07 Março 2018
João Francisco Gomes
Recém-nomeado embaixador, José Bettencourt é das figuras mais influentes em Roma. Chefe de protocolo do Papa, preparou em 8 dias o encontro de Shimon Peres com Mahmoud Abbas, recebeu Trump e Marcelo.
Nos últimos seis anos, sempre que um chefe de Estado ou de Governo chegava ao Vaticano para um encontro diplomático com o Papa Francisco, a primeira pessoa com quem se encontrava era, invariavelmente, um português. José Avelino Bettencourt, nascido na ilha de São Jorge, nos Açores, é desde 2012 o chefe do protocolo da Santa Sé, sendo por isso o mais alto responsável pela preparação dos encontros diplomáticos do líder da Igreja Católica — e um dos portugueses mais influentes do Vaticano.
Foi ele, portanto, quem preparou o encontro do Papa com Marcelo Rebelo de Sousa em 2016 — a primeira visita de Estado do Presidente da República — mas também os encontros de Francisco com Barack Obama, Donald Trump, Angela Merkel e a rainha Isabel II, a visita do Papa a Jerusalém e ainda o maior desafio diplomático do pontificado de Francisco, o histórico encontro entre Shimon Peres eMahmoud Abbas nos jardins do Vaticano, que foi preparado em apenas oito dias. Apesar da dimensão do desafio diário, Bettencourt admite que não há nenhuma fórmula para preparar um encontro diplomático papal. “São poucas ou mesmo nenhumas as indicações que se dá a quem vai encontrar o Papa”, explica ao Observador a partir do Vaticano.
José Avelino Bettencourt chegou longe, mas sempre sem esconder a vontade de voltar a ser um simples pároco. Porém, o Papa Francisco trocou-lhe a voltas. Chamou-o, e, “com um brilho nos olhos e um sorriso como quem brincava com a situação”, como descreve Bettencourt ao Observador, disse-lhe: “Vai-te preparando“. O alerta estava dado. “Com muito afeto e amizade, mostrando o seu apoio e a sua amizade, disse-me que me preparasse para a nova missão que me esperava”, conta.
Esta semana, soube-se publicamente qual era a nova missão. O papa Francisco nomeou Bettencourt para o posto de Núncio Apostólico — ou seja, embaixador do Vaticano — e elevou-o à dignidade de arcebispo. “Em breve”, garantiu ao Observador o novo embaixador, irá abandonar Roma, onde desde 2003 serve como chefe de protocolo da Santa Sé, para representar diplomaticamente o Vaticano na Arménia. Bettencourt torna-se assim o segundo português a ocupar o posto de Núncio Apostólico, o mais elevado da carreira diplomática do Vaticano, depois do cardeal Manuel Monteiro de Castro, que exerceu funções em Antígua e Barbuda, El Salvador, Honduras, África do Sul, Lesoto e Espanha. Em simultâneo, será ordenado bispo, numa celebração a 19 de março, dia em que se completam cinco anos da inauguração do pontificado de Francisco.
José Avelino Bettencourt não despiu a pele de conselheiro de nunciatura (o seu anterior título diplomático, equivalente a conselheiro de embaixada) quando, ainda antes da nomeação, falou ao Observador sobre a sua vida como colaborador próximo do Papa. Nem para falar dos próprios papas, em particular sobre os dois que serviu. “Cada um deles tem o seu carisma particular, e a seu modo, são duas personalidades que estimulam a refletir sobre a essência do Cristianismo e como viver e propor nos dias de hoje”, responde, quando lhe perguntamos sobre as diferenças em termos de respeito pelo protocolo entre Bento XVI — que o nomeou para o cargo — e Francisco — que, admite, “gosta da espontaneidade”.
