Translate

terça-feira, 22 de maio de 2018

Para combater crime económico, corrupção e a evasão fiscal é preciso “seguir o rasto do dinheiro”

A coordenadora do Bloco de Esquerda lembrou que o combate ao crime económico, à corrupção e à evasão fiscal são três das prioridades do Bloco e lamenta ter sido necessário apresentar sete vezes a proposta de levantamento do sigilo bancário para esta ser aprovada no Parlamento.

20 de Maio, 2018 - 12:26h

Para combater crime económico, corrupção e a evasão fiscal é preciso “seguir o rasto do dinheiro”

Foto de Paulete Matos.

“O Bloco vai manter na agenda, em todas as áreas, o combate ao crime económico, à corrupção e à evasão fiscal, porque é preciso seguir o rasto do dinheiro”, afirmou Catarina Martins num jantar em Portimão. “Sempre que alguém nos diz que não há dinheiro para tudo, temos de nos perguntar: mas para onde é que foi o dinheiro?”, salientou ao lembrar que o combate ao crime económico, à corrupção e à evasão fiscal são três das prioridades do Bloco.

Nas comemorações do 19º aniversário do Bloco de Esquerda, a coordenadora do partido voltou a defender o levantamento do sigilo bancário, lamentando porém que tenha sido necessário apresentar a proposta sete vezes para esta ser finalmente aprovada pelo Parlamento.

“Se os partidos forem consequentes com o que já votaram na generalidade, vamos saber quem são os devedores que põem em risco a nossa banca e aqueles que nos obrigaram a dar tanto dinheiro ao sistema financeiro e que faz tanta falta no estado social”, afirmou.

O Bloco de Esquerda defende o levantamento do sigilo bancário pois este “irá permitir saber, finalmente, quem são os devedores em incumprimento que põem em risco a banca e que obrigaram a dar tanto dinheiro ao sistema financeiro que faz tanta falta ao Estado social”. A coordenadora do Bloco lembrou que “segundo os estudos internacionais, vinte a trinta mil milhões de euros de rendimento não são declarados” em Portugal, dinheiro esse que, por sua vez, não é traduzido em impostos.

“Queremos saber qual foi o assalto ao país e quem o fez, para que não mais aconteça a este país o assalto sistemático a que temos assistido e que o fisco possa ter acesso a contas bancárias quando precisa de verificar os dados dos impostos para seguir o rasto do dinheiro”, concluiu.

Catarina Martins rejeita ainda a afirmação de que isto se trata de uma invasão de privacidade. “Não estamos a dizer que de repente vamos conhecer todos as contas uns dos outros. Estamos a dizer que o fisco pode cruzar dados”, salientando que “o único problema acontece para quem põe uma coisa na declaração de IRS quando tem outra bem diferente no banco”.

“Para onde vai a riqueza deste país, desta gente que trabalha tanto”, questionou a líder bloquista, acrescentando que “não há combate ao crime económico, à corrupção e à evasão fiscal, sem seguir o rasto do dinheiro”.

Fonte: “Esquerda.net”

Sem comentários:

Enviar um comentário