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sábado, 7 de abril de 2018

Indicador de democracia

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Eduardo Louro

  • 06.04.18

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A notícia dá-a o Jornal de Notícias, e conta que o Laboratório da Universidade de Évora, chamado a efectuar um estudo para analisar a água depois de um derrame de fuelóleo no Porto de Sines, em Outubro de 2016, concluiu que não estava em causa a sua boa qualidade e que, por isso, não eram exigíveis quaisquer responsabilidades quer à Administração do Porto de Sines quer à empresa responsável pelo derrame.

Alguém - a notícia não esclarece quem - desconfiou dessa conclusão, e outro estudo posterior concluiu exactamente o contrário, e a empresa responsável pelo derrame foi acusada de crime ambiental.

Poderia tratar-se apenas de dois estudos diferentes chegarem a conclusões diferentes. Acontece... Mas não é isso, são dois estudos sobre a mesma coisa que chegam a conclusões opostas. Já não é assim tão comum... E a coisa muda de figura quando se passa a saber que o Laboratório de Ciências do Mar (CIEMAR) da Universidade de Évora é financiado pela Administração do Porto de Sines...

É por estas e por outras que as instituições se desacreditam. Notícias destas podem não ser notícia todos os dias, mas já é como se fossem. E quando se perde a confiança nas instituições perdem-se todas as referências da democracia!

A qualidade da democracia mede-se, como se mede a qualidade do ar. Ou da água. E não há melhor indicador para a medir que a confiança dos cidadãos nas instituições!

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