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terça-feira, 27 de março de 2018

Venha então a lepra

Novo artigo em BLASFÉMIAS


por vitorcunha

O “partido da Sofia” e os “liberais ALDE” são discos riscados sob a agulha da esquerda progressista. Ao som de hinos modernaços que substituem o ruído de fundo de um PCTP/MRPP para o fundo de ruído da outra esquerda, a progressista, limitam-se a procurar tacho no sistema corrupto da fátua insustentável leveza lusitana, adoptando as mesmas causas de obliteração social que cheirem a tradicionais ou — Stephen Hawking nos livre — civilizacionais. Beatos da laicidade cibertosca, recauchutadores da linguagem de Chomsky, têm a oferecer casamentos entre pilas, adopção de crianças equiparadas a animais de estimação, drogas leves (eles lá decidem o peso das cenas) e homicídio sancionado dos velhos que atrapalham o sacrossanto estado social, o que escrevem com maiúscula, como portadores da Palavra, a única fé que pretende o sacerdócio por via de quotas de divorciadas em crises de meia-idade. Falam do “género” como quem sente o cerebelo entumecido e cheiram a bafio por entre os poros desprovidos de bloqueadores-beta de mensagens de modernidade. Acrescentam uma redução de impostos ao discurso, uma léria consensual que se recusa a especificar como se consegue, que o estado social (com maiúsculas) é necessário para esculpir vulvas a partir de velhos testículos peludos. É esse o género.

Direitos. Mais uns para a erosão democrática da religião dos direitos.

Antigamente comprava-se um Porsche e abria-se a porta em frente à faculdade de letras. Agora colocam-se likes e corações em posts de Facebook e cria-se a necessidade crescente das pessoas de bem se tornarem ermitas. É isto que eu penso se o tentar exprimir de forma simpática. Não me peçam é para o exprimir sem um filtro de cortesia.

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