Posted: 13 Mar 2018 12:38 PM PDT
Noam Chomsky: “As pessoas já não acreditam nos factos”.
«P. Ainda tem esperanças?
R. Claro que há esperança. Ainda há movimentos populares, gente disposta a lutar… As oportunidades estão aí, a questão é se somos capazes de aproveitá-las.»
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13.03.2010 - O dia em que Jean Ferrat se calou
Posted: 13 Mar 2018 09:32 AM PDT
Jean Ferrat foi um dos grandes franceses da canção e já passaram oito anos desde que se foi embora, em 13 de Março de 2010. Depois de Léo Ferré, Georges Brassens, Jacques Brel e alguns outros.
Representante típico de gerações de intérpretes politicamente comprometidos, para sempre ligado a Nuit et Brouillard e a tantos outros títulos, o eterno compagnon de route do Partido Comunista Francês, que não hesitou em denunciar a invasão de Praga em 1968:
Duas recordações, que ficarão para sempre.
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Posted: 13 Mar 2018 04:20 AM PDT
«Maquiavel considerava que um príncipe nunca deveria fazer uma aliança com alguém mais poderoso do que ele. Porque assim, em caso de vitória, acabaria inevitavelmente como prisioneiro do seu aliado.
Rui Rio e Assunção Cristas devem tê-lo lido porque, nos últimos dias, estiveram entretidos a tentar demonstrar que serão os melhores "chefs" da gastronomia política nacional. Ambos sabem que, para serem califas no lugar do califa António Costa, terão de conspirar contra este, como fez Iznogoud, mas também um contra o outro. Para ver quem é o Mister ou Miss Músculo do centro/direita nacional. Assunção Cristas tem ideias, mas parte de um número de votos pequeno para conquistar o Evereste, e Rui Rio tem o apesar de tudo sólido volume eleitoral do PSD, mas faltam-lhe ideias. Para já Cristas e Rio vão clamando, para quem os quer ouvir, que são os melhores candidatos a primeiro-ministro. No Congresso em Lamego, onde foi entronizada e afastou a sombra de Paulo Portas, Cristas disse mesmo que: "Não há impossíveis." Claro que existem, mas na política é bom não acreditar que o Pai Natal é uma figura de ficção.
Os tristes não ganham eleições. Por isso, o Congresso do CDS foi, por momentos, uma espécie de Ibiza das "balearic beats". Assunção Cristas convenceu os congressistas que é possível conquistar o mundo, agrupar a direita e o centro à volta do CDS e, claro, ultrapassar o PSD. Por isso não quer listas conjuntas: há que medir músculos. E apostar na maleabilidade do CDS perante um PSD que parece neste momento um elefante numa sala de porcelana. Nikesh Arora dizia que: "A competência no futuro não será entre grandes e pequenos, mas entre rápidos e lentos." Ou seja, um pequeno rápido (o CDS) pode ganhar a um grande lento (o PSD). Derrotar o PS virá depois. Abriu a época de caça para saber quem, entre o centro e a direita, pode ser o líder da alternativa a António Costa. No Parlamento e no espaço público, o CDS já ganhou a contenda. Resta saber o que dirão os votos.»
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Posted: 12 Mar 2018 03:12 PM PDT
UE: a desafetação das pessoas (Manuel Carvalho Da Silva)
«Eduardo Lourenço, grande ensaísta, professor e filósofo tem dito que a Europa que hoje referenciamos como União Europeia (UE) nasceu e viveu, até à queda do Muro de Berlim ou até 1991, como "um projeto político entre parêntesis" com os Estados Unidos da América de um lado e a União Soviética do outro. Quando esta desapareceu, o projeto ficou ainda mais encostado ao outro parêntesis, mas à deriva no seu todo e com os seus grandes atores políticos desorientados. Essa desorientação agravou-se face a alterações de poderes à escala global e ao reforço do neoliberalismo.»
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