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quinta-feira, 19 de abril de 2018

os caloteiros do bordel

Novo artigo em BLASFÉMIAS


por rui a.

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A Caixa Geral de Depósitos é um banco público que, segundo o tão apregoado «interesse público», não deveria servir apetites privados, nem clientelas. Supostamente por isso é que, até hoje, nunca nenhum governo consentiu na sua privatização. Pois bem, se a CGD não fosse um banco público, se o governo não lhe tem acorrido com uma recapitalização de muitos milhões de euros feita à custa dos contribuintes portugueses, a Caixa estaria fechada a estas horas e os seus clientes a arder. Porquê? Porque o dinheiro dos seus depósitos foi devassado em financiamentos a terceiros. Quem e com o apoio de que gestores da Caixa é o que convém saber. Para a segunda pergunta ainda não há resposta translúcida. Para a primeira já são conhecidos os nove grandes devedores do banco e os montantes das suas dívidas. São estes:

  1. Grupo Artlant (La Seda e Carlos Moreira da Silva): 476,4 milhões de euros;
  2. Grupo Efacec (têxtil Manuel Gonçalves e Grupo José de Mello, e, desde 2017, Isabel dos Santos): 303,2 milhões de euros;
  3. Vale de Lobo (Hélder Bataglia, via Armando Vara)): 282,9 milhões de euros;
  4. Auto Estradas Douro Litoral (Grupo José de Mello): 271,3 milhões de euros;
  5. Grupo Espírito Santo (palavras para quê...): 237,1 milhões de euros;
  6. Grupo Lena (palavras para quê...): 225 milhões de euros;
  7. Grupo António Mosquito (representado por Proença de Carvalho): 178 milhões de euros mais 49,2 milhões de euros de créditos já considerados perdidos;
  8. Reyal Urbis (imobiliária espanhola): 166,6 milhões de euros;
  9. Finpro SCR (Américo Amorim, Segurança Social e Banif): 123,9 milhões de euros.

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