RTPComentários 01 Jun, 2018, 15:13 / atualizado em 01 Jun, 2018, 15:38 | Futebol Nacional
Rui Patrício está nesta altura ao serviço da Seleção Nacional a preparar o mundial de futebol | Lusa
O guarda-redes Rui Patrício alega na carta de rescisão com o Sporting, a que a RTP teve acesso, que foi "alvo de violência psicológica e de violência física". Pretende terminar o contrato com o clube por este ter posto em causa a sua "integridade física", não lhe dando as "condições mínimas" para exercer a sua profissão.
São várias as páginas e as razões alegadas por Rui Patrício para rescindir contrato com o Sporting. No documento, a que a RTP teve acesso, e que pode ler na íntegra aqui, o guarda-redes enumera e revela vários episódios e mensagens escritas pelo presidente Bruno de Carvalho, a partir de janeiro deste ano.
"Fui alvo de violência psicológica e de violência física. Isto não pode deixar de constituir justa causa, para que eu, preservando a minha dignidade pessoal e profissional, me liberte do contrato que me liga ao Sporting", lê-se no documento.
Rui Patrício diz que depois do empate com o Vitória de Setúbal (1-1), a 19 de janeiro, o Sporting, através do seu presidente, teve uma “conduta de assédio, que visou condicionar, hostilizar e limitar a liberdade” do jogador, não tendo assegurado as “mínimas condições de segurança”, culminando com os acontecimentos na Academia de Alcochete.
“O representante máximo da SAD criticou-me publicamente, ofendeu-me, suspendeu-me, acusou-me, processou-me. Atiçou, diversas vezes a ira dos adeptos contra mim e contra os meus colegas de equipa, bem sabendo que alguns adeptos, em particular as claques, reagem de forma primária e irracional. Vivi momentos de puro terror, sem que a Sporting SAD tenha revelado qualquer preocupação”, diz o jogador.
Para Rui Patrício, a manutenção no clube “era insustentável” depois de Bruno de Carvalho ter colocado em causa o seu profissionalismo, a reputação, e de ter insinuado que as agressões que aconteceram na Academia tinham sido desencadeadas pelos próprios jogadores.
“É totalmente insustentável a subsistência de relação de trabalho”, conclui o jogador.
Rui Patrício, de 30 anos, fez toda a sua formação e carreira profissional no Sporting e tinha contrato com o clube até junho de 2022.
O guarda-redes está atualmente em estágio com a seleção portuguesa, que prepara a participação na fase final do Mundial2018, na Rússia.
(C/ Lusa)
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