Novo artigo em BLASFÉMIAS
por rui a.
A Caixa Geral de Depósitos é um banco público que, segundo o tão apregoado «interesse público», não deveria servir apetites privados, nem clientelas. Supostamente por isso é que, até hoje, nunca nenhum governo consentiu na sua privatização. Pois bem, se a CGD não fosse um banco público, se o governo não lhe tem acorrido com uma recapitalização de muitos milhões de euros feita à custa dos contribuintes portugueses, a Caixa estaria fechada a estas horas e os seus clientes a arder. Porquê? Porque o dinheiro dos seus depósitos foi devassado em financiamentos a terceiros. Quem e com o apoio de que gestores da Caixa é o que convém saber. Para a segunda pergunta ainda não há resposta translúcida. Para a primeira já são conhecidos os nove grandes devedores do banco e os montantes das suas dívidas. São estes:
- Grupo Artlant (La Seda e Carlos Moreira da Silva): 476,4 milhões de euros;
- Grupo Efacec (têxtil Manuel Gonçalves e Grupo José de Mello, e, desde 2017, Isabel dos Santos): 303,2 milhões de euros;
- Vale de Lobo (Hélder Bataglia, via Armando Vara)): 282,9 milhões de euros;
- Auto Estradas Douro Litoral (Grupo José de Mello): 271,3 milhões de euros;
- Grupo Espírito Santo (palavras para quê...): 237,1 milhões de euros;
- Grupo Lena (palavras para quê...): 225 milhões de euros;
- Grupo António Mosquito (representado por Proença de Carvalho): 178 milhões de euros mais 49,2 milhões de euros de créditos já considerados perdidos;
- Reyal Urbis (imobiliária espanhola): 166,6 milhões de euros;
- Finpro SCR (Américo Amorim, Segurança Social e Banif): 123,9 milhões de euros.
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