Novo artigo em Aventar
por António Fernando Nabais
Antigamente, dizia-se boato, desinformação ou mentira, conforme o emissor ou o emissário; agora, em pleno trumpismo, parece que é fake news. Seja.
Miguel Sousa Tavares (MST), que olha para as redes sociais e para os blogues como a Inquisição olhava para os judeus, escreveu, a propósito da greve dos professores e no último Expresso, o seguinte:
(…) nenhum professor trabalha mais de 35 horas: teoricamente, têm 22 horas de horário ‘lectivo’ (mas só alguns e algumas vezes) e 13 horas ocupadas em coisas de definição ampla, como ‘reuniões’, ‘preparação de aulas’ e ‘formação’
Outra coisa que MST odeia: professores. Está no seu direito. O facto de ser cronista num semanário – segundo dizem – de referência e de ter sido jornalista deveria levá-lo a investigar e a provar aquilo que afirma. Por exemplo:
1 – como é que sabe que nenhum professor trabalha mais de 35 horas? Ou menos? Ou só 35? Como é que sabe?
2 – se alguns têm 22 horas lectivas, quantos são e porquê?
3 – os que têm 22 horas lectivas só têm essas horas “algumas vezes”? E nas outrasvezes, quantas horas terão?
4 – um homem tão frontal como MST terá usado um eufemismo? A expressão “definição ampla” quererá dizer “mentira”? Os professores não passarão tempo a reunir, a preparar aulas ou a receber formação ou outras actividades de “definição ampla” como ‘corrigir testes’? MST será daqueles que faz aspas com as mãos, abrindo muito os olhos para explicar que está a ser irónico? E como provará, então, que os professores estão a mentir? Ler mais deste artigo
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