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segunda-feira, 5 de março de 2018

Renzi confirma demissão mas rejeita viabilizar governo anti-sistema

EUROPA EM ACTUALIZAÇÃO

O secretário-geral do PD anunciou a demissão depois da enorme derrota na última noite eleitoral. Mas o ex-primeiro-ministro garante que o PD vai assumir a responsabilidade de fazer oposição, rejeitando abrir a porta a qualquer tipo de governo extremista e anti-sistema.

Renzi confirma demissão mas rejeita viabilizar governo anti-sistema

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David Santiago

David Santiago

dsantiago@negocios.pt

05 de março de 2018 às 17:41

Reconhecendo a "derrota tão clara quanto evidente" registada pelo Partido Democrático nas eleições italianas deste domingo, Matteo Renzi confirmou que vai pedir demissão da liderança do partido de centro-esquerda e anunciou que o PD irá agora para a oposição, pelo que não participará na construção de nenhuma solução governativa.

Mas como é que, apesar de anunciar a demissão do cargo de secretário-geral do PD, o ex-primeiro-ministro pretende determinar o posicionamento do partido nas negociações para a formação de governo? Renzi quer sair mas apenas depois do início da legislatura e de um novo governo ter tomado posse.
"Deixo a direcção do PD. Já pedi ao presidente Matteo Orfini para convocar uma assembleia nacional", disse Renzi antes de explicar que só vai abandonar a chefia do partido depois após a investidura do novo parlamento e de um novo governo. O antigo chefe de governo deixou avisos às forças que pretendem liderar o próximo governo (5 Estrelas e Liga): "na campanha dissemos não a um governo com extremistas e não a um governo de extremistas. Não mudámos de ideias", atirou numa garantia de que o PD recusa aliar-se a estes partidos seja para liderar um governo, seja para apoiar uma solução liderada por outra força.

Matteo Renzi enunciou depois "três elementos" que afastam o PD de qualquer acordo com o 5 Estrelas de Luigi Di Maio ou com a Liga de Matteo Salvini: o anti-europeísmo, a anti-política e a utilização do ódio verbal.

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