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sexta-feira, 25 de maio de 2018

Costa em jeito de lição à esquerda: “Foi possível virar a página da austeridade sem sair do euro”

António Costa arranca os trabalhos do congresso pressionado pelo caso do seu ministro-adjunto. No discurso inicial, Costa fala em Sócrates para ilustrar que o PS sempre foi europeísta.

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

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Atualizações em direto

  • Há 5m21:43Rita Dinis

    O orgulho de Costa: "Acabamos com o mito de que a direita é que sabe governar a economia e as finanças"

    Mais: além de ter acabado com a tradição do arco da governabilidade, Costa “orgulha-se” também de ter acabado com um “mito”. O mito de que só a direita é que governa bem as questões da economia e das finanças públicas.

    “Se há algo de que nos devemos orgulhar nestes dois anos e meio é que acabamos com o mito de que é a direita que sabe governar a economia e as finanças públicas. Não, o PS é o partido que melhor governa a economia e as finanças públicas — sabe governar e sabe transformar os valores da esquerda na realidade do dia a dia dos portugueses”, disse.

  • Há 13m21:36Rita Dinis

    Costa dá lição à esquerda: "Provamos que era possível virar a página da austeridade sem sair do euro"

    Na reta final do discurso, António Costa deixa duros recados à esquerda, depois de ter elogiado os feitos que os três partidos têm conseguido nos dois últimos anos de governação. Ou seja, uma no cravo, outra na ferradura.

    Primeiro, diz que o PS é um partido de valores mas que, ao contrário de outros, “nunca se escudou na retórica dos valores como mera utopia para amanhãs que cantam”. Em vez disso, o PS “é um partido que quer fazer, um partido de governo, que quer fazer tudo para que o país e cada português possa viver melhor”. A ideia é que o PS é um partido de “diálogo”, tanto com os parceiros sociais, a concertação social, como com os partidos políticos — todos os partidos políticos, sublinhou, orgulhando-se de ter sido ele a acabar com “o absurdo do arco da governação, que excluía da governação partidos democraticamente eleitos”.

    Depois, continuou a dar uma espécie de lição ao PCP e BE, mas sobretudo ao PCP: “Hoje podemos dizer a quem duvidava há 2 anos e meio, que era impossível virar a página da austeridade sem sair do euro. Nós provamos que era possível sair da austeridade sem sair do euro”, disse, sublinhando que nos últimos dois anos e meio o salário mínimo subiu 15% e, paralelamente, “criámos 300 mil novos postos de trabalho”. “Porque sabemos que não enfrentamos a dívida com gravatas, mas sim com uma gestão rigorosa”, afirmou, elogiando os valores históricos do défice, e a redução dos juros que permite “investir na saúde, educação e serviços públicos”.

  • Há 21m21:28Pedro Raínho

    Costa também lembra o papel de António José Seguro

    Foi de passagem, mas António Costa também incluiu uma passagem ao seu sucessor no PS. Fala no “dever” e na “necessidade” dos socialistas de “continuar a atualizar os valores de abril” — “tal como fizeram” os líderes socialistas que o antecederam, “desde Mário Soares a António José Seguro”, que “pegaram nos valores do PS e encontraram soluções” para os problema do país.

    E lembra François Miterrand, quando diz que “o socialismo continua a ser a ideia mais jovem do mundo”. “É isso que queremos que continue a ser o nosso socialismo”, defende.

  • Há 22m21:27Miguel Santos Carrapatoso

    Costa sobre a revolução digital: "Não pode ser uma revolução onde os robôs destroem o ser humano"

    António Costa fala agora sobre os desafios que existem para os jovens e como é evital ajudar as empresas a encontrarem formas de se modernizarem e de se adaptarem às novas realidades. Só assim, diz o socialista, é possível garantir que o tecido empresarial tem condições para oferecer as melhores as condições aos jovens.

    Mas o secretário-geral do PS vai mais além para falar sobre os riscos que “a revolução digital representa para o conjunto da nossa sociedade” a confirmarem-se as perspetivas de que “14% dos empregos” vão simplesmente desaparecer nas próximas décadas. “[Esta revolução digital] não pode ser uma revolução onde os robos destroem o ser humano”, nota Costa.

    Por isso, sublinhou o primeiro-ministro, é preciso preparar o futuro de duas formas: “temos de ter um sistema de ensino mais flexivel”, em que as crianças possam “aprender a aprender ao longo de toda a vida”; mas também encontrar resposta para os que já hoje estão no mercado de trabalho, garantido que terão oportunidade “mesmo quando os robos quiserem disputar o nosso trabalho”.

  • Há 29m21:20Rita Dinis

    "Temos de assegurar às novas gerações condições adequadas para que possam constituir família"

    Costa fala agora do desafio da demografia, associado ao elevado índice de desenvolvimento. "Temos de ter boas políticas de apoio às famílias, temos de assegurar às novas gerações as condições adequadas para que possam constituir família e para que possam ter os filhos que desejarem ter", disse. Isso passa, nomeadamente, por "diversificar as fontes de financiamento da Segurança Social, para o Estado poder pagar as pensões de hoje e de amanhã", bem como passa por ter um SNS preparado para responder às "novas doenças", assim como uma escola pública preparada para as crianças "que vão ter uma esperança média de vida superior a 100 anos e uma vida mais saudável do que todos nós". Sobre a emigração, Costa quer melhores condições para acolher "todos os imigrantes que queiram aqui trabalhar", diz, explicando que "precisamos de mais imigração para termos um saldo demográfico positivo".
  • Há 31m21:18Pedro Raínho

    Costa: socialistas "tranquilos" porque asseguraram "estabilidade política para a mudança política"

    O “legado de Mário Soares” representa “uma enorme responsabilidade” para os socialistas, lembra Costa, ao nomear os membros do Governo, os deputados e os autarcas.

    Os socialistas, diz, estão “orgulhosos”, “satisfeitos” e “tranquilos” com o trabalho feito, na única referência (e indireta) ao apoio parlamentar do Bloco e do PCP ao Governo que Costa lidera.

    Tranquilos, porque sabemos que cumprimos bem o nosso dever por ter assegurado ao país a estabilidade política necessária para fazer a mudança política que quisemos e que queremos continuar a fazer até ao ultimo dia da legislatura” e ao momento em que o partido se volte a apresentar a votos.

    É para aí que António Costa quer olhar, para a frente, para o que falta fazer. Haverá tempo para falar sobre o programa de Governo a apresentar no final para as eleições do próximo ano; também haverá tempo para discutir as europeias de maio.

    Para já, Costa traça os quatro desafios do PS para os próximos anos. À cabeça, as “alterações climáticas”, cujo impacto já se fez sentir, entre outros momentos, nos incêndios de 2017, destaca.

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