José Avelino Bettencourt a receber a rainha de Inglaterra, Isabel II, no Vaticano, para um encontro com o Papa (DR)
Em 2013, Cavaco Silva condecorou-o com a Ordem Militar de Cristo, pela sua “competência, lealdade e dedicação”. Mesmo tendo vivido a maior parte da sua vida no Canadá, para onde a sua família emigrou, e em Itália, afirma com frequência “a sua qualidade de cidadão português” e quer “manter uma viva ligação a Portugal”, disse na ocasião o Presidente da República. “Para mim, como sacerdote português, foi um momento verdadeiramente memorável e profundamente simbólico”, lembra hoje Bettencourt.
“Não é todos os dias que uma pessoa se encontra com o papa Francisco”
Como o Papa, José Avelino Bettencourt levanta-se todos os dias bem cedo. Às sete da manhã celebra a missa matinal e às oito horas já está a trabalhar na Secretaria de Estado, onde se ocupa a cuidar das complexas relações diplomáticas que a Santa Sé estabelece com 185 países. Entre os compromissos que preenchem um dia normal de trabalho no departamento do protocolo do Vaticano — composto apenas por sete pessoas — estão as frequentes reuniões com delegações estrangeiras, os cumprimentos aos embaixadores que acabam de chegar a Roma ou o agendamento das audiências privadas do Papa.
PABLO MARTINEZ MONSIVAIS/AFP/Getty Images
“A cortesia é o primeiro passo da caridade”, defende Bettencourt, dizendo-se “consciente de que os serviços protocolares são frequentemente o primeiro contacto que os governos estabelecem com a Santa Sé”. “Estes passos são importantíssimos, porque são os que ficam na memória dos nossos interlocutores”, destaca. O grande desafio do serviço de protocolo do Vaticano, garante o seu responsável, é garantir que o acolhimento das entidades estrangeiras “seja sempre fiel à melhor tradição do Cristianismo e ao mesmo tempo consiga ir ao encontro de expressões culturais concretas e muito específicas”.
Como o novo arcebispo admite, “não é todos os dias que uma pessoa se encontra com o papa Francisco”, pelo que os momentos antes de um encontro com o líder da Igreja Católica podem ser de nervosismo, mesmo quando se trata de uma figura habituada a encontros de alto nível. É aí que entra o serviço de protocolo. “É importante que todos os interlocutores, mesmo os intermediários, sintam confiança e segurança de que o que vai suceder durante a visita corresponda ao previamente acordado”, explica o responsável do protocolo, sublinhando que se procura “criar um ambiente familiar para minimizar qualquer natural tensão ou nervosismo”.
Papa Francisco “gosta da espontaneidade”, mas respeita o protocolo
A resignação de Bento XVI e a eleição de Francisco trouxeram uma mudança significativa na imagem externa da Igreja Católica. Tornou-se banal ver o Papa a contornar as regras habituais, a sair de cortejos para cumprimentar fiéis, a passear por Roma quase sem seguranças para comprar óculos ou a telefonar a doentes internados em hospitais. Francisco recusou o luxuoso apartamento papal e ficou a residir na casa de Santa Marta, onde vive grande parte do séquito papal e onde ficam alojados os cardeais que visitam a Santa Sé.
Mesmo que, no que toca à doutrina, nada tenha mudado nos últimos cinco anos, a verdade é que a forma como a Igreja é olhada — sobretudo pelos não católicos — mudou substancialmente com a eleição do papa Francisco. Sobretudo devido às constantes quebras de protocolo, que ajudaram a construir a imagem de um Papa mais próximo das pessoas, menos fechado na sacristia e mais aberto à diferença.
Nomeado chefe de protocolo do Vaticano em 2012 pelo papa Bento XVI, José Avelino Bettencourt liderou a organização da cerimónia de inauguração do pontificado de Francisco (DR)
Facilmente se imaginaria, por isso, que a frequência com que Francisco fura as regras fosse motivo de grandes dores de cabeça a quem trata de garantir que o protocolo é cumprido. Mas José Avelino Bettencourt garante que o Papa respeita escrupulosamente as normas protocolares. “Temos que ver qual é o contexto a que nos referimos. Quando o papa Francisco está com as pessoas em geral, ele sente-se muito à vontade e livre, enquanto nas visitas de chefes de Estado há um protocolo que garante dignidade e adaptabilidade às características de cada delegação”, sublinha.
