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domingo, 25 de novembro de 2018

Em solidariedade contra a precariedade

Novo artigo em Aventar


por Ana Moreno

É óbvio que os contratos colectivos de trabalho - como tudo o que forem direitos laborais, conquistados ao longo de décadas em lutas tantas vezes sanguinolentas - são um espinho intolerável na carne balofa dos investidores, especialmente, dos mais poderosos, via de regra transnacionais.

A relação de forças entre o capital e o trabalho vem resvalando, pela “mão invisível” e corroborada por governos que apetrecham o capital com poderosas ferramentas - como direitos exclusivos e tribunais privados que podem processar os estados (ISDS) -, cada vez mais, para o lado do capital.

Os estivadores do Porto de Setúbal estão em greve, ou paralisação, conforme se quiser, há quase 3 semanas. De cerca de 100 estivadores, apenas 11 têm contrato como efectivos. Os outros cerca de 90 são precários, “trabalhadores eventuais” - seja lá qual for o tempo de serviço que já têm, 5, 10, 15 anos - a saltar para o porto ao turno, sem vínculo nem protecções. A “oferta” entretanto feita pela operadora, a Operestiva, de um contrato de trabalho individual sem termo para 30 dos trabalhadores em causa, não foi aceite pelos estivadores, que exigem um contrato colectivo. Que atrevimento! Ler mais deste

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