2/4/2018, 14:00
Serguei Lavrov afirma que o caso Skripal interessa ao governo britânico porque é incapaz de "cumprir as promessas feitas aos eleitores sobre as condições do Brexit".
MAXIM SHIPENKOV/EPA
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pela capacidade para agir com permissão para matar”, acrescentou.
Segundo Lavrov, a Rússia não tinha nenhuma razão, nas vésperas das presidenciais de 18 de março e a poucos meses do Mundial de futebol, para envenenar o ex-espião, que foi condenado na Rússia por traição, mas integrou em 2010 uma troca de prisioneiros.
O ministro dos Negócios Estrangeiros russo afirmou esta segunda-feira que o envenenamento do ex-espião Serguei Skripal tem interesse para o Reino Unido porque permite desviar a atenção da opinião pública britânica do Brexit.
O envenenamento “podia ser do interesse do Governo britânico, que está numa situação desconfortável pela incapacidade para cumprir as promessas feitas aos eleitores sobre as condições do Brexit”, disse Serguei Lavrov, numa conferência de imprensa em Moscovo.
“E também podia ser do interesse dos serviços especiais britânicos, que são conhecidos
O ministro criticou também a decisão de vários países ocidentais de expulsar diplomatas russos como represália, afirmando tratar-se de “uma vingança” contra os diplomatas numa altura “em que não há provas” do envolvimento de Moscovo.
Lavrov acusou ainda o Reino Unido, os Estados Unidos e os aliados de terem “perdido toda a decência” e de “recorrerem a mentiras ou à desinformação pura e simples”. A Rússia, afirmou, “tem numerosas questões” em relação ao caso Skripal e “a incapacidade do Reino Unido para responder significa que tudo não passa de uma invenção e, mais concretamente, de uma provocação”.
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