“Creio que os imprevistos ocorrem mais quando o papa Francisco está com as pessoas na praça, nas audiências, nas visitas pastorais”, considera o responsável do protocolo do Vaticano. Bettencourt admite, porém, que a espontaneidade de Francisco também ajudou a tornar mais descontraído o ambiente das visitas de Estado. “São muito espontâneas as reações dos fiéis e dos visitantes”, explica Bettencourt, assegurando que “o papa Francisco gosta da espontaneidade”, mas que “tem uma excelente capacidade de adaptação e de resposta conforme as circunstâncias exigem”.
"Quando o papa Francisco está com as pessoas em geral, ele sente-se muito à vontade e livre, enquanto nas visitas de chefes de Estado há um protocolo que garante dignidade e adaptabilidade às características de cada delegação"
D. José Avelino Bettencourt, chefe de protocolo do Vaticano
“O papa Francisco conseguiu inspirar e motivar católicos e não católicos. A nível da agenda internacional, conseguiu colocar como prioritários temas como o sentido da responsabilidade e da solidariedade para com os refugiados, como a pobreza vivida pelo mundo, o diálogo e a paz”, destaca Bettencourt, sublinhando que “nem todos os que se encontram com o Papa são católicos ou crentes”. “Isso também contribui para que cada encontro tenha muitas condicionantes e resultados diferentes”, explica o chefe do protocolo da Santa Sé.
O encontro entre Shimon Peres e Mahmoud Abbas preparado em oito dias
As pequenas visitas de Estado individuais, preparadas durante várias semanas através de reuniões prévias com representantes dos vários países para estabelecer a agenda do encontro, são o menor dos desafios para o protocolo do Vaticano. O maior terá sido mesmo há cinco anos, nos meses de fevereiro e março de 2013. Com a resignação do Papa Bento XVI e as cerimónias de inauguração do pontificado do papa Francisco, trabalhou-se a um ritmo elevado nos corredores da Santa Sé: só para a ocasião, deslocaram-se ao Vaticano cerca de 140 delegaçõesdiplomáticas, vindas de todo o mundo, incluindo 40 chefes de Estado e de Governo.
José Avelino Bettencourt e a equipa do protocolo da Santa Sé tiveram apenas uma semana para preparar o encontro histórico entre o presidente de Israel, Shimon Peres, e o líder da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, nos jardins do Vaticano, resultado de um convite direto que o Papa fez aos dois líderes em Jerusalém
“Nessa altura houve uma enorme pressão para agendar audiências entre os chefes de Estado e de Governo e o papa Francisco”, lembra Bettencourt. O sacerdote português era chefe de protocolo há poucos meses e aquele foi o seu primeiro grande desafio, com reuniões preparatórias com as delegações a estenderem-se frequentemente até às três da manhã. Desse momento, Bettencourt guarda um momento: “Recordo-me que quando comentei à chanceler Angela Merkel que a Igreja tinha um papel a desempenhar no mundo de hoje, ela imediatamente me respondeu que a Igreja era a única voz alternativa no mundo atual”.
Quando Donald Trump visitou o papa Francisco, em maio do ano passado, também foi a José Avelino Bettencourt que coube a preparação e organização da visita. Polémicas à parte — as comparações entre o sorriso de Francisco com Obama e a falta dele com Trump marcaram a visita –, o encontro entre os dois foi proveitoso, garante o português que o preparou. “O presidente dos EUA, Donald Trump, quis visitar o papa Francisco durante a sua primeira visita ao exterior do seu país, e quis dedicar toda uma manhã à Santa Sé. A sua opção fala por si, de como ele acha relevantes as relações dos Estados Unidos com a Santa Sé”, assegura, lembrando que Trump ficou “muito impressionado” quando viu as obras de Miguel Ângelo na Capela Sistina.
