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sexta-feira, 18 de maio de 2018

o que, de facto, sabemos do sporting

Novo artigo em BLASFÉMIAS


por rui a.

daniel_sampaio_mandatario_bruno_carvalho_2017

O que é que um espectador distanciado, que toma conhecimento das coisas pela comunicação social, sabe verdadeiramente da crise do Sporting e da responsabilidade que nela tem Bruno de Carvalho?

Sabemos que BdC está em ruptura com o treinador e com alguns dos jogadores da equipa, acusando-os de não justificarem os salários que recebem e as expectativas que o clube neles depositou. Em relação a alguns jogadores, subentende-se que BdC pensa que prejudicaram intencionalmente o clube com desempenhos abaixo do que poderiam fazer.

Sabemos que houve um ataque de cinquenta energúmenos mascarados a alguns jogadores e ao treinador, que a comunicação social insinua ter sido resultado de uma de duas hipóteses: a) de ordem expressa de BdC, com provas que nos garantem já existirem mas não se conhecem; b) do ambiente de agressividade criado por BdC.

Sabemos que BdC e a sua direcção enjeitaram quaisquer responsabilidades nesses acontecimentos, que condenaram, com pouca veemência, primeiro, por parte de BdC, e peremptoriamente, mais tarde, em comunicado formal.

Sabemos que várias personalidades do clube e até alguns pais da pátria, como Ferro Rodrigues, defendem a demissão imediata do presidente e da direcção, a quem não deram a presunção de inocência que deram a outros, como, por exemplo, a José Sócrates, no caso de Ferro Rodrigues.

Para além disto, nada mais sabemos.

Não sabemos, verdadeiramente, quem e como se organizou o ataque aos jogadores e ao treinador.

Se foi BdC estaremos na presença de um bandido, que merece prisão e prisão pesada. Mas se não foi ele, estaremos perante uma bem urdida armadilha para o tramar, à qual ele se teria posto bem a jeito, diga-se de passagem.

Mas, alegar que Bruno de Carvalho é responsável moral pelo ambiente que se vive no clube, é uma brincadeira de mau gosto. Porque seria atribuir essa mesma responsabilidade aos 89,55% dos sócios que o mantiveram em funções na assembleia do passado dia 16 de Fevereiro, ao fim de cinco anos de presidência, durante os quais Bruno de Carvalho foi sempre agressivo, boçal e malcriado. Ao que parece, com enorme sucesso até há poucos dias.

Posto isto, é óbvio que o homem já não tem condições para continuar em funções, a não ser que os sócios o reelejam em eleições antecipadas. O que, se ele as convocar, é bem capaz de acontecer.

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