Caso Skripal
Ministro Augusto Santos Silva no Parlamento
Foto: MÁRIO CRUZ/LUSA
Hoje às 10:34
O ministro dos Negócios Estrangeiros disse, esta quarta-feira, no parlamento, que Portugal optou por não recorrer à medida "do nível mais alto" na reação ao caso Skripal, preservando a operacionalidade da embaixada portuguesa em Moscovo.
Augusto Santos Silva, que esta manhã está a ser ouvido, a pedido do PSD, pelas comissões parlamentares de Negócios Estrangeiros, Assuntos Europeus e Defesa sobre o caso Skripal, defendeu que o Governo português considera que a decisão de chamar o embaixador português em Moscovo foi "a apropriada" tendo em conta a "informação disponível" e "a natureza dinâmica" do processo.
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"Decidimos começar não pelo fim", disse, considerando que a chamada do embaixador Paulo Vizeu Pinheiro "para consultas" - no dia 27 de março e que se mantém ainda hoje - representou "um nível relativamente alto" de resposta diplomática, "mas não ainda o nível mais alto" - o que significaria a expulsão de diplomatas russos, como fizeram quase 30 países e a NATO.
O chefe da diplomacia portuguesa destacou que esta foi uma medida tomada "com prudência" e que Portugal mantém "todos os graus de liberdade".
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Além disso, Santos Silva destacou que o Governo pretendeu manter a "operacionalidade da embaixada" em Moscovo, onde se mantêm dois diplomatas, após o regresso a Lisboa do embaixador, para continuar a prestar apoio consular e económico aos portugueses e empresários com interesses na Federação Russa.
Na semana passada, quase 30 países da Europa - incluindo mais de metade dos Estados-membros da União Europeia -, América do Norte e Austrália, bem como a NATO, decidiram a expulsão de diplomatas russos, afetando um total de 140 funcionários, na sequência do envenenamento do ex-espião russo Serguei Skripal no Reino Unido, cuja responsabilidade Londres atribui a Moscovo.
O ex-espião russo Serguei Skripal, 66 anos, e a filha, Yulia, de 33, foram expostos a um gás neurotóxico a 4 de março e encontrados inconscientes num banco perto de um centro comercial em Salisbury, sul de Inglaterra.
O Governo britânico responsabilizou a Rússia, mas Moscovo nega.
O ex-espião continua em estado crítico, mas a filha recuperou na semana passada e está consciente e capaz de falar, segundo as autoridades.
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