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sábado, 23 de junho de 2018

Ladrões de Bicicletas


Bruce Springsteen - The ghost of Tom Joad

Posted: 22 Jun 2018 06:55 PM PDT

onde quer que esteja alguém a lutar por um lugar para ficar..■..um trabalho decente ou uma mão amiga..■..onde quer que esteja alguém a lutar para ser livre..■..olha-o nos olhos mãe e ver-me-ás a mim

Vitória de Pirro

Posted: 22 Jun 2018 11:36 AM PDT

"Eurogrupo anuncia fim 'com sucesso' do resgate da Grécia", é o título desta notícia.
Uma década de recessão, desemprego e pobreza como não há memória, retrocesso civilizacional generalizado, venda a estrangeiros de grande parte da riqueza nacional, emigração em massa de jovens qualificados, humilhação e descredibilização da democracia, desconfiança (alargada a vários países) das instituições europeias.
Se a Europa continuar a ter sucessos destes estamos tramados.

Quatro notas para fazer frente

Posted: 22 Jun 2018 06:17 AM PDT

1. É necessário adaptar para estes tempos sombrios a famosa fórmula de Max Horkheimer sobre a relação entre capitalismo e fascismo: aqueles que não querem falar criticamente de neoliberalismo, da forma dominante de economia política hoje em dia, e que até querem defender as instituições supranacionais que garantem a sua perpetuação em parte do continente europeu, devem ficar calados sobre tendências fascizantes de novo tipo que lhe são endógenas.
2. A lógica da frente popular, do antifascismo mais consequente, nunca deve ser esquecida. Por acaso, reli recentemente o discurso de Georgi Dimitroff sobre a estratégia das frentes populares definida, em 1935, pela Terceira Internacional. Para lá da crítica ao sectarismo e da defesa de uma unidade política consequente, uma das apostas passou por não deixar a inevitável imaginação nacional entregue às direitas: “O internacionalismo proletário deve aclimatar-se, por assim dizer, a cada passo e deitar profundas raízes no solo natal. Ao revoltar-se contra toda a vassalagem e contra toda a opressão é o único defensor da liberdade nacional e da independência do povo”.
3. Hoje não há internacional e desapareceu um dos freios e contrapesos que tinha obrigado à institucionalização de formas menos polarizadoras e agressivas de capitalismo. Mas, de novo, só podem defender consequentemente os valores universais da solidariedade, os que ganham densidade em estados soberanos, as forças democráticas que estão enraizadas no solo nacional e que não aderiram à lógica supostamente leve dos fluxos e de um cosmopolitismo que mascara tantas vezes o imperialismo.
4. As sociedades mais igualitárias, seguras na sua identidade, são internacionalmente mais cooperativas, sabemo-lo há muito. E nós também sabemos bem como são hoje poderosas as forças que apostaram em destruir Estados no bloco afro-asiático e em esvaziá-los na Europa do sul. A história é repetição e novidade. Uma das boas novidades é que vivemos num mundo muito mais multipolar. A outra é que dispomos, aqui e ali, de constituições nacionais onde ainda sobrevivem as marcas do antifascismo; constituições que de resto o capital financeiro e as suas instituições de suporte europeias consideram um empecilho, lembrem-se.

Hoje

Posted: 22 Jun 2018 03:16 AM PDT

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