“A cadela fascista está sempre no cio”, já dizia o dramaturgo alemão Bertold Brecht. No Brasil, ela deu cria e os agressores estão por toda parte.
Dias depois, o simulacro de uma investigação republicana caiu por terra. Os processos contra o governador Geraldo Alckmin, candidato do PSDB à presidência da República, foram enviados à Justiça Eleitoral. Sabe-se agora que a “justiça” brasileira tem lado. Defende os poderosos e aqueles que estejam dispostos a entregar as riquezas nacionais às forças do imperialismo e do capital internacional. Com isso, lá se vão pré-sal, Embraer, todas as grandes empresas nacionais e, em breve, a Petrobras. Quem ousar reclamar, em breve levará balas de borracha. Não será surpresa se, em sua próxima iniciativa, o golpe de 2016 decidir classificar como terroristas movimentos como o MST e o MTST.
A consequência desse processo está nas ruas. Os fascistas sentem-se empoderados. Se a máquina opressora do estado só funciona seu favor, e com um nítido viés contra o campo progressistas, eles se verão livres para ofender, agredir e, quem sabe, até matar, seus adversários, cientes de que estarão sempre impunes. Se até Lula, que fez com o Brasil fosse respeitado no mundo como nunca antes em sua história, foi desumanizado e privado dos mais elementares direitos consagrados na Constituição, por que razão os militantes de esquerda seriam poupados?
Nesse cenário, o Brasil poderá viver o período mais catastrófico de sua história, com uma campanha presidencial marcada por ou pela apatia ou por uma violência extrema – isto, é claro, se houver eleições. Diante desse cenário, a saída que se impõe, ao campo democrático, que hoje já não pode mais contar com figuras como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que rompeu a linha divisória ao considerar justa a prisão de Lula, é a construção de uma ampla frente antifascista, que lute pela cidadania, pela retomada da soberania e pela proteção aos direitos humanos. Além disso, é preciso que o mundo civilizado socorra o Brasil diante da ameaça fascista. Antes que seja tarde demais.
Por Leonardo Attuch, Jornalista e editor-responsável pelo 247, além de colunista das revistas Istoé e Nordeste | Texto original em português do Brasil
Exclusivo Editorial Brasil247 / Tornado
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