O maior desafio diplomático do pontificado de Francisco seria, porém, o encontro entre o presidente de Israel, Shimon Peres, e o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, para uma oração nos jardins do Vaticano mediada pelo próprio Papa. “A seguir à visita do papa Francisco à Terra Santa, em 2014, ele convidou o presidente de Israel, o presidente da Palestina e também o Patriarca de Constantinopla, para se deslocarem até ao Vaticano para rezarem pela paz na Terra Santa”, lembra. Numa altura em que a tensão em torno de Jerusalém, disputada entre Israel e a Palestina, crescia, o serviço de protocolo do Vaticano teve “apenas oito dias” para organizar um dos encontros diplomáticos mais sensíveis dos últimos anos, que atraiu durante aquele dia as atenções de todo o mundo.
Dadas “as complexidades que existem nas relações entre os povos da Terra Santa”, aqueles oito dias foram de trabalho intenso para garantir que o encontro decorria “de modo aceitável para todos”. Colocar cristãos, judeus e muçulmanos a rezar juntos pela paz em Jerusalém não foi tarefa fácil e envolveu muitas reuniões, estudo e discussão sobre cada detalhe daquele momento único, que a imprensa internacional acompanhou ao segundo. O New York Times descreveu-o mesmo como uma“cerimónia ricamente simbólica” e “uma ‘cimeira de oração’ cuidadosamente orquestrada”.
Franco Origlia/Getty Images
“No fim, o papa Francisco conseguiu que todas as partes se sentissem perfeitamente à vontade e o encontro teve um importante resultado”, considera o responsável do protocolo. Preferindo não avaliar de imediato as várias reuniões diplomáticas que ocorrem dentro dos muros do Vaticano, José Avelino Bettencourt mostra-se esperançoso nos seus resultados a longo prazo. “Por vezes, só mais tarde se volta a lembrar um encontro que teve um qualquer efeito no tempo. Os encontros com o Papa são quase sempre matéria de reflexão e sobretudo para confirmar na fé”.
Pronto para voltar a ser um simples pároco, foi nomeado arcebispo
Nascido em maio de 1962 nas Velas, na ilha de S. Jorge, Açores, José Avelino Bettencourt foi para Otava, Canadá, com apenas três anos de idade. Foi na capital canadiana que estudou Letras, Filosofia e Teologia e que, em 1993, foi ordenado padre, servindo como pároco em duas paróquias da arquidiocese de Otava, incluindo uma comunidade de emigrantes portugueses. Mas este serviço não duraria muito. Em 1995, o arcebispo de Otava convidou-o para se mudar para Roma, para se especializar em direito canónico.
“Foi um ano depois de chegar a Roma que a Secretaria de Estado escreveu ao meu bispo para pedir que eu fosse posto ao serviço da diplomacia da Santa Sé”, recorda José Avelino Bettencourt, até agora monsenhor — um título atribuído pelo Papa a padres que ocupam cargos relevantes no Vaticano ou nas representações diplomáticas da Santa Sé — e a partir de agora arcebispo. “Tudo ocorreu muito diferente daquilo que pensava quando fui ordenado sacerdote”, diz, explicando que aquela “foi a missão que a Igreja escolheu” para si.
Assim que terminou os estudos na Pontifícia Academia Eclesiástica, que lhe deram as habilitações para ingressar no serviço diplomático do Vaticano, Bettencourt foi nomeado para a nunciatura (embaixada do Vaticano) na República Democrática do Congo, onde esteve entre 1999 e 2002. Na altura, o país estava em plena guerra civil, que levaria ao assassinato do presidente Laurent-Désiré Kabila. Bettencourt viu tudo. “Muitas vezes assisti a religiosos e religiosas que colocavam a própria vida em perigo para chegar aos que se encontravam mais longe e dispersos”, lembra.
“As nunciaturas apostólicas procuram apoiar o trabalho heroico que por vezes a Igreja local é chamada a desempenhar. Assistir aos bispos, sacerdotes, religiosos e missionários, facultar meios de assistência sanitária, de alimentação e até formação académica. Em primeiro lugar, procuram saídas de situações de guerra e desenvolvem esforços para que haja um clima de diálogo e paz, pois com a guerra tudo o que se constrói é destruído, mesmo as próprias vidas e famílias. A nunciatura apostólica onde trabalhei colaborava com as instituições e organismos internacionais também naquilo que dizia respeito a refugiados e assistência humanitária”, explica o sacerdote.
Cavaco Silva condecorou José Avelino Bettencourt em 2013, pela sua ligação ao país
Presidência da República
Em 2002, Bettencourt regressou a Roma, para a Secretaria de Estado do Vaticano, onde viria a ficar. Primeiro a acompanhar as relações com os países de língua inglesa, francesa e portuguesa da África Ocidental e depois na própria Casa Pontifícia, para trabalhar na antecâmara pontifícia — ou seja, a receber os convidados e visitantes imediatamente antes de encontrarem com Bento XVI, o Papa que em 2012 o viria a nomear chefe de protocolo da Santa Sé.
Durante aqueles dez anos, apesar do serviço na Casa Pontifícia, Bettencourt procurou manter-se ligado às bases da Igreja e fez trabalho pastoral numa paróquia em Roma, todas as semanas. E não esconde que, mesmo trabalhando no centro da estrutura da Igreja Católica, gostava de tornar a ser um simples pároco. “Há dois anos, aproveitei a visita do meu bispo para propor, um pouco por graça, um pouco a sério, que estava pronto a voltar a ser pároco numa paróquia na diocese. Ele, que é um grande homem da Igreja, com ampla visão das necessidades pelo mundo, depois de me ouvir, simplesmente reencaminhou a conversa para outro assunto. Creio que o essencial é servir onde somos chamados a servir.”
O caminho, porém, parece ser no sentido contrário, já que o monsenhor que gostava de voltar a ser um simples padre acaba de ser elevado a arcebispo pelo Papa. “Nós estamos num caminho que vai andando para a frente. O servir, o querer servir, é onde somos chamados a servir”, conta agora. Sem esconder que mantém o desejo de voltar à vida de paróquia, garante ser “um simples servo da Igreja”, mostrando-se disponível para qualquer desafio que a Igreja lhe lance. “Isso foi, na verdade, uma das razões pelas quais aceitei”, explica.
“É uma missão diplomática, que tem a ver com o encontro dos povos, com a união da Igreja. Serve para dar voz àquelas que não têm voz“, sublinha o novo embaixador da Santa Sé, dizendo-se “muito contente” com o desafio. Vai “trabalhar com a hierarquia da Igreja local, com o povo de Deus, especialmente nos casos em que há maiores necessidades”. É precisamente por isso que, além de ser nomeado Núncio Apostólico, foi também elevado a arcebispo: para se poder relacionar de igual para igual com os líderes da Igreja que vai encontrar na sua nova missão. “Os núncios atuais são todos arcebispos”, sublinha.
Até ao dia da ordenação episcopal, Bettencourt mantém-se como chefe de protocolo do Vaticano. Depois, deixa Roma, mas não parte para a representação diplomática sem passar pelo Canadá e por Portugal. “Depois da ordenação, vou passar a Semana Santa na minha diocese, para celebrar com o clero de Otava. Depois, é possível que dê um salto aos Açores, para celebrar a festa de São Jorge [23 de abril], padroeiro da ilha. Será uma ocasião para saudar os meus egrégios avós.”
Sem comentários:
Enviar um comentário