Joaquim Jorge diz que o PSD está "partido ao meio" e defende que os militantes e os eleitores têm direito a um partido inteiro.
© Joaquim Jorge
HÁ 5 HORAS POR MELISSA LOPES
Joaquim Jorge considera que, em vez de um PSD “a meias”, há um “PSD partido ao meio” e que não existe acordo em relação ao futuro. “Limitaram-se a distribuir lugares, e mal, pelos seus apaniguados”.
Num artigo de opinião remetido ao Notícias ao Minuto, o fundador do Clube dos Pensadores entende que, apesar de Rui Rio ter vencido Santana Lopes nas eleições diretas, “uma vitória em democracia significa pouco, pois pode ser revertida, manipulada, deformada, e sobretudo, sistematicamente atraiçoada”.
Neste cenário, em que existem divergências de ideias, prossegue Joaquim Jorge, a atitude prudente e recomendável seria um acordo entre ambas as partes, respeitando o mérito moral e político de Rio e de Santana. “Quando há um acordo, tem de se ceder algo e ninguém perde tudo”, sublinha.
Contudo, no entender do biólogo, o problema “é que esse acordo não existe: limitaram-se a distribuir lugares, e mal, pelos seus apaniguados”. Os dois litigantes, analisa, “fizeram-no por comodidade e para passar uma imagem de simpatia”. E, assim sendo, “em vez de um PSD a meias há um PSD partido ao meio”, constata Joaquim Jorge.
Tal foi visível, por exemplo, no Conselho Nacional, onde “era importante a presença de Santana Lopes”. “Não só esteve ausente como esteve na televisão a tecer críticas”, faz sobressair, sublinhando que o antigo provedor da Santa Casa “ainda não percebeu que o podem estar a usar e paulatinamente a ocupar o seu espaço”.
Perante todo o cenário, Joaquim Jorge defende que “o PSD não se pode partir ao meio e cada um levar o seu PSD” e que “os militantes têm direito a um partido inteiro”, assim como “os portugueses merecem votar num partido inteiro”.
“Entre a humilhação e a guerra, deveria haver alguma acalmia, apesar, de Rio nada fazer por isso pelas suas escolhas erráticas”, comenta ainda o fundador do Clube dos Pensadores, a quem o PSD lhe lembra uma peça de Shakespeare, ‘A Comédia dos Erros’. “António Costa agradece e está à espera do outono de 2019 para dar o xeque-mate (vencer as eleições legislativas)”, termina.
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