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sexta-feira, 2 de março de 2018

NEM SE GOVERNAM, NEM SE QUEREM GOVERNAR!

por estatuadesal

(Joaquim Vassalo Abreu, 01/03/2018)

citador

Esta frase não é a frase em que estão a pensar, mas é pensando nessa frase que esta frase como titulo eu escrevo.

Segundo reza a lenda, um general Romano destacado para a Ibéria, escreveu ao imperador dando-lhe conta da situação nesses confins do império, dizendo-lhe que por aqueles lados vivia um povo muito estranho que “Nem se governava, nem se deixava governar”.

Eram os nossos antepassados, os Lusitanos, que liderados por Viriato, que lá pelos montes Hermínios, ofereceram rija luta à ocupação Romana ficando, através da referida frase, para sempre célebres.

Mas, se repararem bem, embora as frases sejam parecidas, o seu significado é quase o seu oposto. Os Lusitanos “Nao se deixavam governar”! Já estes a quem me refiro- e quem poderia mais ser que não o PPD/PSD- “Não querem ser governados, nem aceitam governar“!

Pois vejamos: acabaram de eleger um novo comandante, um novo general, um novo imperador, um novo chefe ou lá o que lhe queiram chamar e as tropas, vá lá saber-se porquê, continuam fiéis ao antigo líder, ou o que lhe queiram chamar, mesmo tendo ele, sem que se perguntem porquê, abdicado!

Mas, mais estranho ainda, tal se verifica não pela dedicação ao abdicante, não pela lealdade ao mesmo, pois de motu próprio abdicou, pois ninguém o empurrou borda fora ou demitiu, mas porque sendo eles a reminiscência, a emanação ou simplesmente seres por ele nomeados, sendo agora a ala perdedora, temem pelos seus mandatos!

E temem porque têm por seguras duas coisas: a primeira é que numas próximas eleições seguirão para as suas vidinhas, se por acaso as tiverem- e isso será um problema danado- e que, assim sendo, outra alternativa não lhes resta que não a de sabotarem o poder agora eleito e eleito contra as suas vontades. Mais a mais verificaram como o novo Comandante em Chefe que, tendo entrado de patas afiadas e em riste, saiu quase rastejando ao peso de uma mísera, pírrica e mais que tísica vitória! Ou, como se costuma dizer cá pelo burgo: “ousaram fazer-lhe a cama”!

Que bom serviço até seria, serviço de bons camareiros e camareiras, mas que presumindo a vontade destes, vejam cravejada de pregos a dita cama! O Huguinho, o anterior chefe parlamentar, fez birra e disse alto e bom som que não saía! Esperneou, espingardou e inclusive estremeceu, até que se cansou e saiu! Mas quem se propôs ao seu lugar? Um NEGRÃO! Mas também dizem que, para além de Fernando, ainda é MIMOSO!

Mas que aconteceu ao “Negão”? O inacreditável, o inesperado e o nunca visto: levou com uma catorzada de brancos em cima! Mas, ainda não refeito do susto, veio dizer serem esses brancos, não seguidores de um Ku Klux Klan qualquer, mas por si e seus aliados, o mesmo sucedendo com os nulos! Não houve quem de tanto rir se contivesse, mas ele lá seguiu, sonhando com um novo movimento esclavagista, mas ao contrário: os brancos e os nulos feitos escravos do “negraço”!

Mas tudo porquê? Pela inacção, pela indecisão e pela inércia de um Rio que, pensando ser um Mississipi, não passa afinal de um riacho qualquer… Mas coitado deste Rio: procura um leito e anseia desembocar. Quer correr caminho à Foz e só vê leito abaixo pedregulhos, escarpas imensas e perigosas, precipicios inultrapassáveis por humanos seres e pedras, calhaus mesmo, que o obrigam a saltitar, lançar cordas para penhascos descer, por estreitas margens e fauna amazónica.

Mas como o fará este Rio, que ainda assim não passa de um afluente, para o descer se não sabe mesmo por onde se esgueirar? É que o outro, o de grande caudal e delta imenso e fértil, mais parecendo o mítico Nilo ou mesmo o seu sósia Mississipi, até mostra estar disposto a alugar-lhe a modos que um dique, para que mantenha algum caudal, pois perante esta continua seca mais não lhe poderá oferecer, não vá a D. Cristas reclamar que a seca tão mais violenta será quanto mais caudal oferecer a esse Rio, que de afluente não passa, diz mesmo ela!

É que a D. Cristas, agora de chapéu à Portas e tão lavradeira e feirante quanto ele, reclama-se a “Bispa” de uma igreja universal qualquer da chuva, dita e decreta que só por rezas suas ela virá e que se o tal outro, o tal de largo delta, insistir nessa patética caridade para com o seu arqui-amigo, terá que se sujeitar aos seus ditames, pois senão haverá seca eterna e o culpado será sempre ele, como o foi na anterior seca, por ajuda só lhe ter pedido quando o céu já praguejava!

Eu, por acaso, tenho passado esta semana na Catalunha tenho ouvido dizer que em Portugal não tem parado de chover e que a D. Cristas tem andado a desviar as chuvas para que elas não cheguem ao tal Rio! Por esse mesmo motivo, desvio das águas, havia antigamente, pelas aldeias, imensos assassinatos…é da História, Madame!

Mas grande País somos nós que, apesar da seca e de tudo, temos ainda quem governe, quem saiba distribuir a parca água e quem ainda aceite ser governado! Ao contrario desses tais que apenas querem governar, mas que não entendem que, para poderem governar, terão que aceitar serem governados!

Estou neste momento na Catalunha, em Barcelona, e concluo que, passados estes meses todos, desde 1 de Outubro p.p., também estes Catalães, não aceitando ser governados, pois desejavam eles governar, acabam por não governar e, pior ainda, a serem governados por quem nunca quereriam que governasse! Confuso? É o que é…

Por isso eu até vou ao ponto de dar graças a Deus por viver no País em que vivo, e não naquele onde agora estou, país este onde os súbditos são obrigados a beijar a mão ao Rei ( a ADA COLAU, bendita ela seja, recusou fazê-lo), um Rapper é preso três anos e meio por fazer uma cantiga anti-Rei, como se este fosse assim como um Cavaco, políticos eleitos serem enjaulados, dizem que por tentativa de sedição, e impossibilitados de governar…e coisas mais. Ó Miguel (de Sousa Tavares): aqui não lhe chamavas tu “palhaço”!!!

Perante este autêntico “fascismo” em que se está a transformar a sociedade espanhola, perante a sua cobarde abulia, complacência e até alheamento, como se de algo normal se tratasse, eu apenas posso concluindo dizer:

Perante tudo isto, que viva a “sedição” no PPD/PSD, mais os devaneios da D.Cristas!

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