por estatuadesal
(Tendo ontem publicado artigo em que verberava a actuação no Expresso no caso da nomeação do no Procurador-Geral da República, dando com certa em antecipação, e em com coloridos detalhes, a recondução de Joana Marques Vidal, o que não veio a ocorrer, a redacção do semanário vem hoje apresentar desculpas.
Como todos os acusados tem direito à defesa - facto que muitas vezes os jornalistas, e também os do Expresso, esquecem, publico abaixo o texto que a redacção do jornal subscreve sobre o assunto.
Estátua de Sal, 22/09/2018)
(In Expresso, 22/09/2018)
O Expresso e a PGR
Há uma semana, o Expresso publicou em manchete a notícia “Acordo à vista para manter a PGR”, onde se escrevia que “fontes próximas do processo, que foi estreitamente trabalhado pelo primeiro-ministro e pelo Presidente da República, garantiram ao Expresso que a recondução de Marques Vidal ‘está na calha’”. Esta quinta-feira à noite foi anunciada a nova procuradora-geral da República: Lucília Gago.
O Expresso errou. A redação acompanhou desde o início do ano este caso, sabendo como este tipo de processos é, pelos interesses e pressões que o rodeiam, atreito a contrainformação, manipulação e interesses diversos.
Estas são características a que os jornalistas estão habituados, pelo que a fidedignidade da informação e a existência de muitas fontes de partes opostas é essencial. Neste caso, em que foram ouvidas diversas fontes, os mecanismos de investigação jornalística falharam, e fomos induzidos em erro nas informações recolhidas, pelo que apresentamos as nossas desculpas aos leitores. Ao mesmo tempo, revalidamos o nosso compromisso com a procura da verdade e com a informação rigorosa em todas as notícias que publicamos. Neste caso, foi averiguado internamente o processo editorial que levou à publicação da notícia, de modo a detetar as falhas e a garantir a robustez dos mecanismos de controlo editorial. Para que o leitor possa também ele revalidar a sua confiança no Expresso.
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