Novo artigo em Aventar
por Ana Moreno
O dealer Armand Arton, vendedor de passaportes no Global Citizen Forum, um evento para a super elite do 1%.
Portugal, em parceria com Malte e Chipre, como exemplo de más práticas financeiras pela promoção do branqueamento de capitais e corrupção através dos vistos Gold.
Não é novidade nenhuma, há 5 anos que Ana Gomes alerta para que esses esquemas incentivam a corrupção e ameaçam a integridade do sistema financeiro e a segurança dos cidadãos. Alguns nomes até são conhecidos. Isto para não falar na falta de moralidade decorrente do simples facto de que basta ser rico para se entrar e continuar os negócios como membro no clube europeu, enfim.
Já os eurodeputados Paulo Rangel e Nuno Melo acham muito bem que a elite dos super abastados tenha direitos especiais e oportunidade de fazer o que lhe convém com os montantes obtidos de modo ilícito ou não; Para defender a pouca vergonha dos vistos gold de Portugal, Paulo Rangel aponta - e com razão - o dedo à pouca vergonha de países como a Holanda, com a baixeza das suas taxas fiscais; ou seja, a UE é um chiqueiro em matéria de regulamentação financeira e as hipocrisias são estridentes. Mas a Comissão diz que não tem competências nesta matéria. Pois era o que faltava, as competências que tem utiliza-as para investir em projectos destinados a subjugar os cidadãos ao capital global (acordos de livre comércio, tribunal multilateral de investimento). Isso é que vale a pena e obtém o apoio dos estados-membros no Conselho.
E é assim que os governos competem entre si para engraxar os sapatos às grandes empresas com paleio seboso e à custa do suor dos cidadãos europeus, desapropriando-os de valores e direitos.
Depois façam-se de admirados pelas facturas "populistas" que andam a receber...
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