horário de expediente das Câmaras Municipais nem pelos princípios morais de patrões ou dirigentes que fazem do assédio laboral o seu principal instrumento de persuasão